‘Controle da gripe aviária é fundamental para o Brasil’, diz especialista

Nesta terça-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de abate de frangos do Brasil, que totalizaram 1,6 bilhão de cabeças, um aumento de 4,9% ante o mesmo período de 2022, sendo esse o maior recorde para a série histórica iniciada em 1997.

De acordo com Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, os níveis elevados de abate explicam o momento histórico vivido pelo setor, com uma produção que deve atingir o recorde de 15 milhões de toneladas.

“Esses volumes expressivos são consequência de uma demanda externa muito favorável à carne de frango do Brasil, que está exportando grandes volumes ao mercado internacional, para mais de 100 países”, diz.

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Para o analista, o país garante uma produção elevada em meio a um cenário de custos ainda altos para a proteína no primeiro trimestre.

“É de suma importância conter a chegada da gripe aviária em granjas comerciais do Brasil, já que o país precisa manter os níveis de produção nos patamares atuais. Assim, é necessária essa vigilância sanitária intensa pela necessidade de manter um fluxo exportador saudável, já que essa receita faz uma grande diferença para a indústria”, explica Iglesias.

Abate por estado

No primeiro trimestre, houve um acréscimo de 74,96 milhões de cabeças abatidas na comparação com o mesmo período do ano passado, com aumento no abate em 17 das 25 unidades da federação.

Entre as principais altas e quedas, destaque para:

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• Paraná: +48,17 milhões de cabeças
• Goiás: +12,52 milhões de cabeças
• São Paulo: +7,19 milhões de cabeças
• Santa Catarina: +5,52 milhões de cabeças
• Minas Gerais: +5,35 milhões de cabeças
• Mato Grosso: +1,72 milhões de cabeças
• Rio Grande do Sul: -4,39 milhões de cabeças
• Mato Grosso do Sul: -2,30 milhões de cabeças
• Bahia: -2,05 milhões de cabeças

Dessa forma, o Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 34,1% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,1%) e Rio Grande do Sul (12,7%).

Assim, o Sul do Brasil segue como a região do Brasil mais sensível à gripe aviária, o que pode mexer com as ações de BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3).