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Contrariando o Barão de Itararé: Aprovação da reforma tributária, Klabin vs Suzano, Threads em alta e outros destaques do dia

07 jul 2023, 8:17 - atualizado em 07 jul 2023, 8:17
Câmara, Reforma tributária
A reforma ainda precisa cumprir o trâmite parlamentar restante antes de chegar à mesa do presidente. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados — em dois turnos e na mesma noite — causou surpresa em muitos sentidos.

Até a semana passada, havia quem a marcasse como um assunto para o segundo semestre, talvez para 2024.

Eis que de repente ela dribla uma obstrução de pauta, fura a fila e vai a votação mesmo com todas as dúvidas que pairavam sobre uma possível aprovação.

Também chamou a atenção pelos placares. A oposição do ex-presidente Jair Bolsonaro à reforma não fez nem cócegas nos esforços de ministros, governadores, prefeitos, parlamentares, empresários e tantos outros grupos cansados dos sucessivos naufrágios de tentativas anteriores de reforma do sistema tributário.

Afinal, desde a virada dos anos 1980 para os 1990 — não era só outro século, mas outro milênio — ouvíamos falar em reforma tributária sem que o assunto avançasse para além de alguns ajustes pontuais.

Não à toa, a mácula da paralisia recaía sobre o Congresso Nacional. Havia até quem recorresse ao Barão de Itararé, repetindo que de onde menos se espera é que não sai nada mesmo. Mas a Câmara contrariou até o Barão.

A reforma ainda precisa cumprir o trâmite parlamentar restante antes de chegar à mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

E enquanto uns já reclamam que ela abrange somente as relações de consumo, sem mexer na tributação da renda e da propriedade, outros consideram a segregação dos temas como o pulo do gato que permitiu sua aprovação.

De qualquer modo, a reforma deixa no ar a expectativa de simplificação tributária, trégua na guerra fiscal e desenvolvimento econômico.

Com isso, os ativos brasileiros ganham uma nova chance de se descolarem do mau humor dos investidores nos mercados internacionais.

Para ficar por dentro de como essa conjuntura mexe com seus investimentos, acompanhe a cobertura do Seu Dinheiro.

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