Nem Banco do Brasil (BBAS3), nem Bradesco (BBDC4): 1T24 reafirma outro bancão como melhor ação do setor, aponta analista
Na quarta-feira (8), Banco do Brasil (BBAS3) reportou seus resultados do primeiro trimestre (1T24) e encerrou a temporada para os bancões da bolsa brasileira.
E um deles se destacou – e muito – frente aos pares e reiterou ser a melhor ação do setor, apontou a analista Larissa Quaresma, da Empiricus.
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Confira um “resumão” dos resultados de Banco do Brasil (BBAS3), Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) e qual deles foi o maior destaque.
Santander: inadimplência ainda preocupa
O primeiro banco a divulgar o balanço foi o Santander (SANB11), que agradou o mercado – as ações subiram 2,7% na terça-feira (30), pregão seguinte ao resultado.
Com lucro líquido de R$ 3,021 bilhões, a companhia apresentou crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período do ano passado e superou as expectativas do mercado.
Um dos indicadores mais importantes do setor financeiro, a rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) do Santander foi de 14,1%.
Para Quaresma, embora os resultados tenham sido melhores do que o esperado, o banco ainda assim mostrou uma operação “aquém do seu potencial”.
Segundo ela, a desaceleração na carteira de crédito e queda “menos intensa” da inadimplência na comparação com os pares pesa sobre o banco.
“O Santander tende a acompanhar isso [queda na inadimplência], embora de uma forma menos intensa do que outros pares, que já estão com uma carteira de crédito mais saudável e conservadora”, pontuou a analista.
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Bradesco: ‘value trap’?
No dia 2 de maio, foi a vez do Bradesco (BBDC4) apresentar seus números do primeiro trimestre do ano.
O banco encerrou o 1T24 com lucro líquido recorrente de R$ 4,211 bilhões, 1,6% menor na comparação com o mesmo período do ano passado, mas 46,3% acima do trimestre imediatamente anterior.
A carteira de crédito expandida do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 889,918 bilhões, alta de 1,2% em um ano. Para Quaresma, o aumento é “fraco”.
Além disso, a queda dos spreads (diferença entre a taxa de empréstimo e a taxa de captação do banco) por conta da migração do mix para linhas de créditos mais conservadoras também chama a atenção, avalia a analista.
“A inadimplência, apesar de ter caído, não caiu rápido o suficiente para compensar a queda do spread. Então a rentabilidade da operação bancária está muito baixa”.
O ROE do Bradesco no 1T24 ficou na casa dos 10%.
Apesar de considerar a ação do Bradesco “barata”, Quaresma não vê assimetria de preço no investimento. “Não vejo gatilho de fundamento para essa ação ter uma reavaliação de múltiplo para uma coisa mais cara. Acho que é o bom e velho value trap.”
No mercado, value trap (armadilha de valor, na tradução) são as empresas que parecem baratas com base em algumas métricas, mas podem continuar assim por um longo período.
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Banco do Brasil e Itaú: as maiores rentabilidades do setor
Na quarta-feira (8), foi a vez do Banco do Brasil (BBAS3) reportar um lucro líquido ajustado de R$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 8,8% na comparação anual.
O ROE de 21,7% ficou acima dos pares Bradesco e Santander, mas abaixo do Itaú Unibanco (ITUB4), que, para Larissa, foi o grande destaque dos bancões no 1T24.
“No Itaú, vimos a inadimplência caindo mais forte que os pares, o ROE mais forte e um guidance conservador que pode surpreender ao longo do ano”.
O Itaú reportou um lucro líquido de R$ 9,8 bilhões, alta de 16% na comparação anual, e um ROE de 21,9%, o maior do setor.
“Consideramos o resultado positivo, com spread e eficiência melhor que a expectativa, apoiando a expansão de rentabilidade que já era alta. ITUB4 negocia a 1,7x seu valor patrimonial, um prêmio de 88% sobre o Bradesco, o que foi, mais uma vez, justificado.”
O mercado também aprovou o resultado, já que as ações apresentaram alta de 2,07% no pregão seguinte à divulgação do balanço.
Desta maneira, a analista reiterou a recomendação de compra para Itaú Unibanco (ITUB4), que considera o melhor investimento dentre os quatro ‘bancões’ da B3.
Além de Itaú: veja as 9 melhores ações para comprar agora
O Itaú, inclusive, compõe a carteira de 10 ações da Empiricus Research para comprar em maio.
Além do banco, o portfólio conta com empresas que já se destacaram ou devem se destacar ao longo da temporada de resultados em diferentes setores, como:
- Uma empresa de shopping centers que teve um 1T24 “acima das expectativas”;
- Uma companhia do setor elétrico considerada a “melhor do Brasil” pelos analistas;
- Uma incorporadora “extremamente barata e que paga bons dividendos”;
- Uma small cap do varejo com potencial “fora da curva”.
E outras cinco empresas que, na visão dos especialistas da casa de análise, são as melhores para comprar neste momento e ter a chance de lucrar em meio a temporada de resultados.
O relatório com as 10 ações foi liberado a todos os investidores interessados como uma cortesia da Empiricus Research.
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AS 10 AÇÕES PARA COMPRAR AGORA
Ps: o relatório de 10 ações para comprar agora é uma cortesia. Não é necessário assumir nenhum tipo de compromisso com a casa de análise para ter acesso às recomendações.