Empiricus Research

Título do Tesouro Direto rendeu 49% em um ano

14 ago 2017, 15:48 - atualizado em 16 set 2020, 16:31

O Tesouro Direto caiu no gosto de mais de um milhão de brasileiros. O crescimento expressivo do número de cadastros de investidores e de valores aportados demonstra o grande potencial dessa opção de investimento. Com liquidez diária e garantia do governo, os placares dos títulos do Tesouro Nacional têm surpreendido. Um deles bateu recorde de rentabilidade em 12 meses e atingiu a casa dos 49% de valorização, número de causar inveja aos mais experientes operadores do mercado.

Para se ter uma ideia do crescimento desse tipo de investimento, indicadores do site oficial apontam que o Tesouro Nacional superou o expressivo número de 1,3 milhão de investidores. Os aportes nesses títulos atingem a casa dos R$ 42,9 bilhões, um incremento de 85% se comparado ao mesmo período do ano passado. A grande maioria das operações gira na casa dos R$ 5 mil, o que permite concluir que o pequeno investidor tem contribuído muito para rechear os cofres do Tesouro.

Para Marilia Fontes, analista de investimentos da Empiricus Research, os números reforçam a tese de que as pessoas estão acordando para o fato de essa ser uma ótima opção. “Em nosso relatório Tesouro Empiricus, indicamos um título que rendeu 49% em 12 meses. Se o investidor tivesse investido R$ 10 mil na poupança no primeiro dia de 2016, terminaria o ano com R$ 10.830. Quem investiu nesse título específico do Tesouro chegou a R$ 14.900. São R$ 4 mil a mais na conta”, comemora Marília, destacando que esse é um resultado extraordinário. “Uma rentabilidade de 49% é realmente extraordinária. Não sabemos se algo semelhante vai se repetir, mas isso mostra o potencial que o investimento tem”, completa.

“O governo é emissor desses títulos, o que dá mais segurança à operação, pois, em uma situação de crise, ele ainda conseguiria honrar os pagamentos dos juros com emissão de moeda ou aumento de impostos, por exemplo”, diz Marília.

O Tesouro Direto é uma iniciativa do Tesouro Nacional. Surgiu em 2002, em uma parceria com a BM&FBovespa para comercializar os títulos da dívida pública federal para pessoas físicas. Qualquer pessoa com R$ 30 pode investir nele.

Como investir no Tesouro Direto?

Você vai precisar:

  1. Ter, no mínimo, R$ 30;
  2. Abrir uma conta em um banco ou em uma corretora de valores e solicitar que seja aberta uma conta em seu nome no site do Tesouro Direto;
  3. Usar uma senha provisória, fornecida pela instituição financeira, com a qual você terá acesso à área restrita para assinantes;
  4. Cadastrar uma nova senha.

Completadas essas etapas, você estará habilitado a fazer movimentações financeiras nos diversos títulos do Tesouro Direto.

“A dica fica por conta da taxa de administração da instituição financeira. Geralmente, os bancos cobram taxas altas! Algumas corretoras de valores fazem esse trabalho sem cobrar nada. Então, vale a pena pesquisar antes de escolher a instituição que vai fazer a ponte entre você e o Tesouro Direto”, explica a analista da Empiricus, destacando que no site do próprio Tesouro existe uma lista para consulta dessas entidades. Todas as operações do Tesouro pagam uma taxa de 0,30% ao ano recolhida pela BM&FBovespa.

Outra questão importante, segundo a analista, é ter atenção no momento de escolher o produto. Você vai encontrar basicamente três modalidades de títulos: os pós-fixados (LFT), ou Tesouro Selic, que são uma boa opção quando existe uma tendência de alta de juros de mercado; os prefixados (LTN), que devem ser considerados quando as direções apontam para uma queda da inflação e dos juros; e os indexados (NTN-B), que terão melhor performance em cenários de alta da inflação com queda de juros.

“O importante é entender que, para cada opção, existe o momento ideal de comprar e vender. Quanto mais próximo você chegar dessa hipótese, mais seu dinheiro vai render. Também é importante destacar que os títulos têm liquidez diária. Ou seja, se você precisar do dinheiro, pode retirar. Além disso, ele rende diariamente a taxa contratada, diferente de aplicações como a poupança, que tem data de aniversário”, conclui Marília.