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COP28: Promessas sobre metano precisam se transformar em ações concretas

27 nov 2023, 16:11 - atualizado em 27 nov 2023, 16:11
cop28 metano
Foto: REUTERS/Mike Blake

Os delegados da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima COP28 estão ansiosos para impulsionar a agenda mundial de enfrentamento às mudanças climáticas com planos concretos para reduzir o segundo mais importante gás do efeito estufa, o metano.

Embora mais de 150 países tenham prometido, desde 2021, reduzir suas emissões de metano em 30% em relação aos níveis de 2020 até 2030, de acordo com o Compromisso Global de Metano liderado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, poucos detalharam como farão isso.

O que é necessário agora é transformar essas promessas em ações urgentes — com apoio financeiro para os esforços dos países em desenvolvimento e regulamentações nacionais sobre setores emissores de metano, como petróleo e agricultura, de acordo com a presidência da COP28 dos Emirados Árabes Unidos.

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Até o momento, algumas empresas de petróleo e gás participaram de programas voluntários para monitorar ou reduzir suas emissões de metano. Ainda não está claro quais empresas poderão aderir ao pedido dos Emirados Árabes para formalizar os esforços.

Os Emirados Árabes tem pedido que o setor de petróleo e gás elimine gradualmente suas emissões de metano até 2030 e desejam que um acordo final inclua planos firmes para transformar as promessas anteriores em ações, disse um porta-voz da presidência.

Além de fazer lobby junto aos governos, os Emirados Árabes também estão pedindo às empresas de petróleo e gás independentes e nacionais que eliminem a queima de rotina até 2030, disse um porta-voz da presidência da COP28.

No ano passado, as emissões de metano do setor de energia totalizaram cerca de 135 milhões de toneladas métricas, um pouco mais do que no ano anterior.

Especialistas em clima afirmam que a inclusão de esforços relacionados ao metano em um acordo de cúpula juridicamente vinculativo é uma prioridade. Embora o metano tenha maior potencial de aquecimento do que o dióxido de carbono, ele se decompõe na atmosfera em apenas alguns anos, em comparação com as décadas do CO2.

Isso significa que o controle das emissões de metano pode ter um impacto mais imediato na limitação das mudanças climáticas.

Como parte de um recente avanço no acordo climático entre EUA e China, a China – o maior emissor mundial de gases de efeito estufa – disse que incluirá pela primeira vez metano e gases de efeito estufa que não sejam dióxido de carbono em seu plano climático nacional de 2035, trazendo transparência a uma importante fonte de emissões globais.