Terra (LUNA) e Bitcoin (BTC): entenda de forma simples o ‘banho de sangue’ dessas duas criptomoedas
Nas últimas 72 horas, a criptomoeda Terra (LUNA) perdeu quase a totalidade do seu valor de mercado. O ativo, que já chegou a ocupar o ranking das 5 maiores criptomoedas do mundo, despencou da faixa de 100 dólares para cerca de US$ 0,009. O efeito dessa queda foi sentido por todo o mercado, principalmente pelo Bitcoin (BTC).
Nesta quinta-feira (12), a LUNA estava em sua mínima histórica, chegando a atingir o patamar de 9 milésimos de dólar. A perda acumulada é tão grande que o agregador de dados CoinGecko já registra 100% de prejuízo nos últimos 7 dias.
A principal catalisadora dessa queda foi a criptomoeda TerraUSD (UST), stablecoin do protocolo que deveria manter a paridade com o dólar. O ativo despencou e chegou a atingir a marca de US$ 0,29. No momento da redação deste texto, a moeda está sendo negociada a US$ 0,59.
O Bitcoin também ‘sangrou’ com esse movimento. A maior criptomoeda do mundo atingiu o menor patamar do ano às 4h20 desta madrugada, chegando à faixa de US$ 26 mil dólares.
Muitos investidores ainda estão tentando entender o que aconteceu para Luna virar pó em menos de 72 horas. Como todo esse movimento envolve aspectos bastante técnicos do protocolo, fica difícil para os mais leigos entenderem o que está acontecendo.
Por conta disso, o analista Vinícius Bazan resolveu dar uma explicação didática para os leitores do Money Times, para esclarecer de maneira simples o que está havendo e dar novas instruções sobre como se posicionar agora.
Você vai entender de uma vez por todas, de forma fácil e sem termos técnicos, o que está acontecendo no mercado cripto neste momento.
O que são stablecoins e qual é a proposta do protocolo Terra
Em primeiro lugar, é importante entender o que é o protocolo Terra e para que serve.
A Terra é um protocolo de criação de stablecoins, que funciona a partir da interação entre duas criptomoedas: TerraUSD e LUNA.
“O termo stablecoin significa, literalmente, moeda estável. Essa é uma classe de criptomoedas que devem manter paridade com o dólar. Ou seja, o objetivo dessas moedas é ter o preço sempre travado em US$ 1,00″, explica Bazan.
Essa é uma forma de criar uma ponte entre o mercado tradicional e o mercado de criptomoedas. Também é uma forma de proteção contra a volatilidade do mercado.
As principais stablecoins do mercado mantém alguma forma de paridade com o dólar de forma tradicional, principalmente através de investimentos em títulos do tesouro americano.
Mas como o objetivo do mercado de criptomoedas é ser descentralizado, ainda há demanda por uma stablecoin totalmente descentralizada, que sustente a paridade com o dólar sem depender de interações com o mercado tradicional.
É com esse objetivo que o protocolo Terra foi criado. A TerraUSD (UST) prometia manter paridade com o dólar sem depender da custódia de dólares ou de títulos do tesouro.
Como isso é possível?
Entenda como funciona o protocolo Terra e por que ele falhou
O mecanismo do protocolo funciona assim: para criação de novos USTs é necessário queimar LUNA no valor de mercado equivalente e vice-versa.
“Por exemplo, se há a demanda por 10 USTs (o equivalente a US$ 10,00) e o preço de LUNA está em US$ 10,00, é necessário queimar uma unidade de LUNA para criação desses USTs”, explica o analista.
Esse movimento tende a valorizar a criptomoeda LUNA. Afinal, a diminuição da oferta de tokens tende a aumentar o preço.
Além disso, há de se mencionar também o papel do Anchor Protocol. Basicamente, essa é uma plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) dentro do ecossistema da Terra.
O Anchor oferecia 20% de retorno anual para os usuários que fizessem staking de UST. Caso você não saiba, staking é uma forma de “poupança de criptomoedas”, em que você trava seus ativos em um protocolo para receber um pagamento de juros.
Esse pagamento de 20% se tornou interessante para vários investidores, o que impulsionou a demanda por UST e, consequentemente, a valorização de LUNA. Desde a criação do projeto até sua máxima histórica, LUNA valorizou 3.544%.
Mas esse sistema de criação de stablecoins viria a apresentar problemas.
O efeito dominó que começou em TerraUSD e afetou até o Bitcoin
O principal problema de todo esse ecossistema é que a paridade do UST era muito baseada em oferta e demanda.
“Por exemplo, suponha que o preço de UST caia pra US$ 0,90. Mesmo com um valor de mercado inferior a US$ 1,00, 1 UST continua valendo US$ 1,00 na troca por LUNA. Ou seja, um usuário poderia comprar 10 USTs por US$ 9,00 nesse cenário e trocar por 1 LUNA, que vale US$ 10,00, e poderia vender essa LUNA e ganhar US$ 1,00”, explica Bazan.
Esse mecanismo funciona quando se trata de flutuações pequenas ao redor de US$ 1,00. Mas as coisas podem sair do controle quando a pressão vendedora aumenta muito – e foi exatamente isso que aconteceu.
No sábado, dia 7 de maio, houve uma troca milionária entre UST e USDC. O preço do UST não foi muito afetado, mas vale lembrar que, em um mercado de medo generalizado como o atual, qualquer fagulha é suficiente para causar um incêndio.
Essa foi a primeira peça que causou um efeito dominó gigante em todo o mercado cripto.
Com o tempo houve mais e mais ordens vendedoras de UST, causando uma pressão vendedora que a LFG (empresa por trás do protocolo) não conseguiu segurar.
O mecanismo começou a falhar e a LFG se viu obrigada a despejar mais de 80.000 bitcoins no mercado para tentar segurar o preço de UST (o que também causou quedas na cotação do BTC). Não deu certo.
Depois disso, a empresa passou a emitir unidades de LUNA para queima de USTs, o que causou inflação da moeda e contribuiu ainda mais com sua desvalorização.
Em resumo, foi isso que aconteceu com o mercado nesta semana. “É seguro dizer que, provavelmente, as últimas 72 horas foram as piores de todo esse atual ciclo de baixa”, conclui Bazan.
Para onde o Bitcoin vai a partir de agora?
Diante desse banho de sangue, é comum que o investidor se sinta temeroso, sem saber o que fazer. Por conta disso, Bazan deixou algumas instruções para os leitores do Money Times.
Em primeiro lugar, Bazan acredita que, mesmo diante da confusão, existem consequências positivas.
“O que eu mais gostei de ver foi a resiliência do Bitcoin e do Ethereum nesse momento. As duas maiores criptomoedas do mercado sofreram bem pouco, levando em conta o nível de pânico altíssimo que estava se espalhando.”
É preciso colocar as coisas em perspectiva, com foco no longo prazo. Vale lembrar que, durante todo esse movimento, o Bitcoin atingiu a mínima de US$ 26.000.
Há menos de dois anos, em 2020, o Bitcoin atingia sua antiga máxima histórica, maior preço de todos os tempos até então, exatamente na faixa de US$ 26 mil.
Ou seja, o provável pior preço de 2022 seria considerado o melhor preço em 2020. Em 2020, investidores estariam comemorando ao ver o Bitcoin em US$ 26 mil.
Claro que as coisas mudaram e que os investidores agora são mais exigentes quanto ao comportamento do ativo. Mas é importante olhar para o cenário em uma perspectiva maior, de longo prazo.
Em segundo lugar, nesse momento a recomendação do analista é que é mais importante dar atenção às teses do que aos preços. O Bitcoin, por exemplo, continua sendo pivô de uma revolução tecnológica sem precedentes na história da humanidade.
Portanto, se você continua confiante no futuro dessa tecnologia e dessa economia descentralizada, não deve olhar apenas para o sentimento do mercado como um todo. O mercado tende a ser irracional e dar muita atenção a acontecimentos de curto prazo.
Aliás, é justamente por conta dessa irracionalidade que talvez haja uma boa oportunidade de compra em alguns ativos agora.
Oportunidade? Se você tiver sangue frio e disposição ao risco, essa é uma boa hora pra comprar alguns criptoativos
Isso porque, segundo Bazan, a reação do mercado foi bastante desproporcional aos acontecimentos. Vimos ativos que não tinham nada a ver com esse assunto caindo 50% ou até mais.
“Vários ativos da nossa carteira não tinham nada a ver com isso e sofreram uma queda bruta. Claro que sempre há espaço pra cair mais, mas eu acredito que, aos preços atuais, você pode comprar projetos excelentes com um desconto absurdo.” – Vinícius Bazan
Pra você ter ideia, uma das criptomoedas identificadas pelo analista como sendo de alto potencial para o longo prazo sofreu uma queda de 54,4% nos últimos 7 dias. O preço atual está na faixa de US$ 0,15 – menor da história dessa moeda.
Isso mostra como o mercado pode ser irracional e punir projetos que não tiveram nenhuma mudança em seus fundamentos. Essa criptomoeda, por exemplo, faz parte de um jogo que ainda nem foi lançado.
Agora, novamente, pense em uma perspectiva maior, não em dias, mas em meses ou anos. Quando o jogo for lançado, em 2023 ou 2024, pode ser que o mercado esteja em um humor bem melhor (pelo menos melhor do que o atual, que é o pior dos últimos tempos).
Ao comprar essa criptomoeda nos preços atuais, na mínima histórica e no pior humor do mercado, você tem a chance de investir num bom projeto por um preço muito baixo. Uma simples virada de mão do mercado pode botar uma boa grana no seu bolso.
A gente nem precisa perder tempo com suposições pra ter noção do que pode acontecer. Existem dados reais que corroboram com essa tese.
Por exemplo, o último momento de bom humor do mercado ocorreu no fim do ano passado, quando o Bitcoin atingiu a máxima histórica de US$ 69 mil. Nesse momento, o preço dessa criptomoeda chegou a atingir US$ 2,78.
Ou seja, aos preços atuais, se a criptomoeda simplesmente recuperar esse patamar de preço, sua valorização seria de 1.753%. Uma multiplicação de mais de 18x no dinheiro investido.
Nada garante que isso vá acontecer. No mundo dos investimentos, ganhos pasados nunca são garantia de ganho futuro. É só um dado para você ter noção de como o cenário muda rápido no criptomercado.
QUERO APROVEITAR A OPORTUNIDADE DE COMPRA DO MOMENTO ATUAL
‘Sempre invista uma quantia que você topa perder’, orienta o analista
Claro que há muitos riscos envolvidos nessa operação. Estamos falando de uma criptomoeda minúscula em um mercado altamente volátil e de péssimo humor atualmente.
Há uma boa probabilidade de que essas e outras criptomoedas caiam e passem por alguns perrengues antes de voltarem a subir. Porém, mesmo que ainda não estejamos na mínima histórica, os preços atuais já representam uma excelente oportunidade de multiplicação de capital, segundo Bazan.
Além disso, Bazan reforça a orientação mais básica do universo cripto: nunca invista o que você não está disposto a peder.
“O caso de LUNA foi muito bom pra relembrar a todos os riscos desse mercado. Uma das maiores criptomoedas do mundo foi de US$ 100 a 0 em questão de dias. É por isso que eu e minha equipe reforçamos: nunca invista um dinheiro que você não está disposto a perder”, diz Bazan.
E Bazan vai além: mesmo investindo pouco dinheiro, ainda há a chance de embolsar grandes lucros, principalmente em momentos como o atual.
“Nós selecionamos uma carteira de criptomoedas minúsculas justamente para o investidor não precisar colocar muito dinheiro. Investir nesses projetos pode ser o equivalente a emprestar uma grana para o Steve Jobs quando ele ainda estava fazendo a Apple em uma garagem. R$ 1.000, R$ 500, até R$ 100 é suficiente para fazer um bom dinheiro aqui”, conclui o analista.
Por fim, Bazan deixa um convite para os leitores do Money Times. Se você tem disposição a correr riscos e quer ter a chance de fazer uma fortuna no momento mais sangrento do mercado, o analista quer te oferecer uma carteira de criptomoedas com potencial de multiplicação imenso.
No momento atual do mercado, os maiores investidores estão com sangue no olho, comprando tudo dos impacientes e acumulando criptomoedas que podem valer muito no futuro. Você pode fazer parte desse grupo agora mesmo.
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