Esse FII pode deixar o MXRF11 ‘no chinelo’: o Maxi Renda é o fundo imobiliário mais famoso da bolsa, mas não é o mais barato e nem o com maiores dividendos – veja outro melhor que ele
O Maxi Renda (MXRF11) é um dos fundos imobiliários mais “queridinhos” da bolsa brasileira. Não à toa, hoje ele conta com mais de 500 mil cotistas.
Trata-se de um fundo multiestratégia (ou seja, investe em CRIs, LCIs, debêntures, cotas de outros FIIs e ativos imobiliários em um pacote só) e que é fruto da fusão entre dois FIIs: o XP Gaia e o Maxi Renda.
Mas sabe qual é o principal motivo para que ele seja tão famoso?
É o preço. Para investidores iniciantes, o MXRF11 chama a atenção por ter um valor de cota muito acessível. Para ser mais exata, uma cota custa em torno de R$ 10,25.
Além disso, ele paga bons dividendos. Na última vez que o Maxi Renda anunciou a sua distribuição de proventos, no mês de outubro, o valor foi de R$ 0,10 por cota.
Mas e se eu te disser que existe um fundo imobiliário melhor que o MXRF11?
Hoje, há um FII que tem tudo para bater a popularidade do Maxi Renda na B3. Quem acredita nisso é Caio Araujo, analista de fundos imobiliários na maior casa de análise financeira independente do país.
Para ele, esse outro FII pode deixar o MXRF11 “no chinelo” pelos seguintes motivos:
- Ele está mais barato, com um desconto de quase 7% no seu valor patrimonial, enquanto o MXRF11 tem um prêmio de 1,5%;
- Tem projeção de dividendos bem “gordos”, pois conta com proventos acumulados para distribuir devido à reserva que criou no mês de setembro;
- É mais seguro e promissor, pois conta com uma posição maior em “tijolo”, segmento que tende a se valorizar com a retomada do mercado imobiliário.
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MXRF11 pode ser popular, mas não é a melhor opção para o seu patrimônio
Embora o MXRF11 seja um fundo imobiliário famoso, ele não é a melhor opção para o seu patrimônio, de acordo com Araujo.
Em primeiro lugar, o fato das suas cotas serem baratas não quer dizer que ele é um FII barato. Na verdade, hoje o Maxi Renda é considerado um fundo imobiliário caro.
O motivo é simples. Para medir se um fundo está caro ou barato, o que conta não é o preço da cota. O que realmente importa é o indicador P/VPA, que nada mais é do que o preço da cota dividido pelo valor patrimonial do FII.
Quanto mais próximo esse número estiver de 1, mais perto a cota está do seu valor “justo”. Já quando o indicador está acima de 1, isso quer dizer que a cota está com um prêmio, ou seja, está sendo negociada acima do seu valor justo.
É exatamente esse o caso do MXRF11 agora. Como foi dito logo acima, o Maxi Renda está com um prêmio de 1,5% sobre o seu valor patrimonial. Em outras palavras, está caro.
Por outro lado, o fundo imobiliário que pode deixar o Maxi Renda “no chinelo” está negociando a 0,90% o seu valor patrimonial.
Isso significa que, do ponto de vista do indicador P/VPA, o FII recomendado por Caio Araujo está mais barato e, portanto, mais atrativo do que o MXRF11.
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Esqueça o Maxi Renda: esse FII pode te dar lucro em dobro
Além dos pontos citados acima, vale dizer que o fundo imobiliário que está na mira do analista também é famoso. Na verdade, ele é um dos mais populares da indústria, com mais de 300 mil cotistas.
A sua relevância é tanta que ele ocupa a 16ª posição na composição do Ifix (índice de referência dos fundos imobiliários).
E, como se não bastasse, o fundo manteve performance positiva nos últimos 3 meses, com uma valorização de 8%. Enquanto isso, o Ifix rendeu apenas 6% no mesmo período.
Mesmo assim, Caio Araujo ressalta que esse FII está abaixo do seu valor justo e, por isso, há chances de capturar lucro à medida que as cotas dele se valorizarem com a retomada da bolsa brasileira.
Além disso, esse fundo já distribuiu proventos “gordos”, no valor de R$ 0,56 por cota, o que representa um dividend yield de 9,4% ao ano.
Um valor relevante, principalmente se levarmos em conta que o pagamento é isento de Imposto de Renda.
E a melhor parte é que quem investir nesse FII tem perspectiva de capturar também dividendos acumulados.
Devido ao fundo ter fechado o mês de setembro com R$ 42,8 milhões em reservas, ele é obrigado por lei a distribuir boa parte desse dinheiro para os cotistas. E é provável que isso seja feito já nos próximos meses.
É por isso que os investidores que decidirem comprar cotas deste FII recomendado por Caio Araujo terão a chance de capturar lucro 2 vezes mais:
- Com a valorização das cotas, que estão baratas e tendem a se valorizar com a retomada da bolsa; e
- Com os dividendos polpudos, que tendem a aumentar já que o FII precisa distribuir a reserva criada em setembro.
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