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‘Fim de jogo’ para as ações do Magalu? enquanto a varejista reportou prejuízo de R$ 161 milhões, essa empresa está barata, é resiliente e pode pagar dividendos ‘gordos’ em 2022

18 maio 2022, 8:44 - atualizado em 18 maio 2022, 8:44
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As ações do Magazine Luiza derreteram 78% em 1 ano e ficaram caras com o novo cenário macroeconômico – esse analista recomenda substituí-las pelos papéis de uma empresa mais atrativa; entenda. Imagem: Shutterstock/Montagem Julia Shikota

Nesta segunda-feira (16), o Magazine Luiza (MGLU3) divulgou seus resultados  referentes ao 1º trimestre de 2022. Mas embora a varejista tenha reportado números melhores do que os esperados pelo mercado, ela teve prejuízo líquido de R$161 milhões, contra lucro de R$ 258 milhões no mesmo período do ano passado.

Para você ter uma ideia, a última vez que a companhia apresentou prejuízo líquido foi no 2º trimestre de 2020, aos R$ 65 milhões. Como consequência da notícia, as ações MGLU3 caem -2,25% no momento em que escrevo essa reportagem.

Ao todo, o Magalu perdeu 78% do seu valor de mercado no último ano, entre maio de 2021 e maio de 2022. E a verdade é que não há expectativa de melhora para os papéis, que podem continuar caindo em decorrência das pressões inflacionárias, queda na demanda de eletrônicos e eletrodomésticos e aumento da concorrência no setor.

Não me leve a mal, o Magazine Luiza é um dos cases mais famosos da bolsa brasileira. E não é para menos, afinal, a empresa foi responsável por entregar o que foi talvez uma das valorizações mais expressivas que a B3 já viu. 

Quem investiu nas ações MGLU3 há pouco menos de 6 anos, por exemplo, e segurou os papéis até meados de 2020, hoje pode se considerar um milionário.

Como você já deve ter ouvido falar, houve uma época em que os papéis do Magalu chegaram a custar míseros R$ 0,03. Isso mesmo, três centavos. Mas, em um prazo de meros 5 anos, as ações decolaram e alcançaram os R$ 27,42, a máxima histórica dos papéis.

Na prática, isso significou uma valorização de 91.300% em 5 anos. Se colocarmos na ponta do lápis, R$ 1.100 eram suficientes para que você acumulasse R$ 1.005.400, ou seja, se tornasse milionário com as ações de apenas uma empresa.

E não para por aí. O caso do Magazine Luiza foi de tamanha relevância que foi responsável por consagrar o Alaska Black, fundo de ações da Alaska Asset, como um dos mais famosos da atualidade. Tudo porque o fundo concentrou-se em ações MGLU3 logo quando foi fundado, pegando boa parte da valorização dos papéis até o fim de 2020.

É devido a todo esse contexto que, sempre que o Seu Dinheiro publica alguma notícia sobre o Magazine Luiza, a matéria logo se torna uma das mais lidas do site. Porém, o mero burburinho sobre uma ação não deve ser um bom motivo para comprá-la.

Por mais que Magalu tenha se dado bem nos últimos anos, vale ressaltar que a empresa “surfou” um momento de mercado muito benéfico para as varejistas como um todo:

  1. Com o “boom” do varejo digital, impulsionado pela pandemia do coronavírus, que que fez com que diversas varejistas tivessem de migrar para o e-commerce para que pudessem continuar vendendo seus produtos; e
  2. Devido ao cenário macroeconômico, com taxas de juros baixíssimas e inflação praticamente inexistente, que deu espaço para que empresas com perspectivas de crescimento no longo prazo, pudessem crescer rapidamente. Era o caso do Magalu e do seu plano de transformação digital.

Esse cenário possibilitou que o Magazine Luiza tivesse espaço para triplicar o volume do seu e-commerce e quadruplicar o seu marketplace, tornando-a uma das varejistas que mais cresceram no período de pandemia. 

Mas o que acontece é que agora o jogo virou. O varejo está sofrendo com a alta dos juros, além da falta de demanda por produtos e a alta concorrência. Então, para falar o português claro, o Magazine Luiza não está valendo mais a pena

Quem acredita nisso não sou eu, mas sim Fernando Ferrer, analista de ações da Empiricus, maior casa de análise financeira independente do país. O analista comunicou em um relatório gratuito que chegou a hora de vender as ações MGLU3. 

Apesar de ter apostado nas ações da varejista no passado, Ferrer está convencido de que existem outras oportunidades melhores diante do novo cenário macroeconômico. “Mesmo depois da forte queda das ações, o cenário desafiador deverá pressionar mais os resultados da companhia, tornando o valuation mais caro e a ação menos atrativa”, explica.

É por isso que eu sugiro que você entenda o que está acontecendo com o Magazine Luiza antes de tomar qualquer decisão sobre a sua carteira atual. Até porque o analista está fazendo uma importante mudança na carteira recomendada dele que pode ser interessante para você (explicarei sobre isso adiante).

Antes de tudo, deixe-me mostrar os motivos por trás da recomendação de venda dos papéis do Magalu por parte de Fernando Ferrer.

È hora de esquecer o Magazine Luiza – para esse analista, as ações estão caras e são arriscadas demais agora

Para que você entenda o que fez Ferrer mudar de ideia em relação ao Magazine Luiza, é preciso contextualizar o cenário macroeconômico atual. Em um intervalo de tempo bem curto, nós passamos de um contexto de juros baixos e inflação baixa, para um mundo de juros mais altos e inflação preocupante.

No Brasil, por exemplo, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros para 12,75%. Além disso, a inflação está decolando. O IPCA, o principal índice de inflação no país, acumula alta de 12,13% nos últimos 12 meses.

E essa mudança afeta diretamente o desempenho das varejistas brasileiras. Enquanto o cenário era de juros e inflação baixos, as empresas desse setor tiveram espaço para que pudessem se desenvolver muito rapidamente, como foi o caso do Magalu.

Além disso, a pandemia foi outro fator que possibilitou o bom desempenho dessas companhias, mesmo quando boa parte do mercado ia mal. Com as pessoas em casa e sem poder ir às lojas, as empresas que se prepararam e fortaleceram suas estruturas de e-commerce puderam desfrutar de uma alta relevante nas vendas.

Agora, com inflação e juros altos, as ações do varejo são as mais penalizadas. Por estarem ligadas diretamente ao consumo, a redução do poder de compra afeta os resultados e as perspectivas de crescimento das companhias. E foi exatamente isso o que houve com o Magazine Luiza.

Como dito anteriormente, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 161 milhões. E, como se não bastasse, o analista Fernando Ferrer também concluiu que as ações MGLU3 estão caras demais.

Ele chegou à essa conclusão ao analisar o indicador Preço sobre Lucro da empresa, o mais utilizado pelo mercado financeiro para dizer se um ativo está caro ou barato. O indicador calcula quantas vezes o valor de mercado de uma companhia é negociado em relação ao lucro estimado dos próximos 12 meses. 

Quanto menor for essa relação, mais barata uma ação está. No entanto, como você pode ver no gráfico abaixo, esse definitivamente não é o caso do Magazine Luiza:

Indicador Preço sobre Lucro do Magazine Luiza (MGLU3). Fonte: Bloomberg

É por isso que Ferrer acredita que não vale mais a pena investir nas ações MGLU3. Na análise dele, o Magalu deixou de se enquadrar como um ativo de “quality”, título dado a ações de empresas que já tem bom resultado, geram caixa e tem boa governança corporativa, para ser um ativo de “growth” (uma promessa de crescimento e lucros futuros).

Na prática, isso quer dizer que a varejista é vista hoje como uma empresa ainda em fase de crescimento, com fluxos de caixa estendidos e, principalmente, que não se beneficia do cenário econômico atual, de juros altos.

Em resumo, o analista decidiu recomendar a venda dos papéis do Magalu, mesmo entendendo que, em um cenário oposto, eles valeriam a pena. E, no lugar do Magazine Luiza, Fernando Ferrer está indicando que os investidores comprem as ações de uma empresa do setor de energia elétrica.

Neste relatório gratuito, disponível no botão abaixo, ele explica por que decidiu que é hora de vender Magalu e investir nas ações dessa empresa de energia. Na análise de Ferrer, as ações são mais baratas, resilientes e podem pagar dividendos “gordos” em 2022:

[RELATÓRIO GRATUITO] CONHEÇA A AÇÃO DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA QUE PEGOU O LUGAR DO MAGAZINE LUIZA NA CARTEIRA “MELHORES AÇÕES DA BOLSA”

Mais barata que o Magalu e com potencial de pagar dividendos ‘gordos’ em 2022; veja qual ação ‘roubou’ o lugar da varejista

Se você ficou interessado em saber qual o nome da ação do setor de energia elétrica que pegou o lugar do Magazine Luiza na carteira recomendada de Fernando Ferrer, aconselho que veja como fazer o download do relatório gratuito escrito por ele neste link.

Não se preocupe, nenhum centavo sequer será cobrado para que você possa acessar o documento com a tese completa. Lá, você descobrirá a nova recomendação do analista para a carteira de “Melhores Ações da Bolsa”, uma das mais famosas da Empiricus.

A carteira de “Melhores Ações da Bolsa” é responsável por garimpar entre os mais de 400 papéis listados na bolsa brasileira atrás de “barganhas” na relação de preço e valor. 

E então, quer conhecer a nova Melhor Ação da Bolsa recomendada pelo analista?

“A indicação dessa ação do setor de energia elétrica está em linha com nossa estratégia de reduzir o risco da carteira, dadas as incertezas macroeconômicas e os gargalos presentes na economia local. A companhia tem um modelo de negócios estável, previsível e rentável. Um pouco de terra firme para ultrapassar a turbulência”, afirma Fernando Ferrer

Se ficou interessado no trabalho dele e está minimamente curioso para saber qual a ação que Fernando Ferrer colocou no lugar do Magalu diante do cenário macroeconômico, dê uma “espiada” no relatório gratuito. É só colocar um e-mail válido para recebê-lo:

[RELATÓRIO GRATUITO] CONHEÇA A AÇÃO DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA QUE PEGOU O LUGAR DO MAGAZINE LUIZA NA CARTEIRA “MELHORES AÇÕES DA BOLSA”