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Controladora da Neoenergia deve investir R$ 30 bi para crescimento no Brasil

09 out 2019, 14:41 - atualizado em 09 out 2019, 14:42
Energia elétrica
Os focos do plano de investimento são a geração de energia renovável, as linhas de transmissão e a expansão da rede comercial para atender ao crescimento do número de clientes (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Companhia de origem espanhola que controla a Neoenergia (NEOE3) tem em execução cerca de R$ 25 bilhões dos R$ 30 bilhões que pretende investir no país até o fim de 2022, disse Ignacio Galán, presidente do conselho e da empresa, em entrevista em São Paulo.

O montante só envolve investimentos para crescimento orgânico, mas a empresa está aberta a avaliar possibilidades de aquisições.

“Se há oportunidades de outras coisas, analisaremos se termos são racionais e podem gerar valor para os acionistas”, disse. “Estamos absolutamente abertos a avaliar, mas não está incluído nos planos’’, disse o executivo.

Os focos do plano de investimento são a geração de energia renovável, as linhas de transmissão e a expansão da rede comercial para atender ao crescimento do número de clientes. A Neoenergia pretende participar do leilão de linhas de transmissão que o governo fará em dezembro e de outros leilões de energia que aconteçam.

A demanda brasileira por energia tem crescido muito “e vai crescer ainda mais porque a economia vai deslanchar’’, disse Galán. “Por isso, temos de acelerar o processo de crescimento’’.

Depois da emissão de R$ 1,3 bilhões em green bonds em maio deste ano, a Neoenergia prepara uma segunda emissão de títulos verdes para financiar a construção de parques eólicos. A companhia anunciou em setembro que irá instalar o complexo eólico Oitis nos estados de Piauí e Bahia, com investimento de R$ 1,9 bi e capacidade de 566,5 MW. O início da operação comercial está previsto para 2022.

A situação financeira da companhia está “confortável’’, segundo Galán, que disse que “os bancos estão batendo à porta” da companhia. A Neoenergia vai analisar qual a melhor janela de oportunidade para emitir debêntures de infraestrutura com selo verde, o que pode acontecer ainda no quarto trimestre, segundo o presidente Mario Ruiz-Tagle.

“Temos acesso ao mercado, vamos avaliar qual o melhor momento”, disse.

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