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Fundos Selic Simples, Tesouro Direto ou CDB com liquidez: qual a melhor opção de reserva de emergência para aproveitar a alta dos juros?

31 mar 2022, 15:48 - atualizado em 31 mar 2022, 15:48
Todo mundo que acompanha o mundo das finanças sabe que a poupança já é coisa do passado, mas qual o melhor produto para substituí-la? – Imagem: Pexels

Uma das premissas mais básicas do planejamento financeiro é a constituição de uma reserva de emergência, que nada mais é do que um dinheiro disponível para eventualidades, como a perda de um emprego, por exemplo.

Em geral, os especialistas recomendam que essa reserva seja capaz de suprir o custo de vida do investidor por um período entre 6 e 12 meses. Além disso, a aplicação de uma reserva de emergência precisa cumprir ao menos dois requisitos:

  • Segurança: esse é um dinheiro que o investidor não pode se dar ao luxo de perder ou de ver oscilar (vai que justo quando você precisa, ele está em baixa?). Portanto, ele precisa estar em ativos de baixíssimo risco e pouco voláteis;
  • Liquidez: não adianta deixar a sua reserva de emergência em um título que só pode ser resgatado no vencimento; afinal, nunca sabemos quando virá a emergência (senão não seria uma emergência).

Normalmente, unir esses dois atributos implica em abdicar de uma boa rentabilidade. Por isso, planejadores normalmente consideram que, depois de construir a reserva, os investidores podem de fato buscar lucros no mercado financeiro, com títulos de maior risco e produtos de renda variável.

Só que, no momento, esta lógica está invertida. Com a Selic em 11,75% a.a. e os ativos de risco, como ações e criptomoedas, totalmente instáveis, a reserva de emergência vem se tornando a grande estrela da carteira de muitos investidores.

Mas qual o melhor produto para compor essa reserva de emergência, que reúna segurança, liquidez e se beneficie do processo de escalada nos juros? É exatamente isso que vamos conferir abaixo.

Por que a poupança é coisa do passado?

A combinação entre segurança e liquidez lembra um produto bancário muito conhecido dos brasileiros: a caderneta de poupança. Afinal, além de poder contar com a robustez de grandes bancos, ela tem liquidez imediata, não tem custo algum, é isenta de Imposto de Renda e conta com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para um investimento de até R$ 250 mil por CPF.

Mas se a poupança conta com tudo isso, por que ela é considerada um produto que deve ser “aposentado” pela maioria dos especialistas?

A grande questão é que a rentabilidade da poupança é muito baixa e é inferior à de outras aplicações que possuem condições similares de segurança e liquidez, capazes de atender a uma reserva de emergência.

A partir de 2012, o governo determinou mudanças na rentabilidade da poupança, com o intuito de torná-la menos atrativa (mais abaixo explicaremos o porquê). Agora, a caderneta rende da seguinte maneira:

  • Se a taxa Selic for inferior a 8,5% a.a.: poupança rende 70% da Selic + TR
  • Se a taxa Selic for igual ou superior a 8,5% a.a.: poupança rende 0,5% a.m. (cerca de 6,17% a.a.) + TR

A TR (Taxa Referencial) é uma remuneração baseada na negociação de títulos públicos federais, mas que normalmente não traz grande relevância. Até o ano passado, por exemplo, ela estava zerada há muito tempo.

Ou seja: a poupança, via de regra, sempre irá render menos do que a Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Acontece que essa taxa pode ser obtida facilmente sem correr riscos e com alta liquidez e, por isso, a poupança é considerada irracional do ponto de vista do investidor.

No passado, por não estar limitada aos juros, ela até fazia sentido, especialmente com a Selic baixa.

Fundos DI, Tesouro ou CDB: qual o melhor substituto da poupança para sua reserva?

Mas qual foi o objetivo do governo em limitar a rentabilidade da poupança? A ideia é justamente torná-la sempre menos atrativa que os títulos públicos federais, que ajudam a financiar o próprio governo. Afinal, uma eventual baixa dos juros poderia provocar uma “fuga” dos investidores para a poupança.

Portanto, os títulos públicos, especialmente o Tesouro Selic, se tornaram produtos vantajosos para quem deseja constituir uma reserva de emergência. Entretanto, há duas categorias de produtos que também são muito utilizadas para esse fim: os fundos DI e os CDBs com liquidez diária.

Abaixo, explicamos as vantagens de optar por cada uma dessas modalidades na hora de fazer sua reserva de emergência:

CDB com liquidez diária

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Na prática, o investidor empresta seu dinheiro para um banco, por exemplo, em troca de uma remuneração.

Embora muitos CDBs só possam ser resgatados no vencimento, aqueles que possuem liquidez diária são muito usados como reserva de emergência. Afinal, muitos deles têm remuneração atrelada ao CDI, taxa que acompanha de perto a Selic, ou seja, eles se tornam muito próximos de uma “poupança” que rende perto da taxa de juros.

Os CDBs são garantidos até R$ 250 mil pelo FGC. Entretanto, o recomendado é que, para a reserva de emergência, eles não sejam de bancos menores, com maior risco de crédito e que geralmente pagam melhores remunerações. Isso ocorre porque, em caso de quebra do banco, embora o dinheiro seja reembolsado pelo FGC, isso pode levar a uma burocracia que você pode não estar disposto a enfrentar numa emergência.

Tesouro Selic

A compra direta de títulos do Tesouro Nacional também é considerada uma boa opção para constituir uma reserva de emergência. Os títulos são garantidos pelo próprio governo, portanto, são considerados os mais seguros do mercado nacional. Além disso, por serem muito demandados, possuem grande liquidez.

Aqui, contudo, é preciso ficar atento: o título recomendado para reserva de emergência é o Tesouro Selic, remunerado pela taxa de juros. Os outros dois modelos, prefixado e indexado à inflação, apesar de serem investimentos interessantes, estão sujeitos ao processo de “marcação a mercado”, em que os valores podem oscilar se os títulos forem vendidos antes do vencimento. Como numa emergência você pode precisar vendê-los, eles não são ideais para a reserva.

Fundos DI

Os fundos DI são produtos de investimento que alocam ao menos 95% do seu capital em títulos públicos federais ou equivalentes, atrelados à Selic. Na prática, eles acabam tendo rentabilidade muito parecida com a dos títulos públicos comprados diretamente do Tesouro Nacional.

A segurança também é a mesma, já que as cotas dos fundos variam conforme os títulos. Além disso, os fundos costumam ter liquidez diária.

Um bom exemplo de fundo DI que pode ser usado como reserva de emergência é o Vitreo Selic Simples. Com aporte integral em títulos pós-fixados do governo, o fundo possui as seguintes características:

  • Taxa Zero;
  • Liquidez imediata;
  • Rentabilidade levemente superior ao próprio CDI;
  • Risco baixíssimo, quase nulo, por estar vinculado a títulos federais.

Ou seja: em resumo, ele pode ser usado como uma poupança, mas traz uma maior rentabilidade para o investidor, principalmente em tempos de taxa Selic elevada, como o que estamos vivendo agora.

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Qual a diferença entre investir em um fundo DI e a compra direta de títulos do governo?

Essa é a pergunta que deve estar na cabeça de quem nos acompanhou até aqui. Afinal, o que muda para o investidor que opta por realizar compras diretas de títulos do Tesouro em relação ao que prefere um fundo DI?

Na essência, não há grandes diferenças. O fundo DI é apenas uma maneira indireta de comprar os mesmos títulos que poderiam ser comprados pelo governo.

“A diferença de rentabilidade vai ser quase insignificante”, explica o especialista em renda fixa da casa de análises Empiricus, Diego Rodriguez. “Entretanto, existem alguns aspectos que podem tornar um ou outro modelo mais interessante para cada tipo de investidor”, conclui.

Para tornar isso mais claro, separamos 5 diferenças importantes para que você escolha qual a melhor reserva de emergência para seu momento:

1 – Gestão

Ao optar por um fundo DI, o investidor não precisa ficar escolhendo, comprando e vendendo os títulos – basta fazer novos aportes no fundo. Já no caso de quem investe, é preciso negociar esses títulos por meio de sua corretora.

2 – Possibilidade de ganhos extras

Como dissemos, os fundos DI precisam ter ao menos 95% de ativos referenciados à Selic. Isso dá uma pequena margem para que os gestores desse fundo possam buscar uma “pimentinha”, uma rentabilidade extra para a carteira.

3 – Marcação a mercado

Embora a marcação a mercado seja bem suave para o Tesouro Selic, ainda assim ela existe – e o valor pode oscilar antes do vencimento. No fundo DI, isso não acontece.

4 – Come-cotas

As alíquotas de tributação do Imposto de Renda são iguais para os dois produtos, mas no caso do fundo, há incidência do come-cotas (resgate antecipado de parte do IR em maio e novembro), enquanto no título o imposto só é cobrado no resgate.

5 – Taxa de custódia da B3

Para investimentos superiores a R$ 10 mil, a B3 cobra uma taxa anual de 0,2% para custodiar os títulos públicos. No fundo DI, não existe essa despesa.

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Vitreo Selic Simples: a maneira mais fácil de surfar e bater o CDI sem riscos desnecessários

De maneira geral, todos os fundos DI oferecem baixo risco e liquidez imediata. Contudo, alguns detalhes, como a taxa de administração, fazem a grande diferença entre eles. No caso de quem cobra taxas, o que era para ser 100% do CDI pode chegar a 80%.

O Vitreo Selic Simples não está nesse meio. O fundo não cobra nenhum tipo de taxa e, por isso, além de outros motivos, tem batido os CDI. Nos últimos 12 meses, por exemplo, o fundo rendeu 6,08%, contra 5,65% do CDI.

Com a alta dos juros, essa conta tende a aumentar. Desse modo, o Vitreo Selic Simples tem se apresentado não apenas como uma boa opção para guardar seu dinheiro para emergências, mas sim para rentabilizar esse capital sem correr riscos desnecessários.

No botão abaixo, você pode acessar uma página segura para conhecer mais detalhes desse fundo, que é um importante passo para sua independência financeira:

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