‘Sem rali de Natal’? Analista explica o que pode afetar a bolsa ainda em 2024; veja como se posicionar
Como é de conhecimento de muitos, a economia brasileira não está lá em uma de suas melhores fases no que diz respeito às perspectivas fiscais e inflacionárias, o que tem influenciado o apetite de risco dos investidores locais.
Projeções do IPCA (principal índice da inflação) indicam um estouro do teto da meta e a Selic (taxa básica de juros) provavelmente encerrará o ano a 11,75%. Isso com base nos dados do relatório Focus divulgado na segunda-feira passada (11).
Apesar de tudo, há quem ainda mantenha certo otimismo. Afinal, o governo promete um pacote de corte de gastos que deve chegar em breve, embora não saibamos a dimensão e os efeitos práticos. Isso poderia aumentar a confiança no nosso país, certo?
Soma-se o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, que pode melhorar os ânimos do mercado e, quem sabe, dar um novo fôlego aos ativos de risco brasileiros. Seria o caso de esperar por um “rali de final de ano”, em que o Ibovespa saia do “marasmo” dos 130 mil pontos ou menos?
Segundo o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual, talvez nem o pacote de gastos por si só seja o suficiente para animar o mercado.
‘Sem rali de Natal’ caso corte de gastos não atenda expectativas, segundo analista
Em sua newsletter “Mercado em 5 Minutos” da última quarta-feira (13), Matheus afirmou que, para além do pacote em si, é preciso que os valores certos também sejam anunciados:
“Se o corte de gastos [do governo] for inferior a R$ 50 bilhões, ou 0,5% do PIB, é improvável que o mercado recupere significativamente até o final do ano. Sem rali de Natal para nós.”
Ou seja, não é nulo o risco de que os números anunciados não tenham proporções satisfatórias, que sirvam como “dose de ataque” para combater o desânimo do mercado.
Apesar disso, o analista entende que os ajustes trarão resultados uma hora ou outra. O contrário disso implicaria em desgaste para o governo – e o governo não quer isso.
Mas nem tudo está perdido. A resposta é simples – ter paciência:
“Sem um ajuste, os dois últimos anos do mandato de Lula podem enfrentar uma combinação de alta inflação e baixo crescimento, complicando o cenário político. […] Mantenho a expectativa de que a reforma será implementada, mesmo que demore e exija paciência dos agentes de mercado. Durante essa fase de incerteza, porém, o Ibovespa, a curva de juros e o câmbio seguirão sob pressão.”
As melhores ações para investir em um período adverso de mercado
Caso você, investidor, esteja preocupado com os retornos da sua carteira, saiba que um cenário ruim pode abrir boas oportunidades: o segredo é saber exatamente no que, onde e como investir.
Mas você não precisa desvendar esses segredos sozinho. Para ajudar cada vez mais pessoas a investir melhor, os analistas da Empiricus Research adaptaram suas recomendações de investimento conforme os desdobramentos econômicos recentes.
A analista Larissa Quaresma, por exemplo, montou uma curadoria com as ações que considera as “generais” da bolsa brasileira: com qualidade, preços atrativos e alto potencial de valorização.
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É a chance de posicionar sua carteira neste período de baixa e apenas aguardar pelo próximo rali. Talvez ele não venha no Natal (torçamos que sim), mas uma hora ou outra ele chega. Novamente: é preciso paciência.
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