Selic em 12,25% é ‘porrete monetário certeiro’ e abre espaço para rali de fim de ano dos ativos brasileiros, diz analista
Na noite da última quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 12,25% ao ano.
Já era esperado que o ciclo de alta continuasse pela terceira reunião seguida, mas não era unanimidade no mercado de que o aumento fosse de 1 ponto percentual – talvez um pouco menos, como 0,75 p.p.
Além disso, o Banco Central também sinalizou que as próximas reuniões podem trazer mais dois aumentos de 1 ponto percentual. Com isso, a Selic muito provavelmente estará no patamar de 14,25% ao ano nos primeiros meses de 2025.
A alta dos juros é algo que, a princípio, pode assustar. Afinal, é uma “mensageira” da inflação (IPCA) acima do teto da meta (4,87% no acumulado dos últimos 12 meses), do dólar em torno dos R$ 6, e um ambiente econômico incômodo no geral.
Mas o remédio para a incerteza econômica vem, de fato, pela definição dos juros. E essa “dose de ataque” administrada pelo Bacen pode ser exatamente o que o Brasil precisava para começar a reorganizar a casa – e inclusive melhorar os prospectos para quem investe aqui. É o que pensa um analista da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual.
‘Porrete monetário’: Bacen acertou em cheio ao subir juros, diz analista
Na newsletter diária Mercado em 5 Minutos da última quinta-feira (12), o analista Matheus Spiess, da Empiricus, disse que o Brasil está “reancorando as expectativas no porrete”, e prossegue dissecando a definição:
“O BC optou por um porrete monetário certeiro para reancorar as expectativas inflacionárias — e acertou em cheio. O tom ‘hawkish’ da autoridade monetária veio no momento certo, reafirmando o compromisso do Banco Central com sua independência e o combate à inflação. Esse posicionamento é especialmente relevante em um ambiente doméstico que vinha sendo profundamente contaminado por pessimismo desde o anúncio mal conduzido do pacote fiscal de contenção de crescimento dos gastos públicos.”
Mas juros altos por muito tempo não são agradáveis do ponto de vista da pessoa física, visto que é historicamente desfavorável tanto para o consumo da população quanto para o investimento em ativos de risco…
Porém, de acordo com Spiess, o aumento dos juros agora “não apenas deverá frear a escalada de pessimismo que pairava sobre os mercados domésticos, mas também abre espaço para um possível rali de fim de ano nos ativos brasileiros.”
Rali de fim de ano com aumento da Selic: como é possível?
Considerando que o mercado é movido por expectativas, mesmo que estejamos nos preparando para um longo inverno de Selic a dois dígitos, a postura do Banco Central é algo que pode acalmar ânimos e melhorar a percepção do mercado sobre o ambiente econômico brasileiro, aumentando o apetite ao risco.
E esse alívio nos ânimos pode ser o momento para capturar boas oportunidades no mercado local. Pensando nisso, os analistas da Empiricus Research prepararam um compilado de mais de 20 ideias de investimento para aplicar ainda este ano, com potencial de valorização para sua carteira.
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