É pra ficar de fora de PETR4? Mesmo com dividendos bilionários, gestor de fundo gigante vendeu ações da Petrobras; veja outros 10 ativos para investir agora
Na última quinta-feira (09), a Petrobras (PETR4) apresentou os resultados do terceiro trimestre de 2023.
Mais uma vez a petroleira entregou números resilientes, que foram impulsionados pela alta na produção do pré-sal e valorização do petróleo na comparação com o 2T23.
No segmento de exploração e produção de petróleo o Ebitda cresceu 23% em relação ao segundo trimestre deste ano. E, no setor de refino, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltaram 30% na comparação com o 2T23.
Contudo, a boa evolução da produção da companhia esbarrou na desvalorização do real no período, o que acabou gerando perdas no resultado financeiro.
Diante disso, o lucro líquido da Petrobras no trimestre foi de R$ 27 bilhões, o que representa uma queda de 42% na comparação anual.
Apesar da queda, a companhia aprovou o pagamento de R$ 17,5 bilhões em dividendos e JCP. Se você está na dúvida se deveria comprar ou vender as ações da Petrobras, saiba que a resposta já foi dada.
- Veja mais: o que está em jogo para a Petrobras (PETR4)?
É para vender Petrobras (PETR4)?
Em um evento realizado no dia seguinte após a divulgação do resultado da Petrobras, os especialistas João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI e Matheus Soares, analista do Market Makers, avaliaram o balanço da estatal e revelaram se é hora de comprar ou vender PETR4.
Entre os entrevistados, o ponto que mais preocupa em relação à Petrobras é o plano de investimentos que a companhia deve divulgar nas próximas semanas.
Nas estimativas de Matheus Soares, a estatal deve destinar entre US$ 100 bilhões e US$ 130 bi para investimentos nos próximos 5 anos. Algo que não agrada os investidores, pois mais investimentos significam menos retorno, isto é, dividendos, para o acionista.
Além disso, Rodrigo Glatt aponta que outra preocupação é onde a Petrobras vai investir esse dinheiro. O CEO da GTI explica que um dos principais riscos é de que a estatal embarque em projetos com baixo potencial de retorno.
Vale lembrar que, no passado, a petroleira estatal fez investimentos ruins, como no caso da refinaria de Pasadena, que acabou resultando em um prejuízo de US$ 1 bilhão para a companhia.
Além do plano de investimentos, os especialistas destacaram que um outro risco da tese de investimentos na Petrobras é a possível mudança no estatuto da companhia.
Entre as propostas do board da petroleira estatal, duas chamam mais atenção dos investidores:
- A criação de uma reserva de remuneração do capital, que pode resultar em um não pagamento de dividendos extraordinários; e
- A exclusão da regra que proíbe a indicação de políticos para o conselho da Petrobras.
Ou seja, existe o risco de que a companhia sofra mais interferências por parte do governo e que diminua a remuneração aos acionistas.
O CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, destaca que, no momento, já estão acontecendo mudanças sutis dentro da empresa.
Ele aponta que, apesar de ter entregado números em linha com as expectativas, o balanço do 3T23 já mostrou aumento de gastos com pessoal e outros pequenos incrementos.
O analista ressalta que, neste momento, não é possível ter certeza se estamos diante de aumentos na demanda de produção ou se é o “dedo do governo” já interferindo na companhia.
Apesar de todos os riscos que envolvem a Petrobras (PETR4), o fato é que as ações da empresa continuam subindo. Do início do ano até o último fechamento (13), os papéis da petroleira estatal valorizaram mais 45%
Além disso, nos últimos 12 meses, a companhia pagou um dividend yield de 26,52%, o equivalente a R$ 9,26 por ação. Diante dos números, a pergunta de muitos investidores é:
Será que vale a pena correr o risco de investir na Petrobras (PETR4)?
“Parece uma ação barata, que faz sentido ter, mas a gente prefere não ter”, essa foi a resposta de Matheus Soares.
Seguindo a mesma linha, Rodrigo Glatt avalia que os investidores estão “minimizando os riscos que podem acontecer”.
O CEO da GTI avalia que, na eleição do presidente Lula, o mercado temia demais os riscos políticos e agora estamos no outro extremo.
Ou seja, a percepção de risco por parte do mercado diminuiu — e muito disso se deve ao fato de a companhia ter entregado bons resultados mesmo após a eleição.
Mas, apesar disso, o analista acredita que, neste momento, o risco de execução é maior do que no passado. Por esse motivo, ele reduziu bastante a sua posição na petroleira estatal.
Essa também é a visão dos analistas da Empiricus Research. Em um relatório divulgado após o balanço da petroleira, eles reforçaram que o melhor a se fazer neste momento é ficar de fora de PETR4.
“Apesar de apresentar bons resultados operacionais mais uma vez, entendemos que os múltiplos atuais da Petrobras acima da média histórica, combinados com riscos de intervenção, nos fazem preferir acompanhar essa história de fora, por enquanto.”
Na visão dos analistas da casa, existem outras empresas com potencial de valorização e que não estão expostas ao risco político da Petrobras.
Por esse motivo, a petroleira estatal também ficou de fora da carteira que reúne as 10 melhores ações do mês, recomendadas pela Empiricus Research.
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10 ações para buscar lucro em novembro
Embora a Petrobras (PETR4) seja um dos nomes de maior peso da bolsa e tenha anunciado uma “bolada” em dividendos recentemente, o projeto de investimentos e as possíveis mudanças no estatuto da companhia tendem a impactar o desempenho de suas ações e os seus dividendos.
Nesse sentido, os analistas da Empiricus Research selecionaram outras 10 ações para investir em novembro.
São ativos de setores sólidos, resilientes, de empresas privadas com boas perspectivas de crescimento e que podem se valorizar no curto prazo.
Em geral, apenas assinantes da Empiricus Research têm acesso às carteiras recomendadas pelos analistas da casa.
Mas a boa notícia é que hoje você pode conhecer algumas das ações que eles recomendam sem ser assinante e de graça.
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