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O que esperar do mercado no segundo semestre?

14 jul 2020, 15:51 - atualizado em 25 set 2020, 18:52
mercados gráfico ações bolsa investimentos
(Imagem: Unsplash/ Markus Winkler)

O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus provocou impactos relevantes não apenas nos hábitos da população, mas também em toda a atividade da economia, encaminhando o Brasil para aquela que provavelmente deve ser a pior recessão de sua história.

Para o mercado, por sua vez, foi um período marcado por fortes emoções. A volatilidade muito acima da média veio para testar o estômago até dos investidores de perfil mais arrojado, acostumados a correr mais riscos em suas aplicações.

No Brasil, depois de uma série de Circuit Breakers em março, o Ibovespa amargou seu pior mês desde agosto de 1998 com uma queda de 29,90% acumulada no período. Já no segundo trimestre, o principal índice de ações do país avançou 29,84%, recuperando parte do terreno perdido.

A taxa Selic também não passou incólume à pandemia, caindo de 4,50% no início do ano para os atuais 2,25%, renovando assim o menor patamar histórico diante da retração da atividade econômica e da consequente menor inflação em décadas no país.

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Basicamente, este foi o retrato do histórico primeiro semestre para o mercado, onde a palavra de ordem para os investidores foi sobreviver.

Agora, depois de muita turbulência e de muitas lições aprendidas, a pergunta que todos se fazem é o que esperar para a segunda metade do ano.

Para Gabriel Casonato, analista do BTG Pactual digital, por mais que tenhamos alguns bons dados econômicos indicando uma recuperação da economia global, também temos outros indicando que os casos de coronavírus seguem aumentando, sendo este o principal fator de risco para quase todas as classes de ativos.

Há um risco considerável, portanto, de as expectativas de recuperação econômica dos mais otimistas serem frustradas, de modo que não se descarta inclusive uma correção mais forte das Bolsas em algum momento à frente.

Para momentos conturbados, a dica é a de sempre: manter um portfólio diversificado e equilibrado, capaz de proteger e até fazer prosperar seu patrimônio em tempos de incerteza elevada, como o atual.

Conservar uma alocação balanceada e saber separar o que é ruído de sinal certamente o colocará em posição de vantagem para conseguir rendimentos acima da média em suas aplicações no longo prazo.

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