Magazine Luiza (MGLU3) foi de cisne a patinho feio em 2 anos: as ações derreteram mais de 90% e analista indica que é hora de se livrar dos papéis
O Magazine Luiza (MGLU3) já foi um case de valorização exponencial na bolsa. A varejista chegou a entregar 91.304,84% de lucro em apenas 5 anos, entre 2015 e 2020. Essa alta fora da curva ocorreu entre a mínima da ação, quando atingiu o valor de meros R$ 0,03, e a máxima, a R$ 27,42.
Esse retorno, que pode ser confundido até com criptomoeda, não durou muito tempo: desde o pico até o último fechamento (4), os papéis do Magalu derreteram mais de 90%.
Durante a pandemia do coronavírus e os períodos de lockdown, o mercado deu atenção a uma oportunidade até então ignorada: as compras online. O Magazine Luiza estava em processo de integração do mundo digital com o varejo, o que favoreceu os resultados da companhia.
Quem já tinha Magalu na carteira se deu bem, e por um certo período ainda valia a pena comprar os papéis da varejista. Mas esse cenário mudou e agora é hora de cair fora das ações MGLU3, segundo o analista Fernando Ferrer.
Ferrer é responsável pela carteira que seleciona “As Melhores Ações da Bolsa”, da casa de análise financeira Empiricus, e está orientando todos os investidores a zerar suas posições em Magazine Luiza e substituir os papéis pelos de uma empresa do setor de energia elétrica com “gordos” dividendos agora.
Mas o que está por trás das quedas expressivas de Magalu? Entenda como a empresa largou o posto de “cisne” da B3.
De cisne a patinho feio: o que aconteceu com a Magazine Luiza?
O Magalu já foi um “patinho feio” da bolsa e deu a volta por cima. A empresa foi considerada uma microcap – grupo de companhias muito pequenas, com valor de mercado inferior a R$1,5 bilhão – e atingiu o valor de mercado de mais de R$ 100 bilhões em seu auge.
Mas tudo isso ocorreu enquanto o cenário macroeconômico era outro. Com taxa de juros baixa e inflação controlada, a renda fixa não era tão atrativa e os investidores buscavam ativos de risco, como ações, para que pudessem capturar lucros mais interessantes.
Esse era o caso da Magazine Luiza. Os resultados da empresa se beneficiaram com o período e uma onda de investidores decidiu apostar na companhia.
Mas agora, com a Selic e a inflação de dois dígitos, o contexto não é tão benéfico para ativos de renda variável. E, nesse cenário, o setor do varejo é o mais penalizado.
Um dos motivos para as dificuldades enfrentadas não só pela Magazine Luiza, mas por várias outras varejistas é a demanda. O brasileiro perdeu muito poder de compra durante a pandemia. A inflação está em um patamar “assustador” e a renda média das pessoas caiu cerca de 7,2% em um ano.
Ou seja, as pessoas estão com menos dinheiro e reduziram a frequência que vão às compras. Em um período como esse de instabilidade econômica, diversos produtos tiveram aumento de preços e as varejistas estão com dificuldade de repassar esses valores ao consumidor. Com a diminuição do consumo e menor margem de lucro, os resultados do setor de varejo estão sendo diretamente impactados.
Além desse ponto que tem atingido todas as varejistas, o Magalu também vem sendo fortemente pressionado pela concorrência. Alguns outros fortes players como o Mercado Livre, Amazon e Shopee têm se destacado entre os consumidores e a Magazine Luiza tem perdido seu protagonismo.
O último balanço trimestral do Magalu comprova exatamente isso: a empresa está passando por “maus bocados” com o novo contexto macroeconômico e perdeu o brilho de 2020. No 1º trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 161 milhões. No mesmo período do ano passado, a varejista teve lucro líquido de R$ 258 milhões.
Tudo isso colaborou para o Magazine Luiza voltar a ser o “patinho feio” da bolsa. A situação da empresa está tão negativa que Luiza Trajano – presidente do Conselho de Administração da varejista – deixou a lista de bilionários da Forbes como consequência das quedas sucessivas da Magalu.
No momento em que esse texto é escrito, os papéis MGLU3 custam apenas R$ 2,12 e seguem fazendo o investidor perder dinheiro. Alguns especialistas do mercado ainda veem potencial de valorização para o Magalu, como é o caso de Raul Sena, fundador do canal Investidor Sardinha:
“A ideia é manter a posição [em MGLU3] pelo tempo que for necessário acreditando através da sua análise que é um negócio que pode crescer muito e/ou te proporcionar eventuais lucros consistentes”, diz o investidor em coluna do R7.
Mas o analista Fernando Ferrer vai por outro caminho. Ele defende que, mesmo com as quedas expressivas das ações, a empresa continua cara. Por isso, Ferrer recomenda vender Magazine Luiza e substituí-la pela ação de uma companhia do setor elétrico que está muito barata e pode pagar “gordos” dividendos em 2022.
Em um relatório gratuito, Ferrer explica um pouco mais sobre sua opinião a respeito da situação do Magazine Luiza e revela qual é essa ação que ele enxerga muito potencial em 2022:
VENDA MAGAZINE LUIZA E INVISTA NESTA ELÉTRICA BARATA E QUE PODE PAGAR ‘GORDOS’ DIVIDENDOS
A ‘queridinha da bolsa’ tem chance de quebrar?
Um dos sonhos de todo investidor é ter uma bola de cristal que mostra o futuro de cada empresa para investir. Um questionamento que tem cercado o universo dos investimentos nos últimos tempos tem sido a possibilidade de falência do Magazine Luiza.
É claro que a chance de falência sempre existe. Mesmo algumas gigantes do mercado, como a varejista Mesbla, já quebraram e hoje são pouco lembradas. Em alguns casos, apenas a boa gestão da empresa não é o suficiente para lidar com períodos de crise financeira.
Seria esse o caso do Magazine Luiza? Isso só o futuro dirá, mas Ferrer acredita que você não deveria “pagar para ver”.
O analista avalia que as ações MGLU3 não têm perspectiva de melhora no curto prazo. O contexto macroeconômico continuará impactando os resultados da companhia e tornando a ação menos atrativa. Um dos principais indicadores sobre uma ação estar cara ou barata é o indicador Preço sobre Lucro (P/L). Quanto mais distante esse número for de zero, mais cara está essa ação.
Um levantamento feito pela Bloomberg mostra que o P/L do Magalu estava reduzindo ao longo de 2021, mas atingiu patamares absurdos em março deste ano. Foi o múltiplo mais alto no período de 12 meses.
Na cotação atual, os papéis MGLU3 estão negociando a pouco mais de 83 vezes lucro, um número que demonstra que as ações ainda estão muito caras embora estejam “despencando”.
No relatório disponibilizado gratuitamente por Ferrer, o analista explica em detalhes por que a ação do Magazine Luiza já não vale mais a pena e não deve ser comprada com perspectiva de valorização. Acesse o botão abaixo para saber mais:
RELATÓRIO GRATUITO: É O FIM DO MAGALU? CONHEÇA UMA AÇÃO PARA SUBSTITUIR MGLU3 NA CARTEIRA
Venda suas ações do Magalu e invista nesta elétrica barata, resiliente e que pode pagar ‘gordos’ dividendos este ano
No lugar de Magazine Luiza, Ferrer indica a ação de uma empresa bem consolidada, que está muito barata no momento e tem potencial para pagar “gordos” dividendos em 2022. A companhia é uma holding do setor elétrico e tem roubado o posto de muitos papéis como a “queridinha” dos analistas.
Diferente do varejo, o segmento de energia elétrica é bastante resiliente e previsível, o que favorece o bolso do investidor em tempos de instabilidade econômica. Essa elétrica recomendada por Ferrer é uma boa posição defensiva para a carteira, mas ela vai muito além disso.
Hoje, a companhia custa menos de R$ 30 e está muito mais barata que outros players do setor. A melhor parte é que, segundo projeções do analista, a ação pode entregar dividend yield de 5,7% ainda este ano e valorizar 26%.
Ficou curioso para saber qual é essa ação promissora que deve substituir os papéis da Magalu na carteira? Você pode ter acesso à tese completa de Ferrer sem gastar absolutamente nada.
No relatório totalmente gratuito, é possível entender todos os motivos por trás da fuga dos papéis do Magazine Luiza e por que você também deveria largar os papéis para evitar maiores perdas.
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