Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e Banco do Brasil (BBAS3): dividendos compensam os riscos políticos? Veja as recomendações do BTG Pactual
As companhias Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e Banco do Brasil (BBAS3) são três das mais comentadas pelos investidores que buscam dividendos na bolsa de valores.
De fato, essas empresas estão entre as maiores pagadoras de proventos da B3: segundo as projeções do BTG Pactual, a ação PETR4 tem um dividend yield estimado para 2024 de 17%, seguida por VALE3 (12,6%) e BBAS3 (11,2%).
No entanto, um problema em comum tem pairado sobre as teses das três empresas: o risco político.
Quais são os riscos políticos que pairam sobre a Petrobras, a Vale e o BB?
No caso da Petrobras, os temores estão relacionados à:
- Retenção dos dividendos extraordinários;
- O investimento em ativos menos rentáveis do que a exploração de pré-sal;
- A interferência direta do governo nas decisões da companhia.
Já no caso da Vale, os receios estão relacionados à interferência política no processo sucessório da mineradora.
Isto porque, há alguns meses, as incertezas sobre quem assumirá a presidência da companhia têm pesado sobre as ações VALE3.
Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, o governo não desistiu de emplacar um sucessor na Vale, após o fracasso na tentativa de colocar Guido Mantega na cadeira.
Por fim, no caso do Banco do Brasil, pesa a possibilidade de o governo utilizar o banco como instrumento em políticas de expansão de crédito.
Com todas essas questões à mesa, nada mais justo do que se perguntar: a estimativa de ‘gordos’ dividendos das companhias compensam os riscos políticos?
Na visão do BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, a resposta é sim, nos três casos.
As três empresas, inclusive, estão na carteira mensal de dividendos recomendada pelo banco.
Petrobras (PETR4): projeção de dividend yield muito alto para ser ignorado
Sobre a Petrobras, os analistas disseram em relatório que, embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, “a verdadeira questão é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais”. “Acreditamos que não”, avaliam.
“Continuamos vendo a Petrobras sendo negociada em um dividend yield (DY) que mais do que compensa os riscos da tese”.
Além disso, eles veem possibilidade de revisões positivas para as estimativas de produção, o que pode incrementar ainda mais o DY.
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Vale (VALE3): mais tranquilidade para os investidores?
Sobre a questão da presidência da Vale, o BTG Pactual vê “o conselho abrindo caminho para uma sucessão tranquila para os investidores”.
Além disso, os analistas observaram recentemente algumas melhorias microeconômicas na companhia. Ainda assim, preferem “esperar por mais visibilidade em algumas questões (riscos) pendentes antes de adotar um viés mais positivo”.
“Sobre o valuation, ainda lutamos para ver um grande potencial de retorno, mas acreditamos que as ações permanecem descontadas em 3,5x EV/EBITDA para 2024 e os yields de dividendos próximos de 12%”, escreveram.
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Banco do Brasil (BBAS3): merece o benefício da dúvida
Sobre o Banco do Brasil, os analistas do BTG Pactual foram diretos e retos:
“Dado o valuation ainda relativamente atraente, o forte histórico do BB na entrega do guidance e a mensagem da administração de que não estamos no pico de lucros, preferimos continuar a dar-lhes o benefício da dívida. Mediante o ROE na casa dos 20%, acreditamos que o ativo possui um bom suporte de valuation”, escreveram no relatório.
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Confira todas as recomendações do BTG Pactual para buscar dividendos em um relatório gratuito
Como você ficou sabendo nesta matéria, as ações PETR4, VALE3 e BBAS3 são recomendações da carteira mensal do BTG Pactual para buscar dividendos em agosto.
Mas elas não são as únicas: o portfólio recomendado pelo maior banco de investimentos da América Latina conta com mais 10 recomendações, além das citadas.
São empresas de diferentes setores que, juntas, formam uma carteira equilibrada capaz de entregar retornos via dividendos e ganho de capital aos investidores.
Desde a criação, em novembro de 2019, até 1º de agosto, a carteira de dividendos do banco entregou lucros de 58,5% aos investidores, contra apenas 18,6% do Ibovespa.
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