Melhores momentos: veja um resumo da participação de Stuhlberger, Daniel Goldberg e outros convidados no Macro Summit Brasil
A primeira edição do Macro Summit Brasil chegou ao fim na última quinta-feira (11). Ao todo, foram 5 painéis e convidados de peso, como Luis Stuhlberger, Daniel Goldberg, Marcos Mendes e Marcos Troyjo.
O evento online e gratuito teve três dias de duração e discutiu o cenário macro e as oportunidades de investimentos com figuras conhecidas que atuam em diferentes áreas do mercado.
Caso não tenha conseguido acompanhar o evento, não se preocupe: trazemos um “resumão” do que rolou em cada um dos painéis.
Terça-feira, 9: os rumos do Brasil e as oportunidades de investimentos
“O Brasil está no rumo certo ou não” foi o tema do primeiro painel do Macro Summit Brasil, com participação de Marcos Mendes, pesquisador do Insper, e Daniel Leichsenring, economista-chefe da Verde Asset.
Na ocasião, os convidados disseram acreditar que o Brasil deve caminhar razoavelmente bem nos próximos anos.
No entanto, isso se dará mais pela “onda” da retomada econômica mundial do que por méritos próprios.
“Uma coisa que o Lula tem é sorte. Ele está sempre no momento em que as condições do mundo são as melhores para ele”, considera Daniel Leichsenring.
Veja mais sobre o que os convidados pensam sobre os rumos do Brasil aqui.
Na sequência, foi a vez de João Landau, da Vista Capital, e Carlos Woelz, da Kapitalo, abordarem suas teses de investimento no painel “RISK TAKERS: onde os grandes gestores estão investindo”.
Neste contexto, Landau afirmou estar posicionado em empresas que suprem a demanda do crescimento brasileiro.
“O nominal no Brasil é muito forte e essas ações estão muito no osso com o prêmio de equity. Tem esse risco de o Brasil bater no muro e achamos que esse muro pode ser o porto, pode ser infraestrutura, pode ser ferrovia, shopping. A gente tenta pegar empresas que são o muro. O muro no final do dia é falta de oferta”, destaca.
Já Woelz, da Kapitalo, afirma estar com posições diversificadas globalmente, para aproveitar tanto cases que pegam os cortes nas taxas de juros norte-americanas, quanto os cases onde há “pouco para perder”.
“Uma carteira diversificada nesse momento vale a pena. Preço é muito importante”, completa.
Veja mais sobre a alocação dos gestores aqui.
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Quarta-feira, 10: arcabouço fiscal, China e Estados Unidos
“O cenário macro e seus impactos nos preços” foi o tema da conversa entre Mariana Dreux, da Itaú Asset, e José Rocha, da Dahlia Capital.
Segundo Rocha, embora os acontecimentos em Brasília sejam importantes, os desdobramentos nos Estados Unidos e na China exercem papel ainda mais significativo no desempenho dos ativos brasileiros.
“A gente acha que as pessoas superestimam o cenário local no preço dos ativos. O que acontece no Brasil ou em Brasília é importante? Claro que é. Porém, o que acontece na China e nos Estados Unidos acaba com um peso muitas vezes maior”, afirmou.
Dreux, da Itaú Asset, considera que, em poucos meses, o arcabouço fiscal implantado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva passará por sua primeira prova de fogo, com uma provável revisão das metas para 2024 e 2025.
“O fato de não ter sido mudado antecipadamente, como foi ventilado no final do ano passado, foi positivo porque o esforço do ministro [Fernando Haddad] em conseguir implementar sua agenda foi mais potente. Tiveram algumas coisas positivas”, diz Dreux.
Os representantes do Itaú e da Dahlia também apresentaram suas estratégias para investir neste momento. Confira aqui.
Logo depois, foi a vez de Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos BRICS, discorrer sobre “China x EUA: o Brasil na nova geopolítica”.
Sobre a China, especula-se muito – e há alguns anos – sobre uma “bolha chinesa”. Para Troyjo, embora a economia do país asiático não cresça mais como antes, a situação não é crítica.
“Eu não me encontro entre aqueles que acham que em questão de semanas ou meses haverá a explosão de uma bolha na China, com terríveis consequências econômicas e se tornar uma potência de segunda classe. Eu acho que isso não vai acontecer”.
Troyjo tem bagagem para falar sobre questões relacionadas à China. Ex-secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia entre 2019 e 2020, ele é fundador do BRICLab, da Universidade de Columbia, e ex-presidente do NDB (New Development Bank), o Banco dos BRICs, entre 2020 e 2023, que tem sede justamente na China.
Para conferir as opiniões completas do economista acerca do país comandado por Xi Jinping, sobre as relações entre China e Brasil e as eleições norte-americanas, clique aqui.
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Quinta-feira, 11: Quando duas lendas se juntaram no Macro Summit Brasil 2024
Apesar de todo o evento contar com grandes economistas e gestores, o painel mais esperado foi o que encerrou o Macro Summit Brasil.
Nele, estavam os mediadores Thiago Salomão, do Market Makers, e Felipe Miranda, da Empiricus, junto com os gestores Luis Stuhlberger, da Verde Asset Management, e Daniel Goldberg, da Lumina Capital.
Stuhlberger, gestor do lendário Fundo Verde, e Goldberg, famoso por ser uma das mentes mais brilhantes do mercado, debateram o cenário macro em rara aparição pública juntos.
Os dois se tornaram sócios em 2023, quando Goldberg comprou uma fatia da empresa da Verde Asset.
No encontro, Stuhlberger mostrou preocupação com relação ao arcabouço fiscal. “Já estão detonando antes dele começar”, opinou.
Apesar disso, ele elogiou os esforços de Haddad relacionados à questão fiscal e lembrou que, mesmo com tensões, o Brasil tem certo equilíbrio entre os poderes que não permite uma guinada aos extremos.
Segundo o gestor do Verde, os investidores já estão precificando as eleições presidenciais de 2026 e se diz “arrependido” por não ter feito hedge (proteção) contra isso.
“Quando as eleições entram nos preços do Brasil? O mercado está ficando com mau humor do país e ainda falta muito para o pleito, então entrou muito antes do que se imaginava. E por que eu não fiz hedge contra isso? Porque pensei que, pelo menos 2024, atravessaríamos mais tranquilamente, mas, olhando os mercados hoje, estou arrependido.”
Já Daniel Goldberg, fundador da Lumina, se mostrou “cético” quanto à tese de que o investidor estrangeiro não vem para o Brasil por causa da alta volatilidade.
Segundo ele, há momentos em que isso realmente acontece. Mas, em sua experiência lidando com hedge funds, o fundador da Lumina acredita que, na verdade, o Brasil é “um pouco menos atraente do que achamos que é”.
“Com tudo que está acontecendo no mundo, eu não vejo esse cenário de um investidor internacional que lê o jornal e fica preocupado porque o Lira hoje está ralhando com o Padilha.”
Ele, inclusive, não acredita que a Bolsa brasileira seja uma barganha, como outros agentes do mercado insistem em colocar.
É claro que resumir em poucas linhas a conversa de dois grandes pensadores do mercado brasileiro, não é fácil. Por isso, recomendo que você veja mais sobre o encontro neste link.
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O Macro Summit Brasil foi uma realização do hub de conteúdos financeiros Market Makers, em parceria com os portais Seu Dinheiro e Money Times.
O intuito foi apresentar aos investidores pessoa física como pensam grandes economistas e gestores, para auxiliar nas melhores decisões de investimentos.
Por isso, caso não tenha conseguido acompanhar o evento, não se preocupe.
Colocamos os melhores momentos do Macro Summit em um ebook gratuito.
São as opiniões mais relevantes e as recomendações de investimentos dos três dias de encontro reunidas em um só lugar.
Caso prefira assistir na íntegra, você também receberá as gravações dos 5 painéis em seu e-mail.
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