Copa do Mundo: Eleições de 2022 devem ofuscar festa do varejo da seleção brasileira
A Copa do Mundo do Catar acontece em dezembro deste ano e, durante o evento, o Brasil para e assiste à seleção masculina de futebol em campo.
O Brasil joga durante semana na Copa do Catar, mas os dias de jogo não contam como ponto facultativo neste ano.
Apesar disso, Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed, espera uma verdadeira “festa do varejo” no período da Copa aqui no país, com um consumo acelerado de pessoas que querem aproveitar o momento.
Gustavo Pazos, analista da Warren, cita o segmento de vestuários esportivos e de bebidas como os principais beneficiados durante o evento no Brasil.
O Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, e a Track & Field (TFCO4), podem ser destaques nesse contexto, já que as pessoas compram mais roupas de esportes e da seleção, além da Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34) avalia Pazos.
Para Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital Investimentos, a Copa do Mundo ainda pode aquecer a atividade de empresas de alimentos, como Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), por estarem fortemente ligadas aos momentos de socialização do evento.
Além disso, empresas de varejo como Magazine Luiza (MGLU3) e VIA (VIIA3) tendem a se beneficiar com a compra de televisores maiores ou mais modernos por parte dos torcedores.
Quem vai para a festa?
Apesar do clima de festa durante a Copa, Fabio Fares alerta que o mês de dezembro deve coincidir com um momento de crise econômica no Brasil.
“A seleção entra na Copa do Mundo com um mundo recessivo, com uma inflação em alta e o povo sem dinheiro no bolso, então as coisas ficam mais moderadas”, explica.
O especialista em macro cita o momento de alta na inflação nos EUA, que mobiliza o banco central americano a elevar a taxa de juros, aumentando o preço do dólar e, consequentemente, encarecendo o custo de vida no Brasil.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve promover um ajuste de 0,25 ponto percentual nos juros, que atualmente estão em 13,75%.
Além do contexto de crise, a Copa do Mundo acontece após as Eleições 2022 no país, o que reforça o momento de incerteza dos mercados, pois ainda não se sabe o resultado das urnas para 2023.
Para Fares, a recessão dos EUA deve aprofundar em outubro e novembro, mesma época das eleições, e pode ter reflexo no Brasil nos meses seguintes.
“O evento da Copa, realmente, melhora a expectativa de resultados dessas empresas, mas muito menos do que poderia se o mundo estivesse bom”, pondera Fares.
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