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Por que a eleição de Donald Trump impulsionou as ações da Gerdau (GGBR4)? 

07 nov 2024, 18:00 - atualizado em 07 nov 2024, 17:10
trump gerdau
Resultados do 3T24 acima das expectativas, anúncio de dividendos e a eleição de Donald Trump formaram a “onda perfeita” para a Gerdau

A Gerdau (GGBR4; GOAU4) apresentou resultados robustos e acima das expectativas do mercado no terceiro trimestre de 2024 (3T24). 

Apenas a notícia acima já seria suficiente para impulsionar os papéis. No entanto, a divulgação do balanço na última terça-feira (5) coincidiu com a eleição nos Estados Unidos e a vitória de Donald Trump, o que “destravou” as ações.

Desde o início do pregão de quarta-feira (6), as ações GGBR4 sobem cerca de 13%.

Mas, antes de entender por que a eleição do republicano é boa para os papéis, veja como foi o resultado da empresa do setor de siderurgia e mineração. 

Rentabilidade é o nome do jogo para a Gerdau

O analista Henrique Cavalcante, da Empiricus, destaca as “iniciativas internas para aumentar a rentabilidade do negócio” em meio a um ambiente de mercado desafiador.

As vendas de aço atingiram 2,8 milhões de toneladas entre julho e setembro, uma alta de 4,3% na comparação com o trimestre anterior. 

A receita líquida total cresceu 4,6% trimestre a trimestre, para R$ 17,4 bilhões. “Apesar dos preços de vendas menores, o maior volume de vendas e a desvalorização cambial beneficiou as operações”, disse Cavalcante.

Na visão dele, o destaque do resultado foi justamente a melhora na rentabilidade do negócio, puxada pela operação brasileira. 

A companhia registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 3 bilhões, alta de +15% na comparação com o trimestre anterior. A margem Ebitda foi de 17,4% – 1,6 ponto porcentual superior ao 2T24.

“Olhando por linha de negócio, as readequações na capacidade produtiva da operação Brasil, como a hibernação de algumas usinas, trouxeram reduções de custos importantes para a Gerdau, dando continuidade aos ganhos iniciais que foram vistos no 2T24. 

Além disso, os volumes também foram positivos, puxados pelo crescimento na demanda por aço longo e aumento das exportações. Com isso, a margem Ebitda [da operação Brasil] saltou para 16,9% (alta de 8,2 p.p em relação ao 2T24) e foi o principal destaque positivo do resultado”, afirmou Henrique.

Trump deve impulsionar operação na América do Norte

Na operação da América do Norte, os volumes menores e pressão do câmbio nos custos contraiu a margem Ebitda para 17,4%, queda de 3,0 p.p. na comparação com o trimestre anterior.

Segundo Cavalcante, isso se deve ao arrefecimento do mercado e, mais recentemente, cautela nos pedidos devido às eleições presidenciais nos EUA.

No entanto, a vitória de Donald Trump deve impulsionar a companhia e, consequentemente, as ações.

“Com propostas de políticas comerciais protecionistas e uma história de apoio ao setor siderúrgico, a expectativa é que os números melhorem na operação da América do Norte. Isto somado ao processo de recuperação na rentabilidade brasileira, deve impulsionar os resultados consolidados da Gerdau no médio prazo”, explicou o analista. 

Gerdau: perspectivas positivas, dividendos e recompra de ações

A companhia teve – mais uma vez – forte geração de caixa. O fluxo de caixa livre para o acionista foi de R$ 1,2 bilhão, ou R$ 3 bilhões considerando o efeito não recorrente do recebimento do depósito judicial do processo de exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS. 

Após os resultados, a companhia ainda anunciou o pagamento de dividendos aos acionistas.

Para a Gerdau (GGBR4), o valor por ação será de R$ 0,30, com data-base em 18 de novembro, ex-direito em 19 de novembro e pagamento em 16 de dezembro.

Para a Metalúrgica Gerdau (GOAU3; GOAU4), a data-base é 18 de novembro, com a data ex-direito em 19 de novembro de 2024, e pagamento previsto para 17 de dezembro, com o valor de R$ 0,13 por ação ordinária e preferencial.

“Com balanço forte e uma alavancagem financeira muito saudável (0,3x Dívida Líquida sobre Ebitda, a companhia sinalizou que deve continuar executando fortemente seu programa de recompra, impulsionado pela visão de que as ações estão subvalorizadas”, afirmou Cavalcante. 

Com todo o contexto favorável, a Gerdau (GGBR4; GOAU4) é uma recomendação de compra dos analistas da Empiricus Research.

“Negociando a atrativas 4 vezes o seu valor da firma sobre Ebitda para 2025, perspectivas operacionais positivas e excelente carrego com recompras e distribuição de dividendos, seguimos compradores de Gerdau”, recomendou o analista.

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Prova disso é a resposta dos papéis da Gerdau aos números de ontem.

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Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.
juan.rey@empiricus.com.br
Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.