‘É um erro não ter dólar na carteira’, diz analista; entenda por que mesmo com a alta da moeda ainda é um bom momento para investir no ativo
Na última terça-feira (16), o dólar à vista disparou. A moeda norte-americana foi negociada aos R$ 5,29, maior patamar desde março de 2023.
A alta de 1,89% foi motivada por uma série de fatores internos e externos. No cenário doméstico, o vazamento de parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) gerou uma reação negativa do mercado.
Segundo trecho do documento, posteriormente confirmado pelo ministro Haddad, a meta fiscal de 2025 será de um déficit primário zero. Contudo, há um ano atrás o governo havia estabelecido buscar um superávit de 0,5% do PIB no período.
Entretanto, Enzo Pacheco, analista de ações internacionais da Empiricus Research, destaca que o que mais tem mexido com a cotação da moeda é o ambiente externo.
Além da tensão crescente no Oriente Médio, há a alta na taxa de juros dos Treasuries, (com vencimento em 10 anos), próximo dos 4,70% ao ano.
Nesse cenário, a aversão ao risco tende a aumentar. Como consequência, os investidores passam a buscar por ativos considerados “porto seguro”, como é o caso do dólar.
Assim, não só o real como também os ativos de risco tendem a ser prejudicados. Ao longo do dia, o Ibovespa caiu mais de 0,70%, diante da disparada do dólar.
Agora, a pergunta de muitos investidores é:
Dólar vai continuar subindo?
Em entrevista ao Giro do Mercado desta terça-feira (16), Enzo apontou que o real é uma “moeda exótica”.
O termo é usado para caracterizar ativos de países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, e que geralmente são mais voláteis e carecem de liquidez.
Em outras palavras, ter reais na carteira ou patrimônio na moeda brasileira é mais arriscado que em dólar. Especialmente neste momento em que o cenário econômico americano ainda é incerto.
Acontece que, no início do ano, os mercados projetavam cerca de 6 cortes na taxa básica de juros dos EUA.
Contudo, os últimos dados da economia americana estão sugerindo que o Fed (Banco Central americano) pode demorar mais que o esperado para dar início ao ciclo de afrouxamento monetário.
Pacheco pontuou que, nesse contexto de juros altos nos Estados Unidos, não é vantajoso para investidor estrangeiro apostar em mercados emergentes como o Brasil.
Afinal, se ele pode ter retornos de quase 5% ao ano, investindo na moeda mais segura do mundo, por que ele se arriscaria no Brasil?
Nesse sentido, a próxima reunião do Fed será um indicador importante do comportamento do dólar frente ao real, destacou o analista.
Acontece que, se a autoridade monetária americana decidir manter os juros altos por mais tempo, a moeda brasileira pode desvalorizar enquanto o dólar continua subindo.
Mas este não é o único fator que pode fazer a cotação da moeda norte-americana oscilar. Segundo o analista, as decisões do Banco Central brasileiro, bem como as atitudes do governo, também têm impacto nessa dinâmica.
Por isso, a recomendação de Enzo Pacheco é que o investidor se proteja justamente investindo uma parcela dos patrimônio em moeda forte, isto é, em dólar.
Ainda dá tempo de comprar dólar?
Diante da disparada do dólar na última terça-feira (16), talvez você esteja se perguntando se ainda dá tempo de comprar a moeda ou se é melhor esperar por um câmbio mais favorável.
Para o investidor que pensa em usar o ativo para proteger o patrimônio, não há porque esperar. O analista da Empiricus avalia que, no longo prazo, a inflação no Brasil tende a ser maior que nos Estados Unidos.
Como consequência, nossa moeda pode perder mais valor ao longo do tempo em comparação com o dólar. Por esse motivo, investir em dólar é uma forma de proteger o seu patrimônio da desvalorização causada pela inflação no longo prazo.
Além disso, mesmo diante do atual cenário de juros altos nos Estados Unidos, a economia americana é uma das mais fortes e sólidas do mundo. Da mesma forma, a estabilidade política faz com que a moeda seja um “porto-seguro” não só para investidores pessoa física, como também para bancos globais.
Mas o analista aponta que o investidor não precisa fazer um investimento único na moeda.
Uma das estratégias recomendadas pelo analista, considerando a alta recente do dólar, é fazer compras “parceladas”. Ou seja, ir comprando aos poucos e aumentando gradativamente a sua exposição à moeda.
Mas aqui vai uma dica: não é indo em casas de câmbio que você vai ter acesso às melhores oportunidades para proteger o seu patrimônio investindo em dólar.
Hoje você já tem acesso a alternativas muito mais práticas e seguras de ter parte da sua carteira alocada em um dos ativos mais seguros do mundo.
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Como disse anteriormente, o dólar é considerado um “porto seguro” para os investidores , especialmente em momentos de alta volatilidade dos mercados.
Contudo, a melhor maneira de investir neste ativo ainda é algo que gera muitas dúvidas. Pensando nisso, Enzo Pacheco preparou um material completo como passo a passo para investir em dólar.
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