‘Foi uma queda exagerada’: Ifix recua 2,58% em setembro, mas movimento pode ser oportunidade para os FIIs, aponta analista
Os fundos imobiliários não tiveram um mês fácil em setembro. O Ifix, o principal índice do mercado de FIIs, registrou um recuo de -2,58% no período, a maior queda mensal dos últimos 2 anos, desde novembro de 2022.
E se engana quem pensa que o principal “vilão” dessa história foi a alta da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Embora ela também tenha colaborado para o desempenho negativo do índice, o analista de FIIs Caio Araujo, da Empiricus, atribuiu um outro culpado à baixa do Ifix.
Para ele, apesar de a alta dos juros ter seu impacto, ela já havia sido precificada e absorvida pelos fundos imobiliários desde agosto. Por isso, o ponto que ele trata como o principal culpado dessa perda foi a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no Brasil, que trata do orçamento do país.
O relatório foi mal recebido não só pelos FIIs, mas pelo mercado de capitais como um todo. Isso porque ele tem influência direta na questão fiscal brasileira e, consequentemente, na curva de juros, sobretudo a ponta longa.
Em outras palavras, a decepção do mercado com a projeção de receitas e despesas para 2024 do governo aumentou o prêmio da curva de juros futuros, piorando o cenário para a tomada de risco no Brasil, o que inclui os ativos listados em bolsa, como os FIIs.
Porém, na visão de Araujo, “foi uma queda exagerada”. Em entrevista ao Giro do Mercado, programa produzido pelo Money Times, ele afirmou que, esse movimento, inclusive, pode ser visto como uma oportunidade para os investidores.
A seguir, explico por que o analista acredita que os FIIs ainda podem desempenhar bem até o fim do ano – e quais são os 5 mais promissores para investir agora, na opinião dele.
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Como os fundos imobiliários podem dar ‘a volta por cima’ até o fim do ano
Segundo Araujo, se olharmos para a sazonalidade, setembro costuma ser um mês mais difícil para o mercado de capitais. Esse é o período em que se discute o orçamento, um assunto caro para o governo atual, como mostrou o relatório de receitas e despesas.
Mas também tivemos outros fatores que impediram o bom desempenho dos ativos listados em bolsa. O início do ciclo de alta dos juros no Brasil e o conflito crescente no Oriente Médio também influenciaram a tomada de risco dos investidores. Além, é claro, da desconfiança em torno do fiscal.
Esses fatores fizeram com que não só o Ifix recuasse, mas o Ibovespa também, com queda de -3,08% em setembro. No entanto, para o analista, podemos ver uma performance positiva para os FIIs ao longo do 4º trimestre. E o motivo é o seguinte…
Se olharmos para o desempenho do Ifix, veremos que ele teve um retorno médio de 5% no 4º trimestre dos últimos 5 anos. E o analista acredita que essa tendência pode se repetir em 2024. “Quem sair agora, talvez esteja saindo em um momento ruim”, diz.
Além disso, ele destaca que, embora o desempenho do índice tenha sido frustrado, isso não significa que não tenhamos tido bons resultados em setembro. Prova disso foi o Kinea Securities (KNSC11) que, em setembro, teve uma das três melhores performances do mês entre os fundos imobiliários. Confira o ranking elaborado pelo Clube FII:
“Há opções que podem gerar valor para o seu portfólio mesmo em momentos de aversão ao risco, como a que passamos em setembro”, explica o analista.
A carteira recomendada de fundos imobiliários de Araujo contou com o KNSC11 entre as recomendações para o mês. E, embora também tenha entregue uma performance negativa, de -1,49%, a carteira foi melhor que o Ifix e está positiva no ano.
A título de comparação, enquanto o Ifix acumula alta de 4,76% neste ano, a carteira de Araujo sobe quase o dobro, com performance positiva de 9,42% em 2024.
E, devido à sua percepção favorável para o final do ano, o analista disse que optou por não fazer alterações no portfólio para outubro. “Em time que está ganhando, não se mexe”, brincou.
Agora, a boa notícia é que você pode conhecer essa carteira de maneira totalmente gratuita. Basta clicar no link abaixo e liberar o seu acesso:
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Todos os meses, Caio Araujo “garimpa” a bolsa em busca dos fundos imobiliários com o maior potencial do momento e os recomenda aos investidores. O objetivo é encontrar FIIs que unam:
- Um bom pagamento de dividendos;
- Um bom potencial de valorização das cotas na bolsa.
Para ele, dado o cenário atual, de juros mais elevados, essa é a grande vantagem de investir em fundos imobiliários: buscar retornos maiores que os da renda fixa – que se torna mais atrativa em períodos como esse – com a junção desses dois potenciais lucros.
Pensando em tudo isso, em outubro, a carteira continua com uma alocação setorial mais concentrada em crédito, que é mais favorável diante de juros maiores. Além disso, Caio destaca que alguns FIIs de tijolo estão atrativos agora e também são recomendações.
“Caso o investidor não tenha ainda, cabe um reforço de posição no Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11), um FII de tijolos com carteira 100% em contratos atípicos, multas altas e prazos extensos, com previsibilidade muito boa, menos volátil do que a média do mercado”, recomenda.
Mas é claro que essa é apenas uma das recomendações do analista agora. Você pode conhecer a carteira completa de forma gratuita, basta se cadastrar neste link.
A carteira de fundos imobiliários de Araujo foi disponibilizada pelo Money Times como cortesia aos leitores. Ou seja, você não precisa pagar nada para acessar todas as indicações e teses de investimento do analista.
Portanto, sugiro que você ao menos dê uma “espiada” nas indicações. Depois você pode decidir se elas realmente fazem sentido para o seu patrimônio: