DeFi: as finanças descentralizadas são o futuro dos serviços bancários?
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Com a tecnologia gradativamente transformando todos os espaços, olhares ambiciosos se voltam ao nosso sistema financeiro tradicional: os bancos. Apesar de eles serem extremamente importantes para o desenvolvimento da sociedade como ela é hoje, muitos acreditam que essas instituições estão se tornando cada vez mais obsoletas. A transformação digital, portanto, seria necessária para otimizá-los.
Essa tendência fez com que nascessem as finanças descentralizadas (DeFi). Mas o que é a digitalização dos serviços bancários tradicionais? Quais são suas vantagens? Como usar as finanças descentralizadas?
Afinal, o que é uma DeFi?
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As finanças descentralizadas procuram trazer instrumentos do mundo financeiro tradicional para o universo das criptomoedas. São ecossistemas financeiros, construídos no topo das redes blockchain.
Simplificando, elas são serviços capazes de oferecer tudo que um banco tradicional oferece— transações, empréstimos, hipotecas— mas sem a necessidade de um mediador. Elas funcionam também como Bolsas de Valores, onde não há nenhum intermediário entre o investidor e o investimento.
Se não há ninguém mediando, como garantir que essas transações sejam seguras? Aqui entram os contratos inteligentes— do inglês, smart contracts— contratos digitais autoexecutáveis que usam a tecnologia para garantir que os acordos firmados serão cumpridos. A plataforma mais usada para esse fim é a Ethereum, que permite a programação de aplicativos descentralizados, contratos inteligentes e transações da criptomoeda Ether e outros tokens.
Traduzindo, são contratos que funcionam como códigos de programação, definindo regras, obrigações e penalidades conforme o acordo. Devido à tecnologia Blockchain, eles não podem ser perdidos ou modificados, o que garante a segurança dos usuários.
Pense desta forma: uma empresária deixa seus investimentos em BTC no seu testamento por meio de um smart contract. Quando ela falece, o contrato tem a mais importante exigência cumprida, autoriza as transações e, automaticamente, desbloqueia as aplicações para quem está na lista. Nos clássicos hollywoodianos, a figura do advogado que gerencia a herança e indigna a todos com sua interpretação, sentado na mesa de uma biblioteca obscura, não seria mais necessária. Os parentes receberiam apenas uma notificação no celular.
Vantagens das DeFi
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Sabendo agora que as DeFi são seguras, quais são as vantagens de utilizá-las? A mais óbvia, claro, é a descentralização. Como os usuários supervisionam seus próprios fundos, os custos relacionados a esses produtos são cortados, além da economia de tempo, por causa da eliminação de uma etapa do processo.
A mais importante vantagem é que, por serem um ecossistema aberto, as DeFi facilitam o acesso de indivíduos que, em outras circunstâncias, não poderiam contar com serviços financeiros. Como o sistema financeiro tradicional depende do lucro de intermediários, pessoas de baixa renda geralmente são deixadas de fora. Como os custos das operações nas DeFi são reduzidos, essas pessoas ganham acesso a uma gama significativa de serviços. A longo prazo, o objetivo é possibilitar liberdade financeira a todos.
Somadas, essas vantagens fizeram com que o crescimento dessa área fosse notável. Até o momento, o total de dinheiro “depositado” em projetos DeFi já passa de US$40 bilhões, de acordo com o Defi Pulse.
Casos de uso
As DeFi podem ser utilizadas em várias ocasiões. Os principais são empréstimos, serviços bancários monetários e mercados descentralizados. Deles, os empréstimos são os tipos mais populares de aplicações. Eles têm muitas vantagens quando comparados ao sistema tradicional, como liquidação instantânea de transações, garantia de ativos digitais e nenhuma verificação de crédito.
Em relação aos serviços bancários monetários, eles permitem a emissão de stablecoins (moedas estáveis, um tipo de cripoativo geralmente vinculado ao mundo real, mas que pode ser transferida com facilidade), hipotecas e seguros. Hipotecas são conhecidas por serem processos caros e demorados, e seu preço e tempo se reduz significativamente no ecossistema DeFi. Com os seguros, as finanças descentralizadas permitem a distribuição dos riscos entre muitos participantes. Isso resulta em prêmios menores, mas com a mesma qualidade de serviço.
Por fim, os mercados descentralizados são espaços que oferecem plataformas para a inovação financeira. É uma área mais nova e menos explorada das DeFi, mas ainda é importante citá-las para reforçar o caráter disruptivo desse ecossistema.
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