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‘Não entendo que exista gatilho para investir’: Analista comenta incorporação da AES Brasil (AESB3) pela Auren (AURE3)

19 maio 2024, 14:00 - atualizado em 17 maio 2024, 14:56
auren aes brasil fusão dividendos
Apesar de ver pontos positivos na operação, Ruy Hungria, da Empiricus, acredita que Auren deve reduzir dividendos após a incorporação; entenda (Imagem: Pixabay)

A Auren (AURE3) agitou o mercado ao anunciar na última quarta-feira (15) a incorporação dos ativos da AES Brasil (AESB3), criando a terceira maior geradora de energia do Brasil. Juntas, as companhias têm potencial de gerar 8,8 gigawatts e somam um Ebitda de R$ 3,5 bilhões.

Desta maneira, a Auren ficará atrás apenas da Engie (EGIE3), que tem um Ebitda na casa de R$ 7 bilhões e da Eletrobras (ELET6), de quase R$ 15 bilhões.

Dividendos da Auren podem ‘minguar’ após operação

Apesar de “jogar a empresa em outro patamar”, o analista Ruy Hungria, especialista da Empiricus no setor elétrico, acredita que a operação pode reduzir os dividendos da Auren.

A AES Brasil é uma empresa que “há muito tempo não tem conseguido entregar resultados resilientes, interessantes” e vem de um desempenho ruim na comparação com outras elétricas, explica Ruy. 

A controladora da companhia nos Estados Unidos, inclusive, havia sinalizado em janeiro o interesse em vender os ativos no Brasil pela falta de resultados e para reduzir seu endividamento. 

Ao final de 2023, a dívida líquida consolidada da AES Brasil totalizava R$ 11,7 bilhões, aumento de 6,4% na comparação com 2022.

Com a dívida das empresas combinadas, o analista espera que a Auren – que vinha se destacando como uma boa pagadora de proventos – necessite diminuir o ritmo para reduzir a alavancagem.

“A expectativa no curto e médio prazo é que a alavancagem combinada das empresas chegue próximo de 5x Valor da Firma/Ebitda. Com isso, a expectativa é que os dividendos da companhia sejam retidos ou que ela distribua o mínimo possível para diminuir essa alavancagem”, avalia Hungria. 

Apesar da diminuição dos dividendos, o analista não espera que o endividamento se torne um grande problema para a Auren.

“A gente pode esperar, pelo histórico da Auren, uma melhoria de eficiência desses ativos da AES, que tem um portfólio grande. A Votorantim, controladora da Auren, pode extrair o melhor resultado desses ativos”, afirma.

AESB3 ou AURE3: vale a pena comprar alguma das duas ações?

No caso das ações da AES Brasil, Ruy Hungria explica que os papéis AESB3 devem ficar atrelados ao valor estabelecido na negociação, de R$ 11,55. “Não entendo que exista gatilho para investir a partir de agora”.

Já no caso da Auren, o analista avalia que é necessário entender como o management vai extrair valor da operação. 

“Sinergias são sempre muito difíceis. Pode até ser bom, porque a AES tirava muito menos retorno do que uma companhia com o histórico da Auren pode conseguir, mas existe muito estudo a ser feito. E, nesse momento, estamos falando de múltiplos que não são barganhas para falar que é uma oportunidade imperdível”, analisa.

Neste quesito, Hungria vê outra oportunidade no mercado que “oferece retornos atrativos e sem a complicação adicional do M&A”.

Outra ação do setor elétrico deve aumentar multiplicar dividendos

Para o lugar da Auren, o analista recomenda uma ação do do setor elétrico “em franco crescimento, com potencial de melhora de resultado e de lucro. Com isso, estou falando também da melhora na capacidade de pagar dividendos”.

Essa companhia pagou recentemente dividendos que chegaram a R$ 2,43 por ação. Mas, segundo Hungria, esse é só o começo de uma trajetória de melhora.

“É uma empresa que negocia a menos de 6x Valor da Firma/Ebitda, tem bons níveis de dividend yield e tendência de melhora de resultados à frente”.

Segundo o analista, a grande vantagem dessa empresa é que, além dos dividendos crescentes, o valuation atrativo permite que o investidor ganhe capital com a valorização das ações.

Essa ação do setor elétrico, inclusive, está na carteira das 5 melhores ações da bolsa para buscar dividendos, segundo a Empiricus Research, que você pode conferir gratuitamente neste link.

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Confira as 5 melhores ações para buscar dividendos – essa empresa do setor elétrico está incluída

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No documento, você vai encontrar a tese de investimento nessa companhia do setor elétrico, e mais:

  • Em uma siderúrgica com dividend yield e valuation atrativos;
  • Uma companhia do setor de construção civil;
  • Uma empresa do agronegócio que paga bons dividendos; e
  • Uma ação do setor financeiro extremamente descontada e que paga proventos regularmente. 

Vale destacar que, apesar de ser um portfólio voltado para dividendos, a ideia da carteira é unir empresas que pagam proventos e, ao mesmo tempo, estão em bom ponto de entrada

A partir dessa premissa, todo o portfólio é montado em busca de encontrar ações que forneçam o equilíbrio perfeito entre proventos e ganho de capital.

“São empresas com balanço sólido, que geram muito caixa e são relativamente baratas.”

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Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.
Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.