‘Quebra de confiança’: Ações da Nike despencam 19% em um dia e têm pior pregão em 23 anos; queda é oportunidade?
Nem os mais pessimistas poderiam imaginar uma resposta tão ruim do mercado aos resultados da gigante Nike (NYSE: NKE | B3: NIKE34). Afinal, a queda de mais de -19% em apenas um dia é a pior desde fevereiro de 2001.
Como foram os resultados da Nike?
Como dito, a queda no pregão de sexta-feira (28) se deu após a divulgação dos resultados referentes ao quarto trimestre fiscal (março a maio), na noite anterior.
Mas, por incrível que pareça, os resultados do trimestre não foram ruins. Pelo menos é o que avalia o analista Enzo Pacheco, da Empiricus.
“Apesar de ainda estarem longe do que a própria companhia espera, as medidas tomadas para reestruturação de suas operações já vêm surtindo efeito.”
A receita da companhia no trimestre totalizou US$ 12,6 bilhões, recuo de 2% em relação ao mesmo período de 2023, mas estável, considerando a variação cambial. A receita da marca Nike foi de US$ 12,1 bilhões, queda de 1% (+1% ex-câmbio) na comparação com o ano anterior.
Já as vendas pelo canal direto da companhia (Nike Direct) somaram US$ 5,1 bilhões, queda de 8% na comparação com o ano anterior. O canal de atacado, na qual a empresa vende para outras lojas, reportou vendas de US$ 7,1 bilhões, alta de 5% na comparação anual.
“Se por um lado a empresa não conseguiu retomar o caminho do crescimento sustentável, pelo menos a tarefa de reduzir os custos segue dando frutos”, avaliou Enzo Pacheco.
Isso porque os custos dos produtos vendidos no trimestre caíram 4%, o que contribuiu para o aumento de 1% do lucro bruto, para US$ 5,634 bilhões, e uma margem de 44,7% (alta de 1,1% contra o 4T23).
Se os números foram ‘ok’, então por que as ações despencaram?
O analista explica que a segunda revisão em menos de três meses das projeções para o ano fiscal de 2025 “quebrou a confiança” dos investidores.
“Se no resultado do 3T24 a direção informou que esperava um primeiro trimestre com queda de no máximo 5% nas vendas e um aumento na receita quando comparado com 2024, agora ela espera um recuo de 10% no 1T25 e vendas menores no ano fiscal”.
A revisão caiu como uma bomba para os investidores. “Como, em um curto espaço de tempo, poderia a empresa revisar os seus números significativamente desta maneira?”, questionou Pacheco.
Com isso, as ações NKE saíram dos US$ 94,19 no fechamento de 27 de junho para US$ 75,37 no fim do pregão do dia 28 – a pior queda desde fevereiro de 2001 para a gigante do varejo esportivo.
Queda das ações é oportunidade?
Na visão do analista Enzo Pacheco, as revisões de expectativas em um período curto deixam “sem confiança de que a ação possa voltar para os US$ 90 de maneira rápida e segura”.
Por isso, neste caso, o analista avaliou ser melhor sair dos papéis e acompanhar o desenrolar da história fora das ações.
“Caso continue a cair nos próximos meses, podemos analisar novamente a tese, mas muita coisa tem que melhorar para que a Nike volte a ser uma empresa confiável aos olhos dos investidores”, disse.
Desta forma, o analista indica outras opções melhores no momento para quem deseja dolarizar o portfólio com empresas estrangeiras.
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Confira as 10 recomendações de BDRs em momento melhor que a Nike
Dentre as recomendações do analista, estão:
- Duas companhias que fabricam chips para inteligência artificial (não é a Nvidia);
- As duas melhores big techs para investir;
- A lendária holding comandada por Warren Buffett;
- Uma petroleira internacional em ponto de entrada atrativo.
Além de outras, que sequer foram mencionadas e, na visão do analista, são as melhores opções de empresas gringas para investir agora.
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Portanto, sugiro que você ao menos libere o seu acesso e dê uma olhada em cada uma das companhias recomendadas. Afinal, ter parte da carteira dolarizada é fundamental para a prosperidade do seu patrimônio.
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