‘Estrago foi feito’ no pacote fiscal de Haddad, defende analista – mas ainda existe um fator que pode afastar a tempestade do Ibovespa
Parece que não vai ser com o plano fiscal de Haddad que a tempestade que assusta o Ibovespa vai dar trégua. O principal índice da bolsa brasileira acumula uma queda de 3% desde a última quarta-feira (28), quando as notícias sobre o pacote de corte de gastos começaram a circular.
As medidas fiscais do governo Lula têm sido o principal assunto de finanças há meses. Essa era a grande expectativa da maioria dos analistas para dar fôlego para a economia brasileira e retomar a confiança sobre a responsabilidade do governo com o arcabouço fiscal.
Mas não foi exatamente isso que aconteceu. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o pacote de gastos em um pronunciamento oficial na noite de quarta. No entanto, na visão de Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, foi feito um “estrago” nesse comunicado.
“A expectativa era de uma mensagem mais clara e objetiva, que demonstrasse sensibilidade fiscal e comprometimento com a responsabilidade econômica. No entanto, o governo falhou em entregar isso”, afirmou.
Em linhas gerais, os cortes devem ter impacto positivo de cerca de R$ 70 bilhões, divididos entre R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. As principais medidas são:
- Limitação ao reajuste do salário mínimo;
- Redução dos rendimentos que dão direito ao abono salarial; e
- Instituição de idade mínima para a previdência de militares.
Mas outro anúncio de Haddad ofuscou o pacote de gastos. O ministro também informou durante o pronunciamento que haverá isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, o que pode gerar uma perda de arrecadação de R$ 40 bilhões para as contas públicas.
“O grande problema, contudo, não está apenas no conteúdo, mas no timing perdido e na comunicação desastrosa, que destruíram a chance de transformar o anúncio em um vetor positivo para o final do ano”, explicou Spiess.
Cenário é conturbado, mas há espaço para recuperação dos ativos de risco
Na visão de Matheus Spiess, o governo federal não entendeu a gravidade da situação fiscal do país. Além disso, Haddad e Lula afundaram as expectativas de economistas e investidores que ainda tinham esperanças sobre uma sinalização mais positiva.
Em entrevista ao programa Giro do Mercado, o analista afirmou que “o estrago já foi feito” e a perda de confiança por parte dos investidores não será mais recuperada integralmente.
Em outras palavras: até o fim do ano, Spiess espera um clima de pessimismo na bolsa.
Mas isso não significa que é hora de se desfazer de todas as posições na renda variável. Isso porque embora no curto prazo o cenário ainda seja de incertezas, é possível ter esperança nos mercados em um intervalo maior de tempo.
O ano de 2025 deve abrir espaço para uma recuperação dos ativos de risco, dado que 2024 pode finalizar com uma queda acumulada.
Nesse sentido, é indispensável citar o patamar de preço do Ibovespa, que está muito abaixo da média histórica e, com as quedas recentes, deve ficar ainda mais barato:
Com este cenário no radar, é possível aproveitar para investir em ações de altíssima qualidade, conhecidas como “generais da bolsa”, a um valor mais atrativo.
Matheus Spiess defende que, pensando no longo prazo, vale a pena investir em ações brasileiras promissoras.
Por isso, ao lado do estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda, o analista selecionou 17 papéis que podem atravessar esse período mais difícil no cenário macroeconômico e entregar lucros atrativos nos próximos anos: “dá para acreditar no Brasil a longo prazo”.
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O fator que pode mudar o jogo para o Ibovespa
O ano de 2026 pode ser um divisor de águas para a bolsa brasileira. Segundo Spiess, pode haver uma retomada do fôlego no mercado de ações, principalmente nos anos seguintes.
Isso porque estamos falando de um período eleitoral para decidir o próximo presidente do país. E a expectativa é de que a mudança de jogo no cenário político possa impulsionar os ânimos dos mercados.
O analista afirma que o cenário-base é de que o pêndulo se direcione mais para o centro-direita, o que tende a favorecer os ativos de risco.
Além disso, cabe ressaltar que as empresas brasileiras têm entregado resultados bem animadores, mesmo com as incertezas sobre a economia. Ou seja: no micro, o cenário é positivo. Agora, basta recuperar a confiança dos investidores sobre a sustentabilidade econômica brasileira.
Isso significa que quem tiver paciência e souber aproveitar as quedas atuais para se posicionar em ativos promissores pode colher bons frutos nos próximos anos.
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Carteira de ações mostra passo a passo de como se posicionar na economia atual
É inegável que o cenário atual ainda é cheio de incertezas. Porém, como dito anteriormente, há espaço para aproveitar os preços atuais para investir em bons ativos do Ibovespa.
Algumas ações brasileiras se destacam com:
- Bons fundamentos;
- Histórico de qualidade; e
- Ponto de entrada atrativo.
O analista Matheus Spiess, junto ao co-fundador da Empiricus, Felipe Miranda, são responsáveis por uma carteira de recomendações que pode ajudar qualquer investidor a tomar as melhores decisões com o patrimônio.
Trata-se da série Palavra do Estrategista, carro-chefe da Empiricus Research. O portfólio é composto por 17 ações e acumula um retorno de 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde setembro de 2015, quando foi criado.
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