E-commerce cresce e marketing digital se torna profissão cobiçada: Salários chegam a R$ 60 mil
Se você frequenta a internet, independentemente se muito ou pouco, você com certeza já se deparou com uma campanha de marketing digital, mesmo que não tenha percebido. É impossível, hoje, acessar redes sociais ou sites sem se deparar com a venda de produtos ou de serviços.
O “mundo online” se tornou um importante mercado e o e-commerce está cada vez maior – estima-se que em 2021 as vendas online movimentarão algo próximo a US$ 5 trilhões, 19,5% de tudo que é registrado pelo varejo mundial, segundo dados da eMarketer, companhia especializada em pesquisas de mercado. Até 2024, a quantia deve saltar para US$ 6,3 trilhões e a fatia total para 21,8%.
As empresas, obviamente, estão de olho nisso. Ninguém quer perder a onda e ficar para trás na disputa pelo mercado digital. Hoje, mais do que nunca, se torna cada vez mais necessário consolidar uma marca digitalmente.
Como não há ponto físico no universo online, as companhias têm o desafio de se fazerem conhecidas pelos consumidores utilizando apenas ferramentas como o Google, redes sociais e sites de conteúdo.
E é por isso que as empresas estão, cada vez mais, procurando profissionais especializados que as ajudem a ganhar fatia no comércio que é realizado nas redes.
E elas estão pagando muito bem por isso…
Ao jogar “Marketing Digital” no LinkedIn, o primeiro resultado com o qual você se deparava nesta sexta-feira (10) era essa vaga:
É possível afirmar ainda que essa quantia, de R$ 7,5 mil, não está nem perto do máximo que uma carreira na área pode oferecer.
Segundo o guia salarial 2021 da consultoria Robert Half mostra que os salários começam em R$ 3.460 em cargos juniores em pequenas empresas e podem chegar até a R$ 60 mil, nos cargos de chefia de multinacionais. E muitas empresas ainda oferecem bônus ou mantêm políticas de comissionamento por atingimento de metas, o que representa maior possibilidade de ganhos.
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Parece muito, não é mesmo? A questão é que R$ 60 mil não é nada próximo daquilo que um bom profissional deste tipo pode oferecer de retorno. Falarei disso mais adiante.
Para além das quantias, no LinkedIn, também nesta sexta-feira, havia 3,7 mil vagas abertas para profissionais especializados em marketing digital – e isso com o nosso país estando em um momento de crise. Falta, no Brasil, mão de obra especializada no setor.
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A Empiricus, maior casa de research do país, também é referência no mundo das vendas online e está disponibilizando uma formação no setor: um curso de MBA que trabalhará conteúdos como inbound e outbound marketing, branding, estratégias digitais, marketing de alta performance, copywriting, business intelligence, design e muito mais.
O marketing não é algo novo, mas a forma como ele é feito na internet é
Marketing, segundo definição da Wikipédia, trata-se da “arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer necessidades ou desejos de um mercado consumidor”. Isso existe há um bom tempo, muito antes do surgimento da internet.
Pesquisas de mercado, design, campanhas publicitárias, atendimento no pós-venda: você deve conhecer esses termos e saber minimamente como eles funcionam no mundo offline.
O marketing digital se difere um pouco daquilo que era feito anteriormente pois o “sarrafo foi levantado”.O mundo online trouxe uma série de mudanças e são profissionais capacitados para realizar essas mudanças que faltam – publicitários e marketeiros tradicionais há, ouso dizer, em boa quantidade por aí.
Hoje, a marca mais valiosa do mundo é a Amazon, uma companhia que trabalha, justamente, com vendas online. Ela praticamente não possui lojas físicas, mas é conhecida mundialmente por sua presença na internet. Parte disso é explicado pelo marketing digital que ela pratica.
A Amazon é uma gigante e é até difícil falar de como essa empresa atua quando o assunto é marketing digital de maneira didática, mas tentarei contextualizar de forma breve.
Por meio de um número gigantesco de dados, que levanta através de suas vendas e dos vários serviços que oferece, a companhia criada por Jeff Bezzos consegue traçar perfis de uma gama enorme de clientes e oferecer a eles aquilo que eles têm mais chance de comprar.
Se uma pessoa compra, por exemplo, constantemente roupas de academia e suplementos alimentares, a Amazon sabe que isso diz algo – muito provavelmente, esse alguém pratica esportes ou gosta de exercícios físicos.
Nesse caso, a internet permite que a empresa direcione anúncios específicos a quem já demonstra interesse em determinado assunto. “Gosta de esporte? Olha esses tênis, roupas esportivas e suplementos que temos para você por um preço especial”.
A ideia utilizada pela Amazon não é algo novo no marketing. “Persona” é um termo bem antigo, utilizado para definir diferentes tipos de clientes. Idade, sexo, filme favorito, música que escuta, gostos: tudo isso sempre foi usado para auxiliar empresas a entenderem como pensam as pessoas que compram seus produtos e ajudar na busca por outras semelhantes, com mais chance de também se tornarem clientes.
Não há dúvidas, porém, que a Amazon elevou a definição de persona a um novo patamar – que empresas mundo afora vem tentando copiar. Essa empresa possivelmente sabe mais do que ninguém como separar as pessoas em nichos e a vender a cada uma delas o que elas desejam. Seus números não deixam negar.
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Não é preciso ir tão longe para vender mais ou para trabalhar na área
Usar a Amazon como balança pode ser exagero e deve até assustar algumas pessoas. Mas é necessário pontuar como as coisas estão caminhando no mundo quando o assunto é marketing digital.
É claro que não é preciso ir tão longe para mostrar como profissionais deste novo segmento fazem diferença. Temos exemplos menos complexos do que a Amazon – e que também são cases de sucesso.
A Empiricus, já mencionada neste texto, por exemplo, é uma casa de research especializada em vender sugestões e análises de investimentos a pessoas interessadas nesse mundo. Existem várias outras empresas que oferecem os mesmos serviços no Brasil, mas eu te garanto que nenhuma faz tanto dinheiro quanto.
A explicação para isso é a mesma do que no caso da Amazon: marketing digital.
Em seu último lançamento, a casa teve um lucro de R$ 20,8 milhões tendo investido apenas R$ 720 mil. Um retorno sobre o investimento (ROI) de 2.790%.
A equipe de marketing da casa trabalhou de forma conjunta para vender um produto na internet e o resultado veio.
Presença nas redes sociais, produção de conteúdo, campanhas pagas: nada disso é simples de fazer, mas, quando é produzido de forma bem feita, traz lucros grandiosos.
Se você usa bastante as redes sociais, provavelmente já deve ter esbarrado com uma campanha da Empiricus por aí enquanto esperava assistir um vídeo do YouTube ou enquanto usava o seu Facebook.
Se você nunca viu as propagandas tradicionais da Empiricus, te explico que você está vendo uma espécie de campanha neste exato momento.
A Empiricus tem alguns sites no qual pratica o chamado branded content: sites em que disponibilizam conteúdos de graça visando atrair pessoas que tenham alguma predisposição a consumir os seus produtos.
Pense comigo: se alguém procura notícias sobre o mercado financeiro ou sobre carreira, isso quer dizer que elas se interessam pelo assunto e provavelmente querem ganhar mais dinheiro, certo? Bem, isso é metade do caminho para que uma pessoa se torne cliente da casa, que tem um time especializado em auxiliar quem quer comprar ações, fundos ou criptomoedas em sua jornada. Você oferece conteúdo nichado para quem tem interesse e aumenta suas chances de venda.
Várias companhias do setor estão tentando fazer o que a Empiricus faz, o diferencial é que a casa sabe seguir bem a receita do marketing digital. Alguns podem apontar que as campanhas são agressivas, mas a questão é que isso funciona. Os números não deixam mentir.
E foi por esses números que, recentemente, a Empiricus foi comprada pelo BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina. Uma das coisas que pesou na hora de aquisição, que ainda está em processo de aprovação pelo Banco Central, foi justamente o fato de a casa de research saber vender seus produtos como nenhuma outra na internet – a marca é muito maior do que as outras concorrentes da mesma área.
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Marketing digital deve continuar crescendo
Como já mencionei anteriormente, a crença é que, cada vez mais, o e-commerce abocanhe parte das vendas “tradicionais”. O mundo está avançando digitalmente e as pessoas estão adaptando a forma como consomem.
Não é à toa que o BTG Pactual comprou a Empiricus ou que há um grande número de vagas abertas em marketing digital no LinkedIn: as companhias sabem que quem não se adaptar a essa nova forma de vender, ficará para trás.
E junto com toda essa tendência, veio também uma enxurrada de cursos de marketing digital. Nas redes sociais, é fácil se deparar com pessoas que afirmam serem gurus do setor – isso, porém, sem nunca ter entregado muito resultado.
Existe uma demanda por profissionais do marketing digital e o problema é que a grande maioria desses cursos fica muito no conceitual, não vai para a prática de fato ou não assegura uma formação completa.
Na própria Empiricus, há, neste momento, uma série de vagas relativas a este universo abertas. E está muito difícil preenchê-las.
Mesmo se a maioria dos 108 candidatos tiver alguma formação superior, afirmo que são raros os que estarão aptos para ocupar a vaga. As faculdades brasileiras ainda não se atualizaram para oferecer a formação necessária a uma pessoa que tem de fazer propagandas e estudos envolvendo marketing digital.
As instituições tradicionais, mesmo a com foco na área, ainda têm dificuldade em modificar suas grades e estão muito presas a meios de comunicação como a TV, cada dia mais ultrapassada.
Os próprios profissionais da Empiricus que são referência hoje no marketing digital brasileiro não foram formados no nosso país. A casa teve como guias profissionais estrangeiros. Mark Ford e Bill Bonner, considerados hoje lendas dos negócios, foram os nomes dos mentores que compartilharam o know how das vendas online.
Agora, após virar um case de sucesso, a Empiricus disponibilizará, em breve, quatro aulas gratuitas para repassar esses conhecimentos. A ideia da companhia é preparar novos profissionais aptos para guiarem a digitalização das vendas que está para acontecer no Brasil.
Em 2019, o e-commerce no Brasil era responsável, segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em parceria com a Neotrust, por cerca de 5% do total das vendas do varejo. Em 2020, essa fatia ficou acima de 10% em vários meses.
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E ainda há muito espaço para este segmento crescer.
A China, por exemplo, segundo dados da Trade International Administration, viu no começo de 2021 o seu e-commerce superar a venda em lojas físicas, ficando com uma fatia de 51% de tudo que foi comercializado no país. Países como Coréia do Sul e Reino Unido estão na segundo posição, muito atrás do primeiro colocado, com o e-commerce responsável por algo próximo a 30% de todas as vendas.
O Brasil deve seguir essa tendência. Cada vez mais estamos imersos em um ambiente de tecnologia. É o fluxo natural das coisas.
Se você está procurando uma oportunidade de trabalho, é interessante acessar as aulas gratuitas e descobrir um pouco mais do marketing digital. Pode ser uma boa chance de redirecionar sua carreira para uma área que está em crescimento constante e que não deve parar tão cedo.
Se você tem uma pequena ou média empresa, também vale o acesso: é um caminho sem volta e, quem não se adaptar deve ficar para trás. Se você não tem ideia do que é marketing digital, o seu concorrente que tem provavelmente está neste momento roubando sua clientela (e talvez já vendendo mais do que você).