Brasil e EUA dão recados promissores para a alta do Ibovespa no 2º semestre; saiba como posicionar sua carteira de ações
Se a economia brasileira fosse ‘balizada’ pela meritocracia olímpica, podemos dizer que esteve ‘longe do pódio’ no primeiro semestre de 2024. Mas, para os próximos meses, é possível que queira brigar pela medalha. Pelo menos há motivos para acreditar em uma evolução, segundo analistas.
Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual, abriu seu relatório mensal de agosto com a seguinte frase: “podemos não levar o ouro, mas estamos no páreo”.
Segundo ela, após o primeiro semestre turbulento, os gatilhos para uma possível alta do índice Ibovespa até o final do ano estão “se materializando”.
Se tudo ocorrer como o esperado, esse seria, então, um bom momento para investir na bolsa brasileira enquanto ela está ‘barata’ e ter a chance de ‘surfar’ a alta que virá.
Vamos entender de onde vem o otimismo?
O primeiro semestre turbulento do Ibovespa
Entre altos e baixos, o Ibovespa tem sofrido para se manter na casa dos 125 mil pontos em 2024. No acumulado do ano até aqui, registra uma queda de aproximadamente 5%.
O Brasil se envolveu em incertezas fiscais vindas do governo, o que aumentou a precificação de risco para o mercado nacional, contribuiu para a desvalorização do real contra o dólar e desancorou as expectativas de inflação.
Em meio a isso, o adiamento do corte de juros nos Estados Unidos, que beneficia também os mercados emergentes, diminuiu a atratividade da renda variável brasileira para o investidor estrangeiro.
Em seu relatório de julho, Larissa Quaresma já afirmava que qualquer sinal de reversão desse quadro (dos juros nos EUA ou dos desencontros fiscais no Brasil) poderia ajudar o Ibovespa. E as duas questões parecem mais endereçadas agora, segundo a analista.
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Rumo ao ouro? Gatilhos para a alta do Ibovespa estão se materializando, segundo Larissa
Do lado do Brasil, o governo anunciou oficialmente a contenção de R$ 15 bilhões em despesas para o Orçamento deste ano e deu um sinal mais concreto de comprometimento com as metas fiscais após meses de incerteza.
Já nos EUA, na chamada “Super Quarta” no último dia 31, o Fed manteve a taxa de juros no mesmo patamar, entre 5,25% e 5,5%. Apesar disso, o tom do discurso deixou o mercado ainda mais certo de que um corte nas taxas virá em setembro.
No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por decisão semelhante no mesmo dia – nossa taxa básica de juros (Selic) permanece estável em 10,5%.
Matheus Spiess, analista também da Empiricus Research, abriu sua newsletter diária “Mercado em 5 Minutos” da quinta-feira (1) digerindo os resultados da “Super Quarta”:
“O Fed […] sinalizou um tom mais flexível, indicando a possibilidade de um corte em setembro […]. Enquanto isso, no Brasil, a Selic foi mantida inalterada […]. Esse cenário parece direcionado para um desfecho positivo em relação à política macroeconômica. Mesmo que os juros não sejam reduzidos, o segundo semestre ainda pode ser promissor. Neste contexto, qualquer medalha de bronze pode ser encarada como de ouro.”
Investidores estrangeiros estão retornando para o Brasil
Após uma grande debandada no primeiro semestre, o mês de julho foi o primeiro do ano a registrar entrada positiva de capital estrangeiro na B3 – em torno de R$3 bi. É um dado tangível que pode embasar um primeiro sinal de otimismo com o Brasil:
Aproveitar oportunidades enquanto a bolsa está barata
Larissa Quaresma utilizou todos esses critérios para escolher as dez ações brasileiras que compõem sua carteira mensal recomendada.
Para a analista, o momento é de aproveitar ações com “longo histórico da boa execução”, mas também “ligadas à economia doméstica, que se beneficiam da descompressão dos juros e seguem baratas”.
A verdade é que o momento em baixa da bolsa (e com expectativas de subida) pode se transformar em uma oportunidade para o investidor que enxerga os potenciais de longo prazo.
É possível encontrar ações com preços de entrada bastante atrativos e potencial de valorização futura ao mesmo tempo.
E se você quiser conhecer a fundo as indicações de Larissa, mas também o que os outros principais analistas do mercado estão recomendando, você pode – e gratuitamente.
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Confira recomendações dos principais analistas do mercado
O Money Times preparou para você, investidor, uma seleção das principais ações recomendadas entre os grandes nomes da Faria Lima neste momento de mercado.
Além das indicações da Empiricus, você poderá conferir recomendações de casas como BTG Pactual, Itaú BBA, Santander, dentre outras.
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