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Entenda como é possível negociar criptomoedas de forma independente com as exchanges descentralizadas (DEX)

26 abr 2022, 11:45 - atualizado em 26 abr 2022, 11:46
O que são e como funcionam as exchanges descentralizadas
Nas DEX, as negociações não passam por qualquer intermédio. A compra e venda de criptos acontece em sistema peer-to-peer, diretamente entre os usuários (Imagem: Mercado Bitcoin/Divulgação)

Os ativos digitais ganham cada vez mais força no dia a dia dos investidores. Com isso, o sistema financeiro está sendo inundado por inovações que consolidam as criptomoedas como alternativa às transações tradicionais. O aspecto descentralizador é um dos pontos mais chamativos do mercado cripto e as exchanges descentralizadas (DEX) se destacam como alternativa para investidores com mais conhecimento.

As exchanges descentralizadas permitem que a negociação de criptomoedas seja feita de forma completamente independente, diferente das corretoras tradicionais, que intermediam as transações visando oferecer mais segurança e praticidade.

As DEX andam lado a lado com as finanças descentralizadas (DeFi) e prometem ser o ponto disruptivo do universo cripto, permitindo que o usuário vivencie a tecnologia blockchain na prática por meio de negociações peer-to-peer.

Essa tecnologia pode chamar a atenção, mas é importante avaliar os prós e contras cautelosamente antes de optar por negociar criptomoedas em exchanges descentralizadas (DEX). Em parceria com o Mercado Bitcoin, preparamos este guia que explica o funcionamento e as vantagens e desvantagens deste tipo de corretora.

Afinal, o que são exchanges descentralizadas (DEX)?

As DEX são corretoras que possibilitam a negociação direta de criptoativos, sem qualquer intervenção. Isso acontece a partir da tecnologia blockchain, que gera blocos criptografados que garantem a autenticidade e rastro da negociação, sem que uma empresa gerencie a transação.

Na prática, como funciona a negociação descentralizada de criptoativos?

No caso das DEX, as transações são realizadas entre as carteiras de dois usuários, em um método conhecido por peer-to-peer. Assim, a intervenção de terceiros é minimizada ao máximo. Dois fatores importantes estão por trás dessa inovação: os pools de liquidez e os criadores de mercado automatizado (AMM, na sigla em inglês).

Os pools são os smart contracts utilizados pelos investidores para controlar o fluxo dos tokens na rede, controlando o preço dos ativos, que varia de acordo com a oferta e demanda do mercado.

Conheça as DEX mais populares do mercado

Uma das maiores referências de exchanges descentralizadas é a Uniswap, construída a partir da mesma tecnologia utilizada pela Ethereum. A corretora permite a negociação de ativos digitais de forma descentralizada e possui um token nativo que leva o mesmo nome.

A dYdX é mais um destaque deste mercado. A plataforma chamou a atenção após repressões do governo chinês sobre o criptomercado no país. A plataforma oferece serviços além da compra e venda de criptoativos, permitindo a negociação de contratos futuros, empréstimos e outras transações.

De acordo com dados do CoinMarketCap, as duas estão entre as top 3 exchanges descentralizadas do momento. Confira aqui o ranking completo.

DEX vs. exchanges centralizadas: quais as diferenças?

Mesmo que tenham o objetivo de possibilitar a negociação de criptoativos em comum, as DEX são diferentes das exchanges centralizadas em muitos aspectos. As diferenças começam na operacionalização interna das corretoras, também chamada de back-end.

As exchanges tradicionais, como o Mercado Bitcoin, dispõem de um site dinâmico e intuitivo em que os usuários podem realizar as negociações. O sistema é parecido com o de plataformas de ativos que surgiram bem antes do criptomercado existir, como corretoras de ações e títulos de renda fixa. Dessa forma, os investidores iniciantes e cidadãos comuns têm mais facilidade de compreender e utilizar as exchanges centralizadas.

As DEX existem diretamente na rede blockchain, sem uma interface que simplifique as transações, então o ecossistema é bem menos intuitivo e focado em códigos. No caso das DEX, os contratos inteligentes regem as negociações diretas entre os usuários, sem utilização de livro de ofertas.

Atualmente, a maior parte do volume de negociações de criptomoedas se concentra nas exchanges centralizadas, que têm alcance mundial e podem ser acessadas por diversos dispositivos.

DEX são para você? Confira vantagens e desvantagens

O sistema das exchanges descentralizadas é inovador e pode fazer os olhos dos investidores brilharem, mas elas não são para todos. Assim como qualquer outro serviço do sistema financeiro, as DEX oferecem diversas vantagens e riscos. Confira os prós e contras das exchanges descentralizadas.

Vantagens

Para muitos investidores, a possibilidade de negociar criptoativos de forma direta é a principal vantagem das DEX. Dessa maneira, o usuário tem menos gastos com taxas adicionais que um sistema centralizador impõe e desfruta de maior autonomia na compra e venda dos ativos.

A ausência de um agente intermediador permite que as negociações sejam feitas mais rapidamente e com menos etapas burocráticas. Além disso, o cliente tem posse de suas criptomoedas, o que gera um maior controle dos ativos.

As DEX não precisam compartilhar dados de seus usuários, então KYC (Know Your Customer) e AML (Anti-Money Laundering) são dispensados. A variedade de tokens também é maior nesse modelo de negociação, então os investidores têm mais chances de encontrar ativos raros e/ou recém-lançados.

Desvantagens

A baixa adesão por parte dos investidores é um dos maiores pontos negativos das DEX. Esse sistema ainda é restrito a desenvolvedores e conhecedores avançados de código aberto e redes blockchain, e são poucos os investidores comuns que conseguem aproveitar a autonomia oferecida pelas exchanges descentralizadas no dia a dia.

Esse tipo de corretora também é mais vulnerável a perdas de dados e ataques orquestrados, já que não há intermédios nas negociações. A baixa liquidez é mais um fator desestimulante para os usuários, já que a compra e venda de ativos nas DEX pode gerar baixa lucratividade graças ao menor volume de negociação.

Você não precisa ser um especialista das DEX para buscar lucros no criptomercado

As exchanges descentralizadas são um avanço notável do mercado cripto e chamam a atenção pela promessa de disrupção sobre o sistema financeiro, mas infelizmente essa tecnologia ainda é limitada a grupos especializados.

A boa notícia é que qualquer pessoa pode explorar o mercado cripto e buscar lucros nele. Se você é leigo ou iniciante, as exchanges tradicionais podem ser uma alternativa excelente para investir em criptomoedas com segurança e praticidade.

O Mercado Bitcoin é a principal referência de compra e venda de criptos da América Latina e oferece uma plataforma intuitiva e acessível. Nela, você pode negociar Bitcoin, Ethereum e diversas outras criptomoedas de maneira simplificada.

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