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Lojas Marisa é ‘pechincha’ ou ‘furada’? Saiba se vale a pena comprar AMAR3

20 jul 2022, 14:00 - atualizado em 19 jul 2022, 16:32
Lojas Marisa (AMAR3)
A varejista de moda brasileira tem ação extremamente descontada, mas enfrenta um cenário macroeconômico desafiador e aumento dos custos operacionais; saiba se vale a pena investir ou não (Imagem: Shutterstock/Montagem: Julia Shikota)

A Lojas Marisa (AMAR3) sempre foi um “patinho feio” entre as varejistas de vestuário do Brasil. Há 5 anos passando por uma reestruturação das operações, o chamado turnaround, as ações são frequentemente vistas com uma ótica pessimista. Tanto é que AMAR3 é um papel comumente “shorteado” na bolsa (quando os investidores apostam na queda da cotação).

O histórico da empresa explica esse pessimismo. Devido a um erro de posicionamento de marca e crise econômica no Brasil, de 2014 a 2019, as vendas caíram de R$ 4,4 bilhões para R$ 3,6 bilhões. As ações não foram diferentes: desde 2014, as cotações despencaram mais de 86%.

Por sua vez, a pandemia, que ocasionou o fechamento dos shoppings e uma desaceleração considerável do varejo físico, não ajudou em nada a companhia. Desde janeiro de 2020, a Lojas Marisa “disputa” com a C&A (CEAB3) o lugar de pior performance entre as varejistas de moda brasileiras.

O resultado na prática de tudo isso é que a ação AMAR3 está sendo negociada a preços extremamente descontados.

Para o investidor, então, resta a dúvida: Lojas Marisa é uma “pechincha” e abriu oportunidade de compra, ou uma “furada” que merece distância da carteira?

Quem responde esta pergunta é o Head de Research da Vitreo, Sérgio Oba, em um relatório gratuito que você pode acessar clicando no link abaixo:

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Perda do poder de compra da população ‘machuca’ Lojas Marisa

A Marisa tem uma base enorme de potenciais consumidores, já que seu público-alvo são mulheres da classe C, que buscam preços mais acessíveis e têm uma grande aptidão ao consumo.

No entanto, esse público também apresenta um desafio maior para a companhia: são pessoas mais sensíveis à renda. A deterioração macroeconômica, que se iniciou com a crise de 2015, abalou o crédito e o poder de compra principalmente desta população, impactando diretamente as vendas da varejista.

O cenário atual é semelhante: a inflação galopante, que aumenta os preços de forma generalizada, e os juros altos, que encarecem o crédito, também são pontos de atenção que devem ser considerados por quem pensa em investir em AMAR3.

Ademais, é preciso também levar em consideração que há uma pressão nos custos de produção de todo o varejo de moda brasileiro.

O preço do algodão é um dos indicativos mais evidentes: entre abril de 2020 e início de julho de 2022, a commodity subiu 133%, alta provocada principalmente pela queda de produção durante a pandemia. O frete também encareceu, devido aos preços do barril de petróleo, que tem se mantido no patamar de US$ 100, acumulando valorização de 259% no mesmo período.

Isso sem contar que a companhia está inserida em um setor extremamente competitivo, com players nacionais (Renner, C&A, Riachuelo) e internacionais (Shein e AliExpress) disputando espaço no carrinho de compras dos brasileiros.

Nesse contexto, permanece a dúvida: Lojas Marisa é capaz de superar os desafios macroeconômicos ou ficará “refém” da escalada inflacionária, como outras empresas de varejo brasileiras?

  • Vale lembrar que até mesmo a gigantesca Magazine Luiza (MGLU3) não escapou dos reflexos negativos da inflação e dos juros altos, encarando uma queda de mais de 50% desde o começo do ano.

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O digital já é realidade dominante no varejo brasileiro

No entanto, nem tudo é ruim para a Lojas Marisa e é preciso reconhecer seus méritos, relacionados principalmente ao avanço no digital.

A varejista foi a primeira do segmento a lançar um e-commerce, ainda em 1999. E, em 2020, foi a vez de lançar seu aplicativo que, em meio às restrições de circulação da pandemia, impulsionaram o negócio.

Atualmente, cerca de 12% das vendas totais da companhia vêm do App. É notável também a sua penetração: foram 15 milhões de downloads até o final do primeiro trimestre de 2022.

No ano passado, a Marisa inaugurou o seu marketplace, abrindo espaço para alavancar as vendas a partir do poder da marca e oferecendo categorias de produtos não presentes no seu portfólio.

Em paralelo, assim como as outras empresas do setor, a varejista aposta fortemente no omnichannel, integração entre as experiências física e digital dos clientes.

Embora essas inovações sejam positivas para o negócio, é importante também lembrar que elas ocasionam um aumento das despesas operacionais. Ou seja: a inovação tem seu custo. Será que AMAR3 consegue lidar com esse custo e entregar bons resultados para seus acionistas nos próximos meses e anos?

No relatório gratuito disponível no link abaixo, o analista Sérgio Oba responde essa pergunta.

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Relatório gratuito dá ‘veredito’ sobre Lojas Marisa (AMAR3)

É claro que existem ainda outros fatores que devem ser considerados para avaliar a situação de Lojas Marisa: a reforma de suas lojas, seu braço financeiro (o MBank), valuation, custos logísticos…

No relatório disponibilizado pelo analista Sérgio Oba, ele explora todas essas variáveis e dá seu “veredito” para as ações da varejista, mostrando em detalhes aos investidores o que está por trás de sua decisão.

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