Empiricus Research

Entenda as mudanças nas ações da Vale e descubra se ainda vale a pena investir na mineradora

14 dez 2017, 21:25 - atualizado em 16 set 2020, 16:31

A Vale está em transformação. No fim de junho, a mineradora deu início a um processo de reestruturação que envolveu a unificação das ações PNA (Preferenciais Nominativas classe A) em ON (Ordinárias Nominativas), finalizada no dia 24 de novembro. Isso significa que os acionistas que migraram das ações PNA (VALE5) para as ON (VALE3) passaram a ter, entre outras vantagens, direito a voto em assembleia.

Mas o que os acionistas e interessados em investir na Vale precisam entender são os motivos por trás dessa mudança – a troca de ações é apenas parte de um trâmite para um plano mais ambicioso – entrar no Novo Mercado da B3. Fazer parte desse seleto grupo de empresas não é tarefa fácil, uma vez que as exigências de transparência e governança são bem maiores.

Entre os critérios está a emissão de apenas ações ordinárias com 100% de tag along – mecanismo que garante remuneração igual para majoritários e minoritários no caso de eventual venda do controle da empresa. Outro ponto, talvez o principal, é a pulverização gradativa do controle de modo que a partir de 2020 nenhum acionista ou grupo de acionistas tenha mais de 25% de participação da companhia.

De acordo com a avaliação de Alexandre Mastrocinque, editor analista da Empiricus responsável pela série Muito Além das Criptomoedas, tudo isso foi feito para que o controle da Vale fosse diluído e, consequentemente, a ingerência estatal sobre a empresa se reduzisse significativamente. Apesar de a Vale ter sido privatizada em 1997, o governo federal ainda concentrava, direta ou indiretamente, mais de 50% das ações ON.

Agora, a partir das recentes mudanças, a Vale tem o caminho aberto para se tornar uma “corporation”, isto é, uma companhia sem controlador definido, e passa a ser gerida de acordo com os interesses do seu Conselho de Administração e gestores. “Neste momento podemos dizer que a Vale é de fato uma empresa privada, e isso chama atenção dos investidores”, explica.

O que as mudanças significam para os acionistas?

 Além de ficar mais atraente para o investidor, a migração de ações PNA para ON torna a Vale mais valorizada no mercado. “Isso tem um reflexo positivo tanto na visão que as pessoas têm da companhia, quanto no preço das ações”, ressalta Mastrocinque. Ele lembra que, historicamente, empresas com governança mais forte, ou seja, com maior independência e transparência nas tomadas de decisão, geram mais valor ao acionista.

Na opinião do analista da Empiricus, o movimento de migração para o Novo Mercado “tende a gerar valor para todos os acionistas ao aumentar os níveis de transparência e governança, dado que, historicamente, as ações da Vale negociam com desconto em relação a seus pares internacionais”.

Para ficar por dentro de todas as novidades sobre a Vale, acesse o site da Empiricus

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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