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Intelbras (INTB3): resultados do 3T24 vêm com margens pressionadas; ainda vale a pena investir? confira

30 out 2024, 12:00 - atualizado em 30 out 2024, 14:13
Intelbras INTB3
Larissa Quaresma, da Empiricus, afirma que recuo das margens faz parte da perspectiva do ‘copo meio vazio’, e futuro ainda pode ser positivo (Imagem: Divulgação/Intelbras)

Seguindo o fluxo da atual temporada de balanços, a Intelbras (INTB3) divulgou seus resultados referentes ao 3T24 após o fechamento de mercado da última segunda-feira (28). Dentre os destaques positivos, estão:

  • Lucro líquido de R$ 129 milhões, alta de 12% em relação ao 3T23;
  • Receita de R$ 1,2 bilhão, aumento de 33% em relação ao 3T23;
  • EBITDA (ganhos ante juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 151 milhões, aumento de 17% em relação ao 3T23.

Porém, a reação na bolsa brasileira não foi de tanto otimismo. As ações da empresa fecharam o pregão de terça-feira (29) em queda de 3,32%, cotadas a R$ 19,80.

Pressão nas margens da Intelbras (INTB3) foi ‘maior que o esperado’, segundo analista

Apesar dos números não estarem no negativo, a reação morna do mercado pode ser explicada pelo recuo nas margens da empresa. 

A margem bruta e a margem EBITDA vieram recuadas em 3,1 pontos percentuais e 1,6 ponto percentual, respectivamente, no comparativo anual.

No relatório, a própria empresa admite o aumento dos custos operacionais, impulsionado por fatores como:

  • Desvalorização cambial (dólar em alta);
  • Custos adicionais ligados ao período de seca no país;
  • Mudanças de estratégias de preço no setor elétrico.

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual, de fato a pressão nas margens foi maior que a esperada pelo mercado, mas essa é a perspectiva do “copo meio vazio” – ainda há motivos para manter otimismo com os papéis.

Vale a pena investir nas ações da Intelbras (INTB3)?

Na visão de Larissa Quaresma, sim: “negociando a 11x seu lucro estimado para 2025, ainda enxergamos uma relação risco-retorno positiva, para a qual mantemos recomendação de compra”. 

A analista explica que estes resultados podem ser passageiros:

“As pressões em rentabilidade/geração de caixa nos parecem mais sazonais (seca) ou conjunturais (dólar alto). Passada a temporada de seca e com os reajustes de preço promovidos pela companhia […], podemos ver alguma recuperação da rentabilidade em 2025”, afirma.

Ou seja, ao invés de ser um dilema entre copo “meio cheio” ou “meio vazio”, é possível que, em breve, o copo esteja apenas cheio. 

Esse é só o começo: acompanhe na íntegra os destaques da temporada de resultados 3T24

A temporada de balanços do 3º trimestre de 2024 está só no começo. E é de suma importância que você, investidor pessoa física, acompanhe de perto o que as grandes empresas têm a dizer. 

Afinal de contas, os balanços medem a temperatura de cada empresa e podem influenciar nas suas decisões de compra ou venda de ações na bolsa brasileira.

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