Você faz investimentos ou especulações? Entenda as diferenças
Algumas pessoas pensam em investimentos como jogos de sorte: se você comprar a ação certa, pode conseguir lucros gordos e rápidos. Esse método de aplicação com perfil de aposta não deixa de ser válido, porém, o indivíduo que o faz é mais um especulador da Bolsa do que um investidor.
É possível investir ou especular em diversos mercados – ações, moedas, commodities, criptomoedas, entre outros ativos.
Essas técnicas têm características diferentes e Max Bohm, analista de ações da Empiricus, explicou cada uma delas em seu quadro Chama o Max! no YouTube.
Investidor ou especulador?
Não existe certo ou errado quando tratamos desses dois perfis, mas é importante compreender as diferenças.
- Estudo do valor da empresa ou previsão dos preços futuros:
Um investidor segue fundamentos para compreender o valor da companhia e a viabilidade daquele investimento. Melhorias na marca, modernização e otimização, fusões e aquisições, por exemplo. Ele se embasa em eventos e na análise da estrutura da empresa na qual deseja investir, atento à possibilidade de crescimento, perenidade, sustentabilidade e rentabilidade da empresa.
Enquanto isso, o especulador está sempre observando momentos de maior ou menor volatilidade do mercado para aproveitar as oportunidades de compra e venda da ação. Ele especula preços futuros para aplicar e fazer render seu dinheiro. Ele fica antenado em notícias e faz operações de curto e curtíssimo prazo.
- Perfil de sócio da empresa ou perfil de risco:
O investidor quer crescer junto com a empresa em um horizonte de longo prazo. Após analisar os fundamentos da companhia, ele tem estabelecido o potencial de quanto vai ganhar e calcula o tempo necessário para alcançar sua meta. Ele sabe que não será algo rápido, pois o plano estratégico da empresa tem um timing maior para maturação.
Já o especulador adota uma postura imediatista, de compras e vendas dos ativos, que podem ser no mesmo dia, em poucos dias ou em semanas. O foco dessas movimentações rápidas está no preço, em vender uma ação, por um preço maior do que adquiriu. Em seu método, ele se expõe a um risco maior enquanto busca um lucro exponencial.
- Solidez financeira ou eventos extraordinários:
O investidor busca empresas consolidadas ou que apresentem boas oportunidades futuras. Ele monitora números atrativos para começar a investir, ou até aplicar mais em companhias que já é acionista, pensando na rentabilidade ao longo prazo e retornos que pode receber anualmente – além daquelas que também pagam dividendos.
Em outra vertente, o especulador fica atento a notícias quentes que podem movimentar o mercado. A compra de uma empresa, o fechamento de capital de outra ou a formação de grupos e parcerias são eventos que, em curto espaço de tempo, podem entregar lucros extraordinários.
Então, especular é errado?
Assim como os investimentos baseados em fundamentos, a especulação também é um método válido. Porém, é preciso saber onde se está pisando e não apostar todas as suas fichas em incertezas, pois o prejuízo pode ser muito grande.
Por isso, Max Bohm, analista de ações da Empiricus, recomenda que a carteira do investidor (composta por ações, criptomoedas e outras classes de ativos) esteja alocada com apenas 5% direcionada para a especulação.
É recomendado que os outros 95% sigam o perfil de investidor, adotando os fundamentos e pensando no longo prazo.
Confira no Chama o Max de cada semana, informações super interessantes e importantes sobre o mundo dos investimentos. Até o próximo.
Para saber mais sobre como investir em ações, acesse o curso gratuito “Ações em Minutos” com Max Bohm, no app da Empiricus.