Petrobras (PETR4) em alerta: esta petrolífera está barata e pode subir 122% sem ficar ‘refém’ da disputa entre Lula e Bolsonaro; veja
Se existe uma estatal brasileira que sente o período eleitoral “na pele” é a Petrobras (PETR4). Como seus negócios impactam diretamente o preço da gasolina, é comum que os brasileiros fiquem mais atentos ao que os possíveis governantes declaram sobre a empresa. Nesse caso, os dois principais candidatos à Presidência, Bolsonaro e Lula, têm um “inimigo” em comum: a política de preços da estatal, que mantém paridade com o mercado internacional.
Lula diz que o atual presidente não “tem coragem” de reduzir o preço do combustível para os consumidores, enquanto Bolsonaro acusa a estatal de lucrar demais e de “não pensar no Brasil”.
No meio desse “toma lá, dá cá”, quem acaba sofrendo mais é o próprio acionista de PETR4, que vê as cotações oscilarem a cada nova manchete de jornal e precisa lidar com a interferência política como um risco constante.
Enquanto isso, quem investe nesta outra petrolífera pode “nadar de braçadas”, independente de eleições e do que os candidatos à Presidência declaram na mídia. E mais do que isso: o investidor não precisa nem mesmo “esquentar a cabeça” com os preços do barril de petróleo, porque os papéis da empresa podem subir, mesmo que o preço da commodity caia bruscamente.
Livre dos riscos políticos, sem endividamento líquido e com a ação sendo negociada por um valor extremamente atrativo, esta petrolífera é a opção mais inteligente para quem quer buscar lucros com o setor de petróleo e combustíveis, sem depender de presidente nenhum.
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Transformando o ‘lixo’ em ‘tesouro’
A língua inglesa tem um ditado que descreve perfeitamente a situação entre a Petrobras e esta outra petrolífera: “o lixo de um homem é o tesouro de outro”.
Isso porque um dos maiores trunfos da empresa é que ela explora antigos poços que a Petrobras “abandonou”, revitalizando-os e tornando-os mais produtivos, ao mesmo tempo em que se esquiva das turbulências eleitorais que a estatal enfrenta. É todo o bônus, sem o ônus.
Mas, afinal, por que explorar poços já maduros e que foram “descartados” por outra empresa?
Primeiramente, é importante dizer que uma companhia das proporções da Petrobras precisa fazer esforços mais otimizados, para compensar sua estrutura gigantesca e os altos gastos que ela tem com a exploração do petróleo.
Ao passo que petroleiras menores, as chamadas “junior oils”, têm uma escala mais concentrada e podem extrair a commodity com eficiência e ter um bom retorno para seu capital investido (que, obviamente, é menor do que o da estatal).
Para essas empresas, explorar poços já maduros é interessante também porque elas assumem menos riscos do que ir prospectar sozinhas um terreno nunca antes explorado. É como se elas tivessem uma “garantia” de que encontrarão petróleo, reduzindo os riscos também para os investidores.
Então, não é que esta petrolífera está indo atrás dos “restos” da estatal.
Na verdade, muitos dos poços que a Petrobras “abandonou” tinham potencial robusto de extração de gás e óleo. A questão é que eles estavam sendo subaproveitados, já que a estatal tinha outras prioridades mais lucrativas.
A petroleira adquiriu os ativos de PETR4 por “preço de banana” e, usando sua expertise única de revitalização de poços, conseguiu transformá-los em “minas de ouro”. Voltando ao ditado, a empresa realmente fez com o que o “lixo” da Petrobras se tornasse seu “tesouro”.
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A petroleira privada mais barata da B3
Além de ter conseguido adquirir poços de exploração por preços bem atrativos, a empresa alcançou um feito que favorece diretamente seus investidores: atualmente, o seu custo de extração de petróleo (chamado de “lifting cost”) é o menor entre seus concorrentes.
Isso significa que a companhia gasta menos para extrair barris de petróleo, o que potencialmente aumenta seus lucros.
Outro ponto que joga a seu favor é que seu endividamento líquido está zerado, ou seja, ela tem caixa o suficiente para pagar todos os seus empréstimos, demonstrando uma boa saúde financeira. Dessa forma, ela pode facilmente contrair novas dívidas para investimentos e inovações, favorecendo seus acionistas.
Não satisfeita em ter o menor custo de extração entre seus pares e uma ótima situação financeira, a petrolífera em questão também tem a ação mais barata.
Quem chegou a essa conclusão foi o analista Rodolfo Amstalden, que comparou o valor da firma com o tamanho das reservas de petróleo disponíveis (EV/reservas) das principais companhias do setor: enquanto suas duas principais concorrentes negociam a 12 e 7 vezes EV/reservas, ela mantém um patamar de 3 vezes EV/reservas.
Segundo as projeções de Amstalden, para que a empresa atinja seu preço justo, suas ações deveriam ser negociadas a R$ 74. Isso é nada mais, nada menos do que um potencial de 122% de valorização. É mais do que dobrar o patrimônio dos investidores no longo prazo.
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E as variações do preço do petróleo?
Até agora, tudo parece muito bom. Sem interferência política, eficiência operacional, baixo custo de extração, papéis baratos, alto potencial de valorização…
Mas não podemos esquecer que estamos falando de uma empresa de petróleo. Ou seja, o preço da commodity interfere diretamente em seu resultado. E é bem sabido que as oscilações não são poucas, já que se trata de um bem que é demandado em alta escala por todo o mundo e que é um tanto quanto “polêmico”.
- A OPEP, a principal organização produtora de petróleo do mundo, é uma das responsáveis por subir ou baixar a cotação da commodity conforme a oferta e demanda, de certa forma “ditando” o preço. Isso influencia diretamente na Petrobras e sua infame política de preços com paridade internacional.
Um exemplo de como o petróleo é “refém” do cenário mundial é a atual tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia que afeta países importantes na cadeia da commodity. Consequentemente, os preços do barril ficam elevados e favorecem as empresas do setor.
Mas e se o petróleo voltar a cair?
Aí está o pulo do gato: por mais paradoxal que pareça, esta petrolífera continua promissora mesmo que o petróleo caia bruscamente.
Veja só o gráfico abaixo, no qual o analista Rodolfo Amstalden projeta a valorização da ação conforme o preço do barril de petróleo. Mesmo com a commodity a US$ 20, a ação ainda pode se valorizar em 31%.
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Segundo Amstalden, o analista consultado para essa reportagem, “está cada vez mais perto da empresa começar a colher os resultados das inúmeras aquisições que realizou nos últimos anos.”
E você pode colher esses resultados junto dela.
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