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Hard forks: o que são e como afetam seus investimentos

14 out 2021, 11:59 - atualizado em 14 out 2021, 11:59
Fork, ou bifurcação de rede, é uma mudança no software de uma criptomoeda. Ele cria duas versões diferentes de sua blockchain, e acontece tanto quando há discordância sobre alguma regra no protocolo, ou quando há um consenso sobre uma pequena atualização que precisa ser feita. (Imagem: Ripio)

O mundo das criptomoedas é cheio de terminologias diferentes, que podem assustar os investidores de primeira viagem. Com a iminente atualização da rede do Bitcoin, alguns desses termos ressurgiram com muita força na mídia. 

Um deles são os hard forks. Em tradução literal, o termo significa “garfos duros”, que não elucida muito o significado e o funcionamento dessas bifurcações do BTC.

Para isso, desenvolvemos um guia completo falando sobre os hard e soft forks: o que são, qual é a diferença entre eles e quão importante eles são para os criptoativos. Confira:

Afinal, o que são forks?

Fork, ou bifurcação de rede, é uma mudança no software de uma criptomoeda. Ele cria duas versões diferentes de sua blockchain, e acontece tanto quando há discordância sobre alguma regra no protocolo, ou quando há um consenso sobre uma pequena atualização que precisa ser feita.

Os forks podem ser temporários ou permanentes, e criam duas moedas digitais independentes.

Essas atualizações acontecem porque as criptomoedas são tecnologias novas e ainda precisam de amadurecimento, melhorias e alterações. É importante continuar investindo em mudanças que contribuirão na construção de uma rede cada vez mais eficiente.

Sendo assim, os dois principais motivos para as atualizações são: corrigir riscos de segurança que são encontrados e adicionar novas funcionalidades.

Soft Forks

Um soft fork é quando essa bifurcação é compatível com as versões anteriores do protocolo. Eles procuram preservar o código original, fazendo com que pequenas mudanças no código sejam implementadas no projeto original. 

Com um Soft fork, somente os mineradores terão que atualizar a plataforma. Caso a maior parte dos participantes atualize seu software, as alterações já passam a ter efeito. O restante da rede ainda continuará podendo usufruir da atualização antiga, caso não queira aderir às mudanças.

Essa modalidade geralmente é utilizada quando se detectam pequenos problemas que a comunidade aceita corrigir, ou até quando a maioria dos participantes gostaria de alterar alguma coisa.

Hard Forks

Um hard fork é exatamente o oposto: tudo deve ser atualizado, já que a nova versão não será compatível com as versões anteriores. Qualquer nó que não atualize simplesmente não funcionará mais e ficará fora da blockchain.

Os soft forks são reversíveis, pois seguir as novas regras é opcional. Os hard forks não: qualquer erro no código ou comportamento imprevisto na rede só pode ser corrigido através de outro hard fork. 

Eles geralmente acontecem por causa de uma discordância entre os desenvolvedores em relação ao futuro de um projeto, a tecnologia que será usada e até por ideologias conflitantes. Também pode ser usado em casos de correção de uma grande falha, que não pode ser solucionada apenas com o soft fork.

Quais hard forks já aconteceram?

Em relação ao Bitcoin, existem duas principais bifurcações da moeda. Na Ethereum, existe uma, da qual falaremos a seguir.

Bitcoin Cash

Em 2017, vários mineradores tiveram a ideia de aumentar o limite na rede Bitcoin para 8 MB. A ideia surge em meio a uma discussão sobre o aumento do tamanho dos blocos da rede como solução para processar transações de forma mais rápida e barata.

Sem o consenso da comunidade, nasce assim o Bitcoin Cash. Na época, todos que optaram pela atualização receberam o mesmo valor que tinham do Bitcoin tradicional.‍

Bitcoin Gold

Também em 2017 nasce o Bitcoin Gold. O criptoativo implementou um novo algoritmo de mineração, que exigia mais memória que o BTC. 

Logo após o lançamento, o website sofreu um ataque de negação de serviço, e foi criticado por várias exchanges por ter sido feito às pressas, além de incluir criptomoedas pré-mineradas pelos desenvolvedores.

DAO e Ethereum

Em 2016, a DAO (Decentralized Autonomous Organization) foi construída para atuar como um fundo de capital de risco baseado na Ethereum.

Dessa forma, qualquer detentor de Ether poderia adquirir tokens DAO. O que não esperavam é que a DAO fosse hackeada, e que 3,6 milhões de Ether fossem roubados. Para resolver a situação, a comunidade da Ethereum acabou fazendo um hard fork que dividiu a blockchain em duas.‍

A Ethereum que todos usamos hoje surgiu a partir de uma bifurcação da rede original. A cadeia de blocos histórica seguiu seu rumo sob o nome Ethereum Classic (ETC).

Como isso afeta os investidores? 

No caso dos soft forks, esses raramente mudam alguma coisa na vida dos investidores. Inclusive, na maioria dos casos, eles passam despercebidos.

Nos hard forks, a situação muda. Pense dessa forma: você tem um Iphone 5. Gostaria de atualizar o WhatsApp, mas o seu celular não autoriza. Isso porque a nova versão do aplicativo não é mais compatível com a sua atualização, então, a única maneira de você usufruir do aplicativo é por meio da compra de um celular mais moderno.

Nesse cenário, o celular antigo é sua carteira virtual, e a nova versão do aplicativo são as criptomoedas depois do hard fork. Sendo assim, é fundamental que os investidores fiquem atentos às carteiras digitais que utilizam. Precisam perceber se elas suportam o novo código, especialmente se desejam optar pelo novo protocolo.

Vantagens e desvantagens dos hard forks

Primeiro de tudo: a própria existência dos hard forks mostra a beleza da liberdade que o mundo das criptomoedas oferece. Isso acaba sendo uma coisa positiva, já que, no fim das contas, eles trazem confiança aos investidores e a comunidade como um todo, que sabem que tem total controle sobre seu próprio dinheiro.

Além disso, apesar deles dividirem os ativos, os hard forks também mostram quão forte uma moeda é. O Bitcoin é um exemplo disso: mesmo com tantas bifurcações, ele permanece sendo a maior moeda em capitalização, tem uma comunidade fiel que confia no seu potencial e é o ativo mais popular que existe.

Dito isso, não é possível avaliar se um hard fork é positivo ou não sem antes conhecer quais são os motivos por trás dele. É necessário avaliar quais motivações levaram à divisão da criptomoeda e, com base nisso, decidir se aquilo é positivo ou negativo.

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sofia.kercher@moneytimes.com.br

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