O que são stablecoins? Vale a pena investir nesses ativos digitais?
Tem investidor que está acostumado – e inclusive gosta, é verdade – a lidar com ativos digitais de alta volatilidade. Aqui, podemos citar como exemplo a maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin, que está suscetível a grandes variações de um dia pro outro. Por outro lado, há quem prefira entrar para o mundo dos investimentos apostando em criptoativos de performance mais constante – e é nesse cenário que as stablecoins aparecem como ótima alternativa.
Recentemente, essa classe de criptomoedas gerou um alvoroço midiático por causa do ocorrido com o protocolo Terra e suas criptomoedas, LUNA e UST. Caso você não tenha acompanhado, aqui vai uma breve explicação: a moeda LUNA chegou a perder quase que totalmente o seu valor, deixando muitos investidores “na mão” e gerando desconfiança em relação às stablecoins.
Além disso, poucos dias depois, outra criptomoeda da mesma classe tomou os noticiários especializados ao perder valor de mercado e, consequentemente, sua paridade com o dólar: o Tether.
Mas, afinal, o que são essas “modas estáveis” e como elas se diferenciam de outros ativos digitais como o Bitcoin e o Ethereum? Em parceria com o Mercado Bitcoin, maior exchange da América Latina, preparamos um guia completo com tudo que você precisa saber para se inteirar sobre o tema.
O que são stablecoins?
Como já adiantamos, a estabilidade é o maior diferencial das stablecoins em relação às outras criptomoedas. Isso porque essas criptos sempre mantêm paridade com outro ativo do “mundo real”, como dólar, ouro e até mesmo commodities, como petróleo. Ou seja, seu valor está atrelado a um outro ativo de volatilidade bem menor. Variações podem até ocorrer, mas o objetivo é que essa volatilidade seja mínima.
Não é à toa que a popularização das stablecoins se deu de forma rápida e, em março deste ano, o seu valor de mercado chegou a US$ 180 bilhões, de acordo com o Federal Reserve System (Fed). Além da promessa de estabilidade, elas ainda trazem a segurança, privacidade e velocidade para os pagamentos digitais com criptomoedas.
Na maior parte das vezes, as stablecoins são utilizadas em transações no mercado de ativos digitais. Você pode utilizá-las como forma de pagamento na aquisição de outros tokens diversos, como NFTs ou mesmo demais criptomoedas.
É aqui que as stablecoins se diferenciam de outras criptomoedas, como o Bitcoin, por exemplo: apesar de ter sido criado com o propósito de funcionar como uma espécie de dinheiro digital, a sua alta volatilidade e as taxas que são pagas aos mineradores da blockchain dificultam o seu uso para esse fim. Hoje, a maior criptomoeda do mundo acaba funcionando muito mais como um investimento do que como um meio de pagamento.
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Como funcionam as stablecoins
Como já explicamos, as stablecoins precisam manter a paridade com algum ativo. Tradicionalmente, essa paridade é garantida através de um lastro, ou seja, a empresa por trás da criptomoeda precisa ter reservas físicas do ativo. No entanto, nem sempre isso acontece no mundo cripto.
Vamos explicar usando como exemplo duas moedas já citadas neste texto: Tether e UST.
O Tether é uma stablecoin lançada em 2014 e que possui como proposta a paridade com o dólar americano. Ela é um importante exemplo do tipo mais comum de moedas digitais estáveis: as que possuem lastro em algum ativo real, como ouro, commodities ou alguma moeda fiduciária, como o próprio dólar.
No caso do Tether, por exemplo, uma unidade da criptomoeda corresponde a US$ 1. Para que isso dê certo, é necessário que a empresa ou entidade que a controla possua lastro equivalente à quantidade de criptomoedas que estão em circulação. É aqui que entra a importância de se conhecer bem a stablecoin e sua empresa emissora antes de investir no ativo, diminuindo as chances de cair em algum golpe e ter prejuízos.
A UST (ou TerraUSD), por sua vez, é um exemplo de stablecoin algorítmica. Essas moedas estáveis têm como característica a paridade com ativos convencionais mantida a partir de um sistema de algoritmo: fórmulas que controlam a quantidade de ativos em circulação por meio de emissão ou queima de tokens, conforme necessário para que o preço não sofra variação.
No caso da rede Terra, o algoritmo criado definia a criptomoeda LUNA como responsável por funcionar como uma espécie de lastro para a UST. Desta forma, a quantidade total de ambas no mercado se mantinha em equivalência e, em meio ao sistema criado, era garantida a paridade da stablecoin com o dólar.
Explicando… o que rolou com Terra (LUNA) em maio?
Mas então, o que aconteceu com o protocolo Terra que gerou a quase aniquilação da LUNA no último mês de maio?
Bom, de forma resumida: uma grande carteira realizou operações de UST na casa do bilhão de dólares de forma muito rápida, o que gerou uma desestabilização na rede e a geração de novas unidades de LUNA, em busca de manter a paridade.
Com bilhões de novas moedas em circulação, seu preço começou a cair e os players do mercado, inevitavelmente, também começaram a vender seus exemplares do ativo. Foi assim que, quase de uma hora para outra, o valor de mercado de LUNA reduziu 99,98%.
Esse é um exemplo dos riscos que, como qualquer outro ativo digital, as stablecoins podem apresentar – especialmente no caso das controladas por meio de algoritmos, sejam eles relacionados a outras criptomoedas ou não.
No entanto, o mercado cripto está atento e sempre trabalhando em melhorias das blockchains para minar as possibilidades de quebra dos sistemas, especialmente depois de ocorrências inesperadas como essa mais recente. É por isso que o investimento em stablecoins não deixa de ser uma boa alternativa para a diversificação da carteira.
COMO INCLUIR STABLECOINS NOS MEUS INVESTIMENTOS?
Como investir em stablecoins?
Pelos diversos benefícios que as stablecoins apresentam, especialmente sua baixa volatilidade e a serventia como forma de pagamento em transações do mercado cripto, é provável que você, investidor, esteja agora tentado a incluir essa categoria de ativo em seu portfólio. Para isso, conte com o Mercado Bitcoin.
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