Selic sobe, mas juros nos EUA caem: ‘o investidor precisa usar as regras do jogo ao seu favor’, diz sócio diretor da Jobin Investimentos
Nesta quinta-feira (19), os mercados repercutiram as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou a Selic para 10,75% a.a, e do Fed, o BC americano, que cortou juros em 0,50 p.p pela primeira vez em mais de 4 anos.
Os dois movimentos foram de encontro com as expectativas do mercado, uma vez que já eram esperados um aperto monetário no Brasil e um afrouxamento nos Estados Unidos.
E, com isso, a pergunta que os investidores se fazem neste momento é: onde investir diante das mudanças?
Afinal, embora esperados, os movimentos feitos no mesmo dia pelos bancos centrais e em sentidos opostos deixaram muitas dúvidas para os investidores a respeito do que fazer com seus portfólios.
Por isso, com o intuito de ajudar os investidores, o Giro do Mercado, programa diário de notícias do Money Times, organizou um especial sobre a Super Quarta (como é conhecido o dia em que os BCs do Brasil e dos EUA decidem os juros).
Dentre a programação, na quinta-feira a jornalista e apresentadora Paula Comassetto recebeu Vinicius Fernandes, sócio diretor da Jobin Investimentos, para trazer recomendações sobre que rumos os investidores podem tomar em suas carteiras a partir de agora.
A seguir, você confere os melhores momentos dessa conversa e como ter acesso ao dossiê gratuito que o Money Times está disponibilizando com tudo o que você precisa saber após as decisões dos juros.
Como investir após as decisões de juros no Brasil e nos EUA
Se por um lado o corte de juros nos EUA trouxe um aumento de apetite ao risco para os investidores lá fora, no Brasil, o cenário de juros altos por mais tempo reduziu a atratividade por ativos de renda variável, segundo Fernandes.
“O cenário internacional é um dos melhores possíveis para a alta do apetite ao risco. Os indicadores atuais não mostram uma recessão e Powell enalteceu que não consegue enxergar uma recessão nos EUA”, explicou.
Por isso, a principal recomendação de Fernandes é sempre ter um pouco de dinheiro fora do Brasil: “a quarta-feira foi uma comprovação do benefício de ter ativos nacionais e internacionais no portfólio. Os mercados lá fora reagiram super bem ao Fed, e aqui não”.
Após a decisão dos juros nos EUA, enquanto as bolsas ao redor do mundo reagiram positivamente, o Ibovespa (principal índice da bolsa brasileira) terminou o pregão em queda de -0,22% à espera do Copom e, na quinta, perdeu o patamar dos 134 mil pontos.
Nesse sentido, Fernandes diz que, dado o cenário de juros no Brasil e nos EUA, ele gosta de pensar em um portfólio que tenha mais risco na parte internacional e menos risco no âmbito nacional. “O investidor precisa usar as regras do jogo ao seu favor”, afirma.
No portfólio internacional, ele recomenda principalmente ações de tecnologia: “aqui há uma carência muito grande desse setor. Temos Petrobras, Vale, Bradesco e Banco do Brasil como as maiores ações nos últimos 20 anos. Então, o investidor que ficou restrito ao Brasil não participou do ‘boom’ da tecnologia”.
Além disso, ele acredita que, como uma boa prática, o investidor deveria ter algo entre 15% a 20% do portfólio em ativos internacionais.
Já no Brasil, Fernandes diz que a renda fixa é muito difícil de ser batida, principalmente no patamar de juros atual. “É muito raro ver classes de ativos ganhando de um IPCA +6%. Hoje você consegue isso em títulos do governo tranquilamente”, diz.
Ademais, ele destaca que o Brasil tem “duas regras do jogo muito favoráveis para investir em renda fixa na pessoa física”. São elas:
- Fundo Garantidor de Crédito (FGC): segundo ele, os títulos que são garantidos pelo FGC são muito atrativos e oferecem remuneração mais alta com um risco mais baixo.
- Ativos isentos de Imposto de Renda: “principalmente as debêntures incentivadas que são IPCA+ e podem pagar bons juros reais”, aponta.
Dito isso, Fernandes aponta que se beneficiaria da isenção de IR para investir em IPCA+ e, com o FGC, aproveitaria os títulos pré e pós-fixados.
No entanto, o economista destaca que isso não significa deixar de investir em ações da bolsa brasileira. “Ainda existem empresas no Brasil que estão muito baratas e que têm uma boa possibilidade de valorização”, afirmou.
Por isso, ele diz que “em hipótese alguma diria que não deve haver presença de renda variável no portfólio. Só acho que, no cenário atual, quem gosta de ter 25% do patrimônio em bolsa, talvez passe a ter 20%.
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Dossiê gratuito: veja mais recomendações de onde investir após a Super Quarta
Você acaba de conferir os melhores momentos da entrevista que aconteceu entre Paula Comassetto e Vinicius Fernandes, sócio diretor da Jobin Investimentos. Mas esse é apenas um dos materiais que o Money Times preparou para os leitores após a Super Quarta.
O portal de notícias elaborou um dossiê gratuito com análises e orientações de onde investir após as decisões de juros no Brasil e nos EUA. Lá, você vai encontrar:
- Uma análise detalhada de Márcio Holland, doutor em economia e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre os dados do Copom e do Fomc;
- A entrevista completa de Paula Comassetto e Vinicius Fernandes, sócio diretor da Jobin Investimentos, com recomendações de onde investir após a Super Quarta;
- Uma cobertura em primeira mão da divulgação da ata do Copom, que geralmente dá a “dica” sobre a próxima decisão dos juros no Brasil.
Para receber o dossiê completo e gratuito, tudo o que você precisa fazer é se cadastrar gratuitamente no link abaixo. Essa é uma iniciativa do Money Times para ajudar o investidor a tomar as melhores decisões pelo seu patrimônio.
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