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Contratações de crédito rural crescem 18% no acumulado da safra, diz ministério

04 mar 2021, 12:27 - atualizado em 04 mar 2021, 12:27
Os recursos para investimento somaram 47,33 bilhões de reais, com aumento de 40%, e os para custeio 78,64 bilhões de reais, avanço de 14%, de acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021 (Imagem: Pixabay)

valor das contratações de crédito rural no Brasil, no âmbito do Plano Safra, somou 147,57 bilhões de reais de julho de 2020 a fevereiro de 2021, uma alta de 18% na comparação com o mesmo período da temporada anterior, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.

Os recursos para investimento somaram 47,33 bilhões de reais, com aumento de 40%, e os para custeio 78,64 bilhões de reais, avanço de 14%, de acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021.

O montante industrialização somou 8,24 bilhões (+1%) e no caso de apoio a comercialização houve queda de 3%, para 13,34 bilhões de reais.

“A menor demanda de crédito para comercialização é explicada, principalmente, pela elevação dos preços agrícolas, que torna desnecessária a formação de estoques”, disse o ministério.

Dentre as contratações de crédito rural realizadas com os chamados “recursos controlados”, no total de 100,15 bilhões de reais, destaca-se a redução de 25% na utilização de Recursos Obrigatórios, situando-se em 27,19 bilhões de reais.

Ao mesmo tempo, disse a nota do ministério, a utilização de recursos da Poupança Rural Controlada aumentou 78%, atingindo 42,45 bilhões de reais.

“A menor demanda de crédito para comercialização é explicada, principalmente, pela elevação dos preços agrícolas, que torna desnecessária a formação de estoques”, disse o ministério (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O aumento na utilização de recursos das fontes não controladas (22%) foi superior ao das fontes controladas (17%), destacou o ministério.

Isso confirma o “acerto” da política de diversificação das fontes de financiamento, com destaque para o aumento de 72% em recursos livres (de tesouraria ou próprios dos bancos), num total de 12,16 bilhões de reais, e de 15% nas contratações com recursos da fonte LCA, que ficaram em 20,79 bilhões de reais, segundo o diretor do Departamento de Crédito e Informação, Wilson Vaz de Araújo.