‘Há espaço para corrigir a rota’, diz CEO da Empiricus sobre o mercado brasileiro; como se preparar para a possível retomada da bolsa?
A bolsa brasileira vive o seu pior momento neste ano – que já não é dos mais memoráveis para a B3, diga-se de passagem. Na última quarta-feira (12), o Ibovespa encerrou o pregão aos 119.936 pontos, nível mais baixo de 2024. A queda foi de 1,4% ao longo do dia.
E o principal motivo para esse derretimento, mais uma vez, veio do governo. Acontece que os investidores reagiram a comentários da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente Lula indicando que o governo pretende seguir em busca do ajuste das contas públicas confiando quase exclusivamente no aumento das receitas.
Analistas têm mencionado a percepção de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria lutando quase sozinho dentro do governo pela regra fiscal. A própria Simone Tebet comentou ontem que “cravar a meta [de déficit] zero é impossível” agora.
E toda a reação a essa “barulheira fiscal” foi intensificada pela decisão do Fed, o banco central dos Estados Unidos, de manter a taxa de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano. Vale lembrar que os juros altos nos EUA drenam a liquidez de mercados em países emergentes, como é o caso do Brasil.
Fato é que, por enquanto, 2024 é para o Brasil “o ano que não começou”, na opinião de Felipe Miranda, CEO e fundador do Grupo Empiricus.
“Em dezembro de 2023, havia grande expectativa de melhora para os mercados emergentes, com a possível redução da taxa básica de juros nos EUA. No entanto, a inflação norte-americana acima do esperado e a economia forte adiaram essa flexibilização”, disse o CEO em uma rede social.
Ainda que nesse cenário, os principais índices acionários dos Estados Unidos renovam suas máximas históricas. Os dados da economia norte-americana, divulgados nos últimos dias, foram positivos para os ativos de risco, no conjunto.
Mas, ainda assim, a bolsa brasileira segue na contramão do mundo. “O Brasil entrou numa espiral negativa com a revisão das metas fiscais e outras decisões políticas, afetando os ativos financeiros”, diz Miranda.
A bolsa brasileira tem tido a pior performance de 2024 entre os principais mercados, com a Selic estagnada – e com previsão de subir, entre os analistas mais pessimistas – e o dólar no patamar de R$ 5,40.
Mas, afinal, há saída para a bolsa brasileira este ano?
Felipe Miranda ganhou notoriedade no mercado financeiro 10 anos atrás, quando elaborou a tese “O Fim do Brasil”, em 2014.
À época, o CEO criticou a condução econômica do governo Dilma, para além dos escândalos de corrupção – e recomendou a venda da ação da Petrobras (PETR4) e a compra de dólar – operação que gerou muito dinheiro para seus leitores que seguiram as recomendações.
Mas, mesmo diante do cenário atual, o CEO da Empiricus acredita que a economia brasileira ainda tem espaço para se recuperar dentro dos próximos meses.
E um gatilho determinante para isso está perto de acontecer: a reunião do Copom, na próxima quarta-feira (19), ocasião em que a nova meta da taxa básica de juros será definida pelo comitê do Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.
“A manutenção da Selic e um discurso unânime do Copom podem ajudar a restaurar a confiança”, enfatiza Miranda. Além disso, ele acredita que uma eventual reforma administrativa também pode contribuir, combatendo “privilégios no funcionalismo”.
“Há espaço para corrigir a rota, com a competência do ministro Haddad e a qualidade dos técnicos do ministério da Fazenda. A economia brasileira tem crescido acima do esperado, com inflação controlada e baixa taxa de desemprego. Se seguir pelo caminho da racionalidade econômica e com a esperada queda dos juros nos EUA, o Brasil pode finalmente celebrar um réveillon atrasado em 2024.”
Como se preparar para capturar lucros, caso a economia brasileira realmente reaja? Veja o que diz CEO da Empiricus
Por um lado, a bolsa brasileira renovando mínimas realmente assusta. Por outro, liga um sinal de alerta na cabeça do investidor mais experiente – e que sabe que é preciso estar devidamente preparado para capturar os maiores lucros assim que os ativos de risco começarem a valorizar.
Ou seja, é hora de aproveitar para comprar ações de empresas de qualidade que estão baratas por conta da conjuntura geral do Ibovespa – mas que tendem a ser as primeiras a disparar assim que a economia do país voltar a vingar.
Algo nessa linha foi dito recentemente pela analista de ações Larissa Quaresma, que também atua pela Empiricus Research, empresa do grupo BTG Pactual. Segundo ela, “este é um bom momento para acumular ações de excelentes companhias que estão ‘na promoção’”.
Na opinião de Quaresma, existem 10 ações brasileiras que têm esse potencial de trazer os maiores ganhos ao investidor. E que, portanto, deveriam estar na carteira de todos agora.
A recomendação da analista é investir agora nessas 10 companhias que têm capacidade de execução comprovada através de vários ciclos econômicos e de mercado.
“Grande parte dessa lista de empresas cresce seus lucros mesmo em cenários adversos, enquanto as outras se beneficiam de ventos favoráveis em seus setores de atuação”, explica Quaresma.
Essas 10 ações recomendadas pela analista fazem parte da sua carteira mensal, divulgada gratuitamente pela Empiricus, como uma cortesia para o investidor brasileiro que deseja buscar a proteção e a multiplicação do seu patrimônio.
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