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‘Quebra de confiança’: Ações da Nike despencam 19% em um dia e têm pior pregão em 23 anos; queda é oportunidade? 

02 jul 2024, 14:11 - atualizado em 02 jul 2024, 14:11
Nike
Segundo analista, queda se deu pela revisão para baixo das expectativas de vendas para o próximo trimestre e para o ano fiscal de 2025; saiba mais (Imagem: Pixabay/CaptainRunning)

Nem os mais pessimistas poderiam imaginar uma resposta tão ruim do mercado aos resultados da gigante Nike (NYSE: NKE | B3: NIKE34). Afinal, a queda de mais de -19% em apenas um dia é a pior desde fevereiro de 2001.

Gráfico mostra queda vertical das ações da Nike na sexta-feira (28). Fonte: Google Finance

Como foram os resultados da Nike?

Como dito, a queda no pregão de sexta-feira (28) se deu após a divulgação dos resultados referentes ao quarto trimestre fiscal (março a maio), na noite anterior. 

Mas, por incrível que pareça, os resultados do trimestre não foram ruins. Pelo menos é o que avalia o analista Enzo Pacheco, da Empiricus.

“Apesar de ainda estarem longe do que a própria companhia espera, as medidas tomadas para reestruturação de suas operações já vêm surtindo efeito.”

A receita da companhia no trimestre totalizou US$ 12,6 bilhões, recuo de 2% em relação ao mesmo período de 2023, mas estável, considerando a variação cambial. A receita da marca Nike foi de US$ 12,1 bilhões, queda de 1% (+1% ex-câmbio) na comparação com o ano anterior.

Já as vendas pelo canal direto da companhia (Nike Direct) somaram US$ 5,1 bilhões, queda de 8% na comparação com o ano anterior. O canal de atacado, na qual a empresa vende para outras lojas, reportou vendas de US$ 7,1 bilhões, alta de 5% na comparação anual.

“Se por um lado a empresa não conseguiu retomar o caminho do crescimento sustentável, pelo menos a tarefa de reduzir os custos segue dando frutos”, avaliou Enzo Pacheco.

Isso porque os custos dos produtos vendidos no trimestre caíram 4%, o que contribuiu para o aumento de 1% do lucro bruto, para US$ 5,634 bilhões, e uma margem de 44,7% (alta de 1,1% contra o 4T23).

Se os números foram ‘ok’, então por que as ações despencaram?

O analista explica que a segunda revisão em menos de três meses das projeções para o ano fiscal de 2025 “quebrou a confiança” dos investidores.

“Se no resultado do 3T24 a direção informou que esperava um primeiro trimestre com queda de no máximo 5% nas vendas e um aumento na receita quando comparado com 2024, agora ela espera um recuo de 10% no 1T25 e vendas menores no ano fiscal”.

A revisão caiu como uma bomba para os investidores. “Como, em um curto espaço de tempo, poderia a empresa revisar os seus números significativamente desta maneira?”, questionou Pacheco.

Com isso, as ações NKE saíram dos US$ 94,19 no fechamento de 27 de junho para US$ 75,37 no fim do pregão do dia 28 – a pior queda desde fevereiro de 2001 para a gigante do varejo esportivo.

Queda das ações é oportunidade? 

Na visão do analista Enzo Pacheco, as revisões de expectativas em um período curto deixam “sem confiança de que a ação possa voltar para os US$ 90 de maneira rápida e segura”.

Por isso, neste caso, o analista avaliou ser melhor sair dos papéis e acompanhar o desenrolar da história fora das ações.

“Caso continue a cair nos próximos meses, podemos analisar novamente a tese, mas muita coisa tem que melhorar para que a Nike volte a ser uma empresa confiável aos olhos dos investidores”, disse.

Desta forma, o analista indica outras opções melhores no momento para quem deseja dolarizar o portfólio com empresas estrangeiras.

Para auxiliar o investidor, Pacheco montou uma carteira de 10 BDRs para comprar agora (você pode conferir gratuitamente neste link).

Aos menos familiarizados, explico: os Brazilian Depositary Receipts permitem que os investidores comprem certificados negociados na Bolsa de Valores brasileira que representam ações emitidas no exterior.

Isto é, você pode investir neles sem a necessidade de abrir uma conta no exterior, através do mesmo home broker onde compra suas ações brasileiras.

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Confira as 10 recomendações de BDRs em momento melhor que a Nike

Dentre as recomendações do analista, estão:

  • Duas companhias que fabricam chips para inteligência artificial (não é a Nvidia);
  • As duas melhores big techs para investir;
  • A lendária holding comandada por Warren Buffett;
  • Uma petroleira internacional em ponto de entrada atrativo.

Além de outras, que sequer foram mencionadas e, na visão do analista, são as melhores opções de empresas gringas para investir agora.

A boa notícia é que o relatório com as BDRs e as teses em cada uma das empresas foi liberado como uma cortesia pela Empiricus, empresa do grupo BTG Pactual. 

Portanto, sugiro que você ao menos libere o seu acesso e dê uma olhada em cada uma das companhias recomendadas. Afinal, ter parte da carteira dolarizada é fundamental para a prosperidade do seu patrimônio.

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