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‘Trade Tarcísio’: ganhos com Bolsa podem ser acima da média para quem investir agora; aponta gestora

30 nov 2024, 10:00 - atualizado em 29 nov 2024, 14:19
Tarcisio de Freitas
Tese da gestora Truxt Investimentos foi apresentada pelo Market Makers em encontro “a portas fechadas” do M3 Club, o hub onde investidores se encontram (Imagem: Montagem feita com Canva Pro)

Os membros do M3 Club, clube de investidores de ações do Market Makers, um dos principais hubs de conteúdo financeiro do país, tiveram acesso nesta semana a um importante estudo da gestora Truxt Investimentos.

O material foi apresentado em um encontro “a portas fechadas” com o economista-chefe da gestora, Arthur Carvalho, e o CIO, Bruno Garcia.

Dentre as tantas pautas da reunião, um dos temas mais quentes foi o chamado “Trade Tarcísio” para 2026, ou seja, a definição de posições na carteira que venham a se beneficiar de uma eventual vitória do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nas próximas eleições presidenciais.

Segundo a tese apresentada, é possível que o investidor que hoje se disponha a correr o risco de “lagging” de uma piora do quadro econômico no atual governo possa vir a ser bem remunerado.

Em outras palavras, seria possível capturar boas oportunidades entre a piora do discurso econômico e o impacto negativo de fato na economia.

Na visão da Truxt, o valuation atual da bolsa brasileira está nos níveis que vimos no período entre 2008 e 2009, na crise do subprime, e abaixo do que vimos entre 2014 e 2016, na crise que culminou no impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

O entendimento da gestora é o de que, apesar da precificação baixa, o quadro econômico vigente não é tão grave quanto os preços mostram. Nesse sentido, o investidor que se posicionar agora na bolsa poderia ter importantes ganhos para correr o risco de uma eventual piora do cenário.

Bruno e Arthur acreditam que não sentiremos tanto a piora econômica, pois em 2026 estaremos conversando sobre uma eventual mudança de governo, onde entra o “trade Tarcísio”.

Além disso, existem alguns atenuantes que têm se mantido sólidos e podem nos dar um tempo extra para sentir o lagging, tais como: corte de gastos, reforma da previdência, lei das estatais e o Banco Central independente.

Além disso, em outras crises, a inflação registrou uma espiral negativa (em 2015, por exemplo, foi para 10%). Agora, o IPCA está em 4,76% nos últimos 12 meses, o que, apesar de não estar dentro da meta, está próximo ao teto.

O dólar, apesar de ter batido suas máximas e se aproximado dos R$ 6,00, ainda parece não estar alto suficiente para um descontrole de preços, na visão da Truxt. Segundo a gestora, esse descontrole viria com a moeda americana na faixa de R$ 6,50 a R$ 7,00.

Valor pode ser destravado ainda em 2025, segundo Truxt

Na análise da Truxt, os níveis de valuation podem começar a melhorar ainda em 2025, já que o mercado tende a antecipar as tendência eleitorais para o ano seguinte.

Segundo a gestora, a soma de um cenário de queda de juros nos EUA, somada a um baixo nível de alocação em ações no Brasil, é capaz de destravar valor para o investidor ainda no ano que vem.

Para a Truxt, o valuation não faz sentido nas condições atuais. Mesmo com a deterioração econômica, podemos ter em 2025 a narrativa de uma possível mudança de governo em 2026, o que iria se sobrepor à economia.

Apesar do otimismo, a gestora enxerga riscos de uma piora institucional interna ou uma precificação de reeleição do governo atual, bem como de uma recessão nos EUA.

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