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Por que Vivo (VIVT3) deu lugar à Eletrobras (ELET6) na carteira de dividendos da Empiricus Research?

03 fev 2024, 9:00 - atualizado em 02 fev 2024, 16:47
eletrobras elet6
Enquanto Vivo vem de uma sequência de boas notícias, Eletrobras passou por turbulências nos últimos meses; mas isso pode estar prestes a mudar (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A carteira de dividendos da Empiricus Research acaba de ser atualizada para fevereiro. Neste mês, o portfólio que já rendeu 131% do Ibovespa desde novembro teve apenas uma alteração: a saída da Vivo (VIVT3) para a entrada da Eletrobras (ELET6).

Um dos motivos da troca pode parecer inusitado à primeira vista: a grande quantidade de boas notícias da Vivo nos últimos meses, que vão desde a aprovação da redução de capital – que deve destravar até R$ 5 bilhões em dividendos aos acionistas – aos resultados corporativos excelentes.

Calma, os analistas explicam: o bom momento fez com que os papéis tivessem alta de 31% nos últimos 12 meses, mais que o dobro do rendimento do Ibovespa no período (14%).

Como a carteira de dividendos é limitada às cinco melhores ações para o mês, na opinião dos analistas, VIVT3 deu lugar a outro papel mais descontado e com perspectivas melhores para fevereiro.

Isso não significa que os analistas da Empiricus Research deixaram de gostar da Vivo, que segue presente em outros portfólios recomendados pela casa. No entanto, para as próximas semanas, outra ação parece ter mais valorização para capturar…

Por que a Eletrobras foi a escolhida para entrar na carteira de dividendos?

Neste contexto, os analistas optaram pela entrada da Eletrobras (ELET6). Na contramão da Vivo, a empresa vem de um período mais conturbado, “com preços de energia nas mínimas históricas e questionamentos do presidente Lula sobre a limitação de votos dentro da companhia”, escreveram os analistas em relatório.

Nos últimos anos, os altos níveis de chuva mantiveram os reservatórios do sistema elétrico cheios. Isso se traduziu em sobra de energia armazenada e queda no preço de mercado da energia elétrica pelo excesso de oferta.

Além disso, lembra o analista Ruy Hungria, da Empiricus, outros fatores também pesaram sobre o preço da energia e formaram a “tempestade perfeita” para a companhia.

“Foi uma combinação de muita chuva, muita água nos reservatórios, pouca demanda de energia e outras fontes renováveis entrando em operação. Isso causou um desequilíbrio entre oferta e demanda”, explicou.

Com o preço da energia muito abaixo da média, as ações do setor tendem a se desvalorizar. Isso porque o valor da commodity interfere diretamente nos cálculos de valuation dessas companhias.

Depois da ‘tempestade perfeita’, clima deve ficar favorável para a Eletrobras

Por conta do El Niño, o preço da energia voltou a subir. O fenômeno climático leva muita chuva à Região Sul, mas pouca às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, onde estão os principais reservatórios de energia

Além disso, as ondas de calor nessas regiões provocaram picos na demanda por energia – principalmente por conta do ar condicionado – e um maior casamento entre oferta e demanda, o que também contribuiu para a “volta” do preço da energia.

“Vimos o preço da energia acima dos R$ 100 nas últimas semanas, o que já é uma boa notícia. Entendemos que o normal seria mais do que isso, mas já não é mais o valor que vimos no meio do ano passado”, avaliou Ruy Hungria. 

Além disso, os imbróglios com o governo parecem mais endereçados. Desde o ano passado, Lula vinha questionando a Lei 14.182 da privatização da Eletrobras, que restringe os votos de acionistas a 10% do capital da empresa – a União tem cerca de 42% das ações da companhia.

No início de 2024, Eletrobras e representantes do Estado fizeram uma primeira reunião para chegar a uma conciliação.

“Isso parece aumentar as chances de um acordo que seja benéfico para as duas partes, mas que mantenha a limitação de votos da União”, apontam os analistas da Empiricus Research. 

Com o vento a favor, os analistas esperam um período favorável para as ações da maior empresa de energia elétrica da América Latina. 

Além disso, a companhia tem reduzido despesas e apresentado melhorias operacionais desde a privatização, em junho de 2022. 

“A evolução até aqui é notável, mas os resultados, lucros e dividendos devem aumentar, ainda apoiados pelas diversas melhorias que teremos sem as amarras estatais”, escreveram os analistas.

Tudo isso, aliado ao valuation super atrativo da companhia, pode formar uma combinação poderosa para a Eletrobras.

Cortesia: veja as outras 4 ações da carteira que já rendeu 131% do Ibovespa desde novembro

A Eletrobras é apenas uma das cinco ações que compõem a carteira de dividendos de fevereiro da Empiricus Research.

O portfólio bateu o Ibovespa em todos os meses desde o início da série histórica

De novembro para cá, a carteira rendeu 16,9%, contra 12,9% do principal índice acionário brasileiro

Além do ganho de capital com a valorização das ações, o intuito dos analistas é que o investidor que siga as recomendações possa ganhar também com dividendos.

Por isso, todo mês são selecionados os melhores papéis, na opinião dos especialistas da Empiricus Research, tanto no quesito potencial de valorização, quanto no de proventos. 

E o melhor: o acesso a essas informações e ao relatório com cada uma das teses e análises é 100% gratuito.

É claro que retorno passado não é garantia de retorno futuro, mas, quem seguiu as recomendações ganhou dinheiro até aqui. E você também pode:

Basta clicar neste link ou no link abaixo para ter acesso ao relatório gratuito.

RELATÓRIO CORTESIA: CARTEIRA DE DIVIDENDOS DA EMPIRICUS RESEARCH

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Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.
juan.rey@empiricus.com.br
Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.

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