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Taesa (TAEE11): mesmo com bons resultados no 4T22 é melhor ficar de fora; dizem analistas

16 mar 2023, 17:12 - atualizado em 16 mar 2023, 17:12
taesa grafico
No 4T22 a Taesa (TAEE11) alcançou lucro líquido regulatório de R$ 386,7 milhões, mas foi menos generosa em relação aos dividendos, ao todo a companhia vai pagar apenas R$ 0,08 por ação

A Taesa (TAEE11) divulgou o balanço do quarto trimestre de 2022 no fim do pregão da última quarta-feira (15). Mais uma vez a elétrica entregou bons resultados. O grande destaque foi o crescimento de 266% no lucro líquido regulatório, na comparação anual. 

A elétrica também viu a sua Receita Anual Permitida (RAP) alcançar a marca de R$ 647 milhões, alta de 8% ante o 4T21, beneficiada pelo início da operação de duas novas linhas. Além disso, a Taesa conseguiu a façanha de reduzir em 10% os custos com gastos em relação ao mesmo período do ano passado. 

Em contrapartida, o resultado societário apresentou um lucro de apenas R$ 22,8 milhões uma queda de 94,4% em comparação com o 4T21. Os números do balanço não animaram muito os investidores e durante a quinta-feira (16) as ações da companhia operaram no vermelho

Na visão dos analistas da Empiricus Research, um dos motivos para essa reação é que existem detalhes importantes sobre o case de Taesa (TAEE11) que podem impactar o desempenho do ativo nos próximos anos e até mesmo fazer os dividendos minguarem.

Por isso, eles acreditam que outra ação será a grande pagadora de dividendos do setor elétrico em 2023. 

Essa elétrica aumentou em 100% o percentual de lucro distribuído, já pagou uma “bolada” de dividendos em janeiro e uma nova rodada será distribuída em breve. 

Por que Taesa (TAEE11) deveria ficar de fora da carteira dos investidores

Ao longo de 2022 as ações da Taesa (TAEE11) foram uma das “queridinhas” da bolsa quando o assunto era o pagamento de dividendos. Nos últimos 12 meses a companhia alcançou um dividend yield de 17,09%, o que representa R$ 6,18 por ação

Grande parte dos resultados apresentados pela companhia se deve ao fato de ela ser um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil. Presente em 18 estados, a Taesa tem atualmente 40 concessões de transmissão e 12.122 km de linhas em operação. 

Em geral, o negócio da Taesa é considerado por muitos analistas como uma atividade de renda previsível e estável. Afinal, o recebimento da RAP (Receita Anual Permitida) não depende do volume de energia que é transportado, mas sim da disponibilidade de linhas.

A realidade de Taesa (TAEE11) está prestes a mudar…

Para a Taesa ter o direito de realizar o serviço de transporte de energia, ela precisa participar de leilões de concessão e, caso vença a licitação, tem um prazo para operar a concessão. 

Acontece que, até o fim de 2030, a companhia encerrará o contrato de quatro concessões, sendo três delas muito importantes para o seu resultado.

O fim dessas concessões pode representar uma redução das receitas da elétrica. E, em tese, essa redução deveria ser suprida pelos novos empreendimentos. 

No final de 2022, a Taesa venceu a disputa por dois lotes leiloados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), para transmissão de energia no Maranhão, Pará e Rio Grande do Sul. 

Contudo, na visão dos analistas, trata-se de empreendimentos com uma taxa de retorno baixíssima. A Taxa Interna de Retorno (TIR) das novas concessões está entre 4,4% ao ano e 3,7% a.a.

Para efeito de comparação, o Tesouro Direto IPCA + 2055, que tem vencimento próximo ao fim das novas concessões da companhia, oferece uma remuneração atualmente de IPCA + 6,41%.

Ou seja, ao mesmo tempo em que concessões importantes da companhia estão encerrando, a Taesa está se comprometendo com investimentos cujo retorno estimado é menor que o encontrado em títulos de longo prazo da renda fixa.

Além disso, os analistas apontam que a ação já está muito bem precificada. Em outras palavras, Taesa (TAEE11) já é negociada na bolsa por um preço considerado justo, deixando assim pouco espaço para valorização do ativo

Em um podcast publicado em 02/03/2023, eles explicaram que essas mudanças na tese da companhia teriam impacto direto nas ações e no pagamento de dividendos.

“Não dá para saber exatamente quando, mas esse dividend yield que hoje está em dois dígitos, a expectativa é de que, em alguns anos, vai minguar.”, pontuou Ruy Hungria. 

Dividendos menores em março

Embora ainda seja cedo para dizer que os analistas da Empiricus Research estão certos sobre os dividendos da companhia, o fato é que, para este mês, a companhia divulgou um pagamento de proventos 94% menor em comparação com os R$ 460 milhões de janeiro.

Por esses motivos, os analistas da Empiricus Research acreditam que o melhor a se fazer neste momento é deixar a Taesa (TAEE11) fora da carteira.  

Em contrapartida, eles recomendam uma ação do setor elétrico que pretende distribuir 80% do lucro regulatório do 4T22 em forma de dividendos, o que, na prática, representa R$ 1,44 por ação

Na visão dos especialistas da casa, essa elétrica também tem boas chances de se tornar a grande pagadora de dividendos do setor em 2023. 

SAIBA QUAL É A AÇÃO DO SETOR ELÉTRICO QUE PODE PAGAR UMA ‘BOLADA’ DE DIVIDENDOS

Uma ação melhor que Taesa (TAEE11) para buscar dividendos

Trata-se de uma holding do setor elétrico, 100% brasileira, que controla empresas no Brasil, Colômbia e Peru. De acordo com os analistas essa companhia tem uma série de pontos fortes: 

  • É uma das maiores empresas em termos de receita anual permitida (RAP). Isso garante à companhia uma boa previsibilidade e estabilidade de receita, pois o recebimento da RAP não depende do volume de energia que é transportado, mas sim da disponibilidade de linhas;
  • A companhia finalmente chegou a um acordo para a construção de um novo empreendimento que vai gerar uma receita anual permitida (RAP) de R$ 336 milhões;
  • É a ação mais barata do setor.

Além disso, essa companhia pagará dividendos em dobro ao longo de 2023. Em novembro do ano passado essa elétrica aprovou uma mudança na sua política de dividendos, que serão colocadas em prática este ano: 

  • Distribuição de 50% do lucro líquido em forma de dividendos. Antes eram 25%, o que representa um crescimento de 100% no que é pago aos acionistas; 
  • Pagamento de dividendos a cada trimestre ao invés de uma vez por ano;
  • Cada pagamento será liberado em no máximo 60 dias, após a deliberação da distribuição. 

SAIBA QUAL É A AÇÃO QUE VAI DISTRIBUIR O DOBRO DE LUCRO EM 2023

Atualmente, esta ação é recomendada em duas séries da Empiricus Research, geralmente, apenas assinantes têm acesso às indicações dos analistas. 

Mas, você pode conhecer o nome desta ação de forma gratuita

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