Se cuida, Shein: Desenrola Brasil pode fazer varejistas decolarem; saiba em qual investir

Na última terça-feira (6), o governo federal publicou a Medida Provisória que estabelece o Desenrola Brasil. O programa tem como objetivo renegociar dívidas de pessoas físicas. 

De acordo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa pode beneficiar cerca de 70 milhões de brasileiros que possuem dívidas com bancos, varejistas e prestadores de serviços (energia, saneamento, entre outros). 

O Desenrola vai permitir que pessoas que recebem até dois salários mínimos, inscritas no CadÚnico e com nome no cadastro de inadimplentes (SPC, Serasa, entre outros), consigam renegociar dívidas de até R$ 5.000. 

A notícia foi bem recebida não só por aqueles que estão com o “nome sujo”, mas também pelos mercados. Durante a terça-feira, as ações de varejistas impactadas pelo programa apresentaram alta. 

O motivo é que, por se tratar de um programa voltado justamente para a população de baixa renda, as grandes varejistas do país tendem a se beneficiar, visto que é nessa faixa que se encontra grande parte dos seus clientes.

E nesse cenário a dúvida de muitos investidores é: 

Em qual ação de varejista vale a pena investir?

O programa de renegociação do governo deve começar em julho. Por esse motivo, é provável que os impactos positivos do Desenrola Brasil só sejam vistos no terceiro e quarto trimestres do ano, segundo Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.

O programa tende a beneficiar as varejistas como um todo, mas, do ponto de vista do investidor, isso não significa que é hora de comprar qualquer ação do setor. 

Nem todas valem a pena na visão dos analistas e, enquanto o Banco Central não sinaliza um corte na taxa básica de juros, elas ainda estão sensíveis à economia.

Portanto, é preciso saber escolher bem.

Após a divulgação do programa, a Via Varejo (VIIA3) foi a que apresentou a maior valorização, 6,61%. Contudo, os analistas da Empiricus Research, preferem uma ação do varejo mais promissora (veja qual). 

A ação foi recomendada recentemente em uma das carteiras da casa. De acordo com os analistas, o case da companhia é o melhor entre os seus pares, por 4 motivos: 

1. “Competição combalida”

Enquanto a Americanas (AMER3) enfrenta um processo de recuperação judicial e a Via Varejo (VIIA3) e a Marisa (AMAR3) lidam com prejuízos a cada trimestre, esta outra vareijsta tem uma gestão sólida e competente, que tem conduzido o negócio por esse período difícil, apresentando menos fragilidades que as suas concorrentes. 

2. É a menos endividada

Nos últimos meses, essa companhia vem trabalhando para reduzir a sua alavancagem, isto é, o nível de endividamento. Nesse sentido, a varejista firmou uma  parceria com o BNP Paribas Cardiff garantindo o reforço de R$ 1 bilhão. 

Em outras palavras, o banco entrará com um aporte financeiro para garantir as operações dos serviços financeiros e de seguros da companhia. 

3. Diversificação no mix de produtos

A varejista deixou de ser uma mera vendedora de eletrodomésticos e passou a ofertar produtos de outras categorias (moda, beleza, esportes, delivery de comida etc.). Essa mudança tem apresentado resultados positivos, inclusive, 50% das vendas online do primeiro trimestre foram dessas novas categorias. 

4. Queda na curva de juros

Como disse anteriormente, o setor de varejo é bastante sensível aos ciclos econômicos. Por conta disso, a companhia foi penalizada com a escalada dos juros. 

Entretanto, os analistas da Empiricus Research apontam que um corte na Selic, esperado para o segundo semestre deste ano, pode melhorar o consumo e impulsionar não só o negócio da varejista como também as suas ações. 

Essa retomada pode ser ainda mais forte se os clientes da varejista, que são também o público-alvo do Desenrola Brasil, estiverem financeiramente desimpedidos para consumir mais. 

Por esses motivos, os analistas da casa decidiram recomendar as ações dessa varejista. 

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Saiba qual é a ação da varejista recomendada e outras 9 ações para investir em junho

A recomendação faz parte de uma carteira com as 10 melhores ações do mês. Segundo os analistas, a inclusão desse ativo serve como uma “pimentinha” no portfólio. 

Isto quer dizer que, embora seja um bom momento para investir na varejista, ainda assim é necessário equilibrar a carteira com ações de outros setores mais sólidos. 

Assim, a carteira com as 10 melhores ações para junho conta com um mix de ativos de diferentes setores com potencial de valorização. 

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