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Copa do Mundo, turismo e Pix estão no centro do consumo do brasileiro, aponta Itaú

16 nov 2022, 16:35 - atualizado em 16 nov 2022, 16:35
Turismo
Turismo é líder de alta pelo quinto trimestre consecutivo (Imagem: Pixabay/JoshuaWoroniecki)

Os gastos com shows e festivais, o ticket médio dos gastos da Copa do Mundo e o Pix caindo nas graças dos brasileiros são alguns dos principais destaques do relatório Análise do Comportamento de Consumo, realizado trimestralmente pelo Itaú Unibanco.

Os dados foram coletados com base nos dados de compras realizadas com cartões do banco e das vendas realizadas por clientes da Rede, empresa de meios de pagamentos do Itaú.

No terceiro trimestre do ano, o estudo identificou que, pela quinta vez, o setor de turismo lidera o aumento de consumo. O aumento registrado é de 85%, impulsionado pelo período pós-pandemia, com flexibilização de medidas restritivas e o evento Copa do Mundo 2022.

Segundo o estudo, o Mundial de futebol movimentou as bancas de jornais, especialmente devido à compra de figurinhas.

“No 3º trimestre, o valor transacionado no ramo teve incremento de 99% na comparação com o mesmo período do ano anterior, e de 73% na quantidade de transações. A geração Z encabeça o crescimento, com salto de 151% no número de operações”, diz o Itaú.

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O que veio durante a pandemia, ficou

Em coletiva com jornalistas, Moisés Nascimento, diretor de dados do Itaú, apontou que o que veio durante a pandemia, ficou.

Isso porque os dados levantados para o relatório evidenciam que aspectos como o consumo online, transações digitais, terapias, exames e vacinas em casa passaram por aumento expressivo no período de maiores restrições e mantiveram os patamares no terceiro trimestre de 2022.

Exemplo disto é que exames e vacinas em casa passaram por um salto do terceiro trimestre de 2019 para o terceiro tri de 2020, de 460%. De 2020 para 2021, o aumento foi de 99% e de 2021 para o 3T22, de 15%.

Além disso, o que acabou sendo prejudicado com as restrições passa por alta no período, com a retomada de shows e festivais no Brasil.

Segundo o estudo, os gastos com a compra de ingressos para apresentações e festivais cresceram 939% no último trimestre, ante 2021, com um aumento de 552% na quantidade de transações.

O Rock in Rio 2022, movimentou não apenas o mercado da música, mas o consumo como um todo na cidade. Durante os dias em que o festival foi realizado, a quantidade de transações feitas cresceu 32%, na comparação com os dias do Rock in Rio 2019, última edição realizada antes da pandemia. 

Pix é o queridinho, junto com meios digitais

O Pix segue ganhando representatividade como meio de pagamento, com salto de 174% na quantidade de operações realizadas no terceiro trimestre de 2022, ante o mesmo período de 2021, e de 70% no valor transacionado – considerando as transações realizadas por clientes pessoa física (CPF) para pessoa jurídica (CNPJ).

Foi analisado ainda que, quando o cartão de crédito é a escolha, o cartão virtual segue ganhando espaço, com crescimento de 188% no período analisado, um comportamento que teve reflexo na queda no número de fraudes.

Já na análise entre pagamentos à vista ou parcelado, a escolha por pagar tudo de uma vez cresceu 33% no trimestre no valor transacionado e 21% na quantidade de operações, com ticket médio de R$ 94,72.  O crédito teve avanço de 21% e 10%, respectivamente – e ticket médio de R$ 568,5. Neste terceiro trimestre de 2022, 47% das compras realizadas foram à vista, e 53% parceladas.

Consumo por varejo físico x online

O relatório identificou que o valor transacionado no varejo no terceiro trimestre de 2022 teve aumento de 17%, na comparação com o mesmo período de 2021. Ante o mesmo intervalo de 2020, o crescimento foi de 47%; e sobre 2019, de 52%.

Já a quantidade de transações no trimestre analisado foi 15% maior do que as realizadas no mesmo ciclo de 2021.

As compras no varejo físico representaram 76% do volume em faturamento no 3T22, enquanto o online ficou com 24%. No ambiente físico, os gastos no período aumentaram 13% em comparação ao 3º tri do ano passado e 1% em relação ao trimestre anterior.

O valor gasto nas compras online segue liderando o crescimento, com avanço de 31% no período analisado. Na comparação com o 3º trimestre de 2020 e 2019, o e-commerce teve faturamento 76% e 121% maior, respectivamente.

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