Taesa (TAEE11): dividendos não convencem analista, que vê pouca atratividade no preço das ações; veja outra alternativa no setor
A Taesa (TAEE11) reportou os resultados referentes ao terceiro trimestre (3T24) com quedas nas principais linhas do demonstrativo. Nem mesmo os proventos de R$ 0,67 por ação anunciados pela companhia animaram o analista Ruy Hungria, da Empiricus, que prefere outro papel do setor elétrico.
Confira os principais números da companhia no 3T24
A receita líquida da empresa caiu -1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 592,5 milhões.
“[A receita líquida] Foi afetada pelo ajuste negativo de algumas concessões indexadas ao IGP-M, além de receitas não-recorrentes que ajudaram a companhia no 3T23. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelos reajustes tarifários positivos de ativos indexados ao IPCA, além de energização de novos trechos”, explicou o analista Ruy Hungria, da Empiricus.
Por outro lado, a companhia conseguiu ser eficiente na linha de gastos, que ficaram praticamente estáveis na comparação anual (-0,2% vs 3T23). O analista destaca que isso se deu “mesmo com uma base de comparação difícil, já que o 3T23 tinha sido ajudado pelo recebimento de indenizações”.
Ainda assim, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou -1,2%, para R$ 487,6 milhões.
“Ajustado por efeitos não-recorrentes, o Ebitda teria sido de R$ 495,1 milhões, um pouco melhor, mas ainda abaixo das estimativas”, pontua Hungria.
“A parte boa é que essa piora do Ebitda foi mais do que compensada pela melhora do resultado de equivalência patrimonial das participações em outras concessões, que subiu +22%, para R$ 125,4 milhões, explicado por reajustes tarifários e entrada em operação de Ivaí.”
Queda no lucro líquido e anúncio de dividendos
No entanto, o lucro líquido caiu -6%, para R$ 307 milhões e abaixo das estimativas do mercado. “Principalmente por conta de variações monetárias e cambiais, combinado com o aumento de impostos”, explica Ruy.
Nem mesmo os proventos anunciados de R$ 0,67 por ação TAEE11, um dividend yield de aproximadamente 1,9% com base no fechamento de quarta-feira (6), data da divulgação do balanço, foi suficiente para animar o analista.
“Apesar de ser atualmente uma boa pagadora de dividendos, vemos as ações da Taesa bem precificadas neste momento, por mais de 11x lucros esperados para 2025. Por isso, seguimos com recomendação neutra para a companhia”, disse.
Analista prefere outra ação do setor elétrico para buscar dividendos e ganho de capital
Em contrapartida, o analista prefere uma outra ação do setor elétrico que “segue mostrando evolução de resultados, bom controle de gastos e melhor alocação de capital“.
Além disso, as ações estão em preços mais atrativos do que as da Taesa, negociadas a “menos de 6x Valor da Firma/Ebitda”, revela o analista.
Por isso, esta ação está presente na carteira das 5 melhores ações para buscar dividendos e ganho de capital, elaborada pelo analista.
Isso porque, além do potencial de valorização, a melhora de resultados também deve aumentar o pagamento de dividendos desta empresa ao longo do tempo.
A boa notícia é que você pode conferir DE GRAÇA qual é essa companhia do setor elétrico e as outras quatro ações que, na visão do analista, são as mais atrativas para os investidores focados em dividendos.
Para acessar o relatório com as teses em cada uma das ações, basta clicar neste link ou no botão abaixo.