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Obrigado, Campos Neto? Por que o Ibovespa atingiu os 121 mil pontos após o Copom manter a Selic em 10,50%

21 jun 2024, 10:00 - atualizado em 20 jun 2024, 13:35
Campos Neto
Decisão do Copom é o primeiro passo rumo à direção certa, segundo Matheus Spiess, da Empiricus – veja o que mais pode impactar positivamente a bolsa este ano. (Imagem: Banco Central)

Na última quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, chefiado por Roberto Campos Neto, se reuniu para definir o novo patamar dos juros. E como já se esperava, a Selic foi mantida em 10,50% ao ano.

Mas o que talvez não estivesse mapeado é que o Ibovespa – o principal índice da bolsa –, teria um desempenho tão positivo após a notícia. Enquanto escrevo, o índice sobe 1%, acima dos 121 mil pontos, após semanas bastante difíceis para a bolsa.

Afinal, a bolsa tende a se beneficiar justamente quando os juros caem, o que não aconteceu. Então, o que levou o mercado a gostar tanto da decisão?

De acordo com Felipe Miranda, CEO da Empiricus, o ânimo se deu devido ao tom que o Copom deu ao comunicado. “Unânimes e impecáveis desta vez. Comunicado preciso e duro, sem fechar a porta”, disse.

No comunicado, o Copom justificou que decidiu, em unanimidade, interromper o ciclo de corte dos juros devido ao cenário global incerto e porque a alta da inflação e as expectativas desancoradas exigem maior cautela.

Em outras palavras, o placar unânime na votação do Copom foi bem recebido pelo mercado, retomando a autoridade do órgão após uma decisão dividida na reunião anterior, além do compromisso com a convergência das expectativas de inflação para a meta.

Para Matheus Spiess, analista da casa, a decisão também reflete outros desafios que a economia local e internacional enfrentam. “A decisão de ontem vai além da simples inflação corrente. Está ligada à crise fiscal local, ao desalinhamento das expectativas de inflação futura e ao cenário internacional incerto”, disse.

Por isso tudo, apesar de mantido o patamar da Selic – que ainda é um patamar elevado nos atuais 10,50% ao ano – o mercado pôde se animar e sentir certo “alívio” após semanas de estresse com as notícias acerca da meta fiscal e da inflação no país.

É claro que, embora essencial, a decisão do Banco Central não resolve os problemas complexos da economia brasileira. “Essa decisão é apenas um pequeno passo na direção correta. Muitos outros passos precisam ser dados”, afirma Spiess.

Porém, esse passo já pode ser suficiente para que você, investidor, possa se posicionar e aproveitar a onda de otimismo. Afinal, a bolsa está extremamente barata nos níveis atuais e algumas ações de muita qualidade estão a “preço de banana” agora.

Na visão de Felipe Miranda, o Ibovespa em 120 mil pontos já parece carregar bastante pessimismo e, além disso, existem gatilhos que podem fazer com que a bolsa brasileira volte a subir ainda em 2024.

Ou seja, esse é o momento ideal para se posicionar e, eventualmente, poder surfar uma retomada da bolsa este ano.

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O Ibovespa pode voltar a subir ainda em 2024? Entenda o racional por trás da tese

Como foi dito logo acima, um primeiro passo na direção de um cenário mais favorável para os ativos de renda variável foi dado. Na última quarta-feira, o BC conseguiu acalmar os ânimos do mercado com um comunicado duro e coerente diante da realidade atual.

Mas, como apontado pelos analistas da Empiricus, esse é só o primeiro passo para um contexto em que a bolsa possa voltar a subir. Além dele, há pelo menos outros 3 fatores que podem ditar o rumo do Ibovespa em 2024, segundo Felipe Miranda. São eles:

  1. Relaxamento monetário nos EUA

Em primeiro lugar, Miranda aponta para o início do ciclo de corte dos juros nos EUA. “Após períodos de incerteza, estamos confiantes de que o Fed fará seu primeiro corte de juros nos Estados Unidos entre setembro e dezembro deste ano”, diz.

O início do corte dos juros americanos, que hoje estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, é visto hoje como o principal gatilho para a correção positiva das ações brasileiras, segundo Miranda.

Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, relativizou as estimativas para os juros americanos, dizendo ser “plausível” que o juro caia uma ou duas vezes no ano, a depender de mais evidências de que a inflação está convergindo para a meta de 2%.

Com isso, o mercado segue consolidando as apostas do 1º corte para setembro, com 65% de probabilidade, quando o Fed terá mais evidências da desinflação no país.

  1. Transição do comando do Banco Central

Em segundo lugar, o analista apontou para a transição do comando do Banco Central brasileiro. Isso porque, no fim de 2024, Roberto Campos Neto deve deixar a presidência do BC e o governo terá de nomear um substituto para o cargo.

No entanto, o mercado está receoso quanto à nomeação, que pode se transformar em uma tentativa de Lula de intervir no órgão. Em diversos momentos, o presidente já manifestou a sua insatisfação a respeito das decisões de Campos Neto acerca dos juros.

Na visão de Miranda, “o ideal seria um perfil que seguisse a ortodoxia de Campos Neto ou outra figura respeitada no mercado, fortalecendo assim a política monetária do Bacen. É crucial que essa nomeação contribua para restaurar a credibilidade institucional do Copom”.

Aqui, o desempenho do Ibovespa dependerá de como será a reação do mercado sobre a nomeação. Em caso positivo, é possível que vejamos uma guinada do índice.

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  1. Desempenho econômico brasileiro

Por último, Miranda também cita o desempenho da economia brasileira como um fator que pode ajudar a perspectiva da bolsa nos próximos meses do ano.

“Observamos que as projeções do PIB brasileiro para 2024 têm superado as expectativas, mesmo com os desafios trazidos por eventos climáticos no Rio Grande do Sul. Embora esses resultados positivos não resolvam completamente os problemas fiscais, ajudam a suavizar a trajetória da relação dívida/PIB”, diz.

Ou seja, embora a trajetória do Ibovespa tenha sido difícil até aqui, o analista acredita que não é hora de “largar a mão” da bolsa. Pelo contrário, ele enxerga que há oportunidades excelentes para se posicionar com o Ibovespa no patamar atual.

Afinal, o momento ideal de se posicionar é agora, enquanto os fatores apontados acima não se concretizam. Assim, é possível comprar ativos baratos e poder surfar a valorização de muitos deles quando a bolsa tiver uma virada de mão.

No entanto, é preciso destacar que não é porque a bolsa está barata que qualquer ação vale a pena. É necessário estar ancorado em análises fundamentalistas para escolher ações que combinem um preço atrativo com qualidade.

E é justamente esse o trabalho de Felipe Miranda e sua equipe na Empiricus. A equipe de análise da casa acaba de mapear as ações mais promissoras para investir agora diante do cenário descrito acima.

Trata-se de 10 ações de histórico comprovado na bolsa, com gatilhos de valorização de médio e longo prazo, mas que ficaram extremamente baratas.

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Todos os meses, a equipe de analistas da Empiricus “garimpa” a bolsa brasileira em busca das ações com o maior potencial de valorização. Como eu disse são ações de qualidade, mas que devido ao cenário econômico, foram penalizadas.

E a boa notícia é que essas ações estão disponíveis para você de graça. Isso porque a Empiricus, casa de análise do grupo BTG Pactual, está disponibilizando o acesso à lista com as 10 ações preferidas para comprar agora como cortesia.

Ou seja, você não precisa pagar nada e nem assumir qualquer tipo de compromisso para poder consultar todas as recomendações de forma 100% gratuita.

Portanto, recomendo que você libere o seu acesso gratuito à carteira e ao menos dê uma “espiada” nas indicações da Empiricus. Depois você pode decidir se as ações indicadas fazem sentido para o seu patrimônio.

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