Copa do Mundo inflacionada: Itens do “kit torcedor” do Brasil dobram de preço
Em 2022, torcer para a Seleção brasileira na Copa do Mundo vai ser mais difícil. Dentro de campo, a luta é para conquistar o hexacampeonato e, fora dele, para comprar os tradicionais itens da torcida.
Ser fã está custando mais caro. Nem o tradicional álbum de figurinhas escapou dos aumentos nos preços. Além do próprio livro ilustrativo mais caro, os pacotes de figurinhas com cinco unidades, estão custando R$ 4, o dobro dos R$ 2 na última edição do torneio, em 2018.
Mas antes fosse só o álbum. Em um levantamento feito pela XP, os itens mais consumidos durante a Copa, reunidos no chamado “kit torcedor”, chegaram a registrar altas de até 100% desde a última edição, há quatro anos.
Artigos como cerveja, carnes e televisores, que têm alta na demanda devido à competição, registram inflação de dois dígitos desde 2018.
Os aumentos para o álbum da Copa do Mundo
Caso queira participar da tradição de trocar figurinhas, saiba que os preços podem assustar: o álbum oficial (versão tradicional) subiu 16,5% em relação à última Copa, enquanto o pacote com cinco figurinhas dobrou de preço.
Para completar o artigo, será necessário investir pelo menos R$ 548 para comprar um livro da versão tradicional (R$ 12) e 134 pacotinhos (R$ 536, com cada cromo avaliado em R$ 0,80). Isso se tiver sorte e conseguir trocar todos os adesivos repetidos.
A estimativa é de que o colecionador mais sortudo deva gastar R$ 2.168 para completar o álbum e o mais azarado R$ 9.560, com base em uma simulação de 100 mil casos.
TV nova para o título ficou mais cara
Se, como a maioria, você não for até Catar em novembro para assistir aos jogos, a televisão te transportará até lá. São poucos os que ainda acompanham pelo rádio ou assistem na tela pequena do celular.
Mas, antes de trocar a TV por um modelo maior ou melhor, saiba que o brasileiro deve desembolsar em média 17% mais do que em 2018 pelo aparelho.
Um fato curioso que a XP ressalta em seu levantamento é que este é o único item a registrar quedas consistentes de preço desde 2006, por conta dos ganhos de produtividade e a mudança rápida da tecnologia.
Com os efeitos da pandemia da Covid-19, o aumento na demanda e o impacto pela disrupção da cadeia global de suprimentos, os preços passaram a subir.
Churrasco só na final
O tradicional churrasco também pode ir para a brasa. Este ano, o brasileiro vai desembolsar em média 80% mais para comprar a carne, 18% para cerveja e 24% para o refrigerante e a água.
A alta do primeiro item está associada a maior demanda global, elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020/21, como aponta o levantamento.
Cerveja e refrigerante, em paralelo, tiveram alta relevante de custos (especialmente de embalagens, com cotação em dólares).
O bar também ficou mais caro para o torcedor
Se você é da turma dos que gostam de acompanhar os jogos fora de casa, em um bar, por exemplo, também verá aumentos.
No bar, você deve gastar cerca de 15% mais para comprar a cerveja e 20% mais para água e refrigerante.
A inflação é levemente menor em comparação à compra no supermercado, mas vale lembrar que, na média, consumir fora do domicílio é 15% mais caro.
Vestindo ou não a camisa
Se é do tipo de torcedor que não deixa de vestir a camisa e assistir aos jogos devidamente uniformizado, prepare-se: para adquirir uma camisa oficial da Seleção Brasileira, você vai desembolsar R$ 349,99 (conforme o valor do site oficial da Nike).
O valor está 40% maior que o preço pago em 2018, e bem acima da inflação acumulada no período (26,8%).
Se liga nos bastidores do ensaio dos jogadores com o novo uniforme da Seleção Brasileira! É com esses mantos que a gente vai em busca do Hexa! ???
Assista o vídeo completo em https://t.co/vNlHpHjAOo#VesteAGarra pic.twitter.com/RzizP75kdv
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) August 8, 2022
O levantamento da XP destaca que o setor de vestuário vem batendo seus recordes para variação em 12 meses – a maior desde 1995, em meio ao Plano Real – e chegou a alcançar 16,66% em julho.
Isso se deve a dois fatores: desajustes nas cadeias que fornecem matéria-prima para o setor, forçando o repasse do aumento de custos para os consumidores, e a retomada do consumo com a reabertura da economia.
Além disso, o aumento e a volatilidade do câmbio também têm parte nisso, dado que o produto é tabelado (tem o mesmo valor em dólares para todo o mundo).
?Siga o Money Times no Instagram!?
Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Sete dias por semana e nas 24 horas do dia, você terá acesso aos assuntos mais importantes e comentados do momento. E ainda melhor, um conteúdo multimídia com imagens, vídeos e muita interatividade, como: o resumo das principais notícias do dia no Minuto Money Times, o Money Times Responde, em que nossos jornalistas tiram dúvidas sobre investimentos e tendências do mercado, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!