É o fim do varejo? Enquanto Magalu (MGLU3) passa por polêmica contábil, outra varejista pode dobrar de preço
A ação do Magazine Luiza (MGLU3) emergiu na semana passada como protagonista de uma longa novela na bolsa brasileira. Depois do rombo nas contas das Lojas Americanas (AMER3), a descoberta de questões contábeis no balanço de Magalu acendeu novamente o alerta para o varejo.
Os erros foram revelados ao mercado no dia 13 de novembro, depois que uma denúncia anônima levou a uma investigação mais profunda da situação real da companhia, em um trabalho que durou oito meses.
A descoberta foi divulgada pela própria varejista: erros em lançamentos contábeis, que acabaram por minimizar os prejuízos da empresa em balanços no ano passado.
Como resultado, os números do Magazine Luiza passaram por uma correção e o patrimônio líquido da empresa acabou reduzido em quase R$ 830 milhões.
Agora, apesar da transparência da empresa e do otimismo com a Black Friday, ainda tem gente preocupada com a possibilidade do impacto do erro contábil ser maior do que parece, e que isso faça a Magalu “ir de Americanas”.
E essa é uma preocupação válida, é claro. Principalmente quando lembramos que o varejo foi um dos setores mais afetados pelos anos de juros altos.
Agora, conforme a Selic cai, aumenta a expectativa de recuperação do setor – mas o “tropeço” da Magazine Luiza trouxe à tona a insegurança ainda presente, e fez muita gente se perguntar: será que é melhor ficar de fora das ações do varejo? Qual o impacto disso no bolso dos investidores?
A seguir, vamos falar mais sobre o caso da Magazine Luiza e que esperar do setor daqui para frente.
O que aconteceu com Magalu (MGLU3)?
Antes de tirar qualquer conclusão sobre o caso, é preciso entender o que aconteceu com a Magazine Luiza nos últimos dias.
Os erros que levaram à diminuição de R$ 830 milhões no patrimônio líquido da empresa têm a ver com operações de bonificação atreladas a performance, relativas a compras de distribuidores e fornecedores.
Basicamente, a empresa de Luiza Trajano tinha um acordo com alguns fornecedores, que ofereciam um “abatimento” nas despesas com mercadorias relacionados a metas de venda e campanhas promocionais.
O problema é que esse “abatimento” era contabilizado na data da emissão das notas fiscais – ou seja, antes das metas de venda serem efetivamente batidas.
Esse erro acabou inflando os resultados e o patrimônio da empresa.
Tudo isso só foi detectado depois de uma denúncia anônima, apontando más práticas na relação entre a varejista e distribuidores e fornecedores.
A empresa negou a ilegalidade do sistema de bonificações praticado, mas admitiu ter errado ao contabilizar previamente estes bônus, e se apressou a corrigir os números impactados pelo episódio.
Até o momento, não parece haver indício de fraude, de acordo com a auditoria que revelou os erros contábeis – mas isso não bastou para apaziguar os ânimos dos investidores, ainda “traumatizados” pelo caso Americanas.
Outro fator que contribui para a insegurança do mercado em relação à Magalu é que, embora tenha ensaiado algumas recuperações, a verdade é que a Magazine Luiza nunca conseguiu voltar ao patamar que atingiu entre 2020 e 2021, quando os papéis alcançaram suas máximas.
Isso porque a varejista foi fortemente afetada pelos juros altos, que interferem no poder de compra da população e costumam fazer o setor sofrer.
Nesse contexto, chama atenção uma outra varejista, que se mostrou resiliente mesmo em meio ao cenário desfavorável de juros altos – e que agora deve se beneficiar mais ainda conforme a Selic diminui.
A empresa em questão foi recomendada pelos analistas da Empiricus Research, está passando por uma alta vigorosa e ainda tem possibilidade de upside.
Isso quer dizer que, mesmo em meio à incerteza de alguns papéis, é possível aproveitar o otimismo em relação ao varejo, “pegar carona” na black friday e buscar lucro em uma empresa do mesmo setor.
VEJA QUAL A VAREJISTA RECOMENDADA PELOS ANALISTAS
Relatório gratuito revela varejista que é ‘estrela’ da bolsa e recomenda mais 9 ações
A companhia em questão chamou a atenção dos analistas da Empiricus Research por alguns motivos:
- Apresentou bons resultados;
- As ações estão baratas;
- Tem potencial para dobrar de valor.
Por ser uma empresa do varejo, a empresa ainda tem o potencial de “turbinar” seus resultados neste fim de ano, com a aproximação da Black Friday e do Natal.
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus Research, comentou suas expectativas para a ação:
“O mercado tinha 7 milhões de lucro, ela deu 70. Esse cara faz com tranquilidade 85. Se você pensar em 400 milhões de lucro para o ano que vem, a companhia está negociando a 5 vezes lucro. É um nome para dobrar. Dá pra negociar a 10 vezes com tranquilidade. Este pra mim é o grande potencial da bolsa com alguma liquidez.”
Ou seja, estamos falando de uma empresa com potencial explosivo de entregar lucro e dobrar de valor.
Tudo isso surfando o cenário, que parece positivo para as varejistas. Os juros estão caindo, o que deve impulsionar o consumo daqui para frente – sem contar a “ajudinha” da Black Friday.
Felipe Miranda e os analistas da Empiricus Research consideram que esta ação é uma opção melhor que a Magalu para quem deseja buscar lucro no varejo.
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