Dividendos da Petrobras (PETR4) estão sob ameaça de novo?
A Petrobras (PETR4) divulgou, na última segunda-feira (29), os dados de produção do segundo trimestre de 2024, que não agradaram os mercados.
Apesar do crescimento de 2,4% nas atividades de óleo e gás em comparação com o mesmo período de 2023, os números caíram 4% em relação ao 1T24. O principal obstáculo da companhia foram as paradas de manutenção.
Segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus, casa de análise do grupo BTG Pactual, os dados só não foram piores por conta da melhora nas vendas e refino, que ajudaram a balancear a queda no setor de exploração e produção.
Apesar disso, os números não foram uma grande surpresa para os investidores. Neste momento, outro fator vem preocupando os acionistas: a política de dividendos.
Notícias veiculadas na última semana levantaram dúvidas sobre os dividendos extraordinários da companhia.
Fantasmas do passado ‘assombram’ os dividendos da Petrobras?
Hungria aponta que o pagamento dessa parcela extra de dividendos depende de vários fatores, como por exemplo os investimentos e M&As (Fusões e Aquisições) que a estatal pretende fazer até o fim do ano.
Nesse sentido, alguns fantasmas voltaram a assustar os investidores da Petrobras (PETR4) na última semana.
Na sexta-feira (26), a diretora de Exploração e Produção da companhia, Sylvia dos Anjos, informou que a estatal fez uma oferta não vinculante para comprar a operação e uma fatia do bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, na Namíbia.
Além disso, o jornal Valor Econômico divulgou no final de semana que a Petrobras pode recomprar a participação total na refinaria de Mataripe (BA).
Hungria aponta que, no passado, a estatal não teve sucesso com investimentos em outros países. Vale lembrar do caso da refinaria de Pasadena, que acabou resultando em um prejuízo de US$ 1 bilhão para a companhia.
Além disso, o analista destaca que o valor de US$ 4 bilhões, que será desembolsado na compra, pode reduzir a “expectativa de distribuição de dividendos extraordinários”.
Assim, a questão dos dividendos vem pesando sobre os papéis da estatal, que caem desde a última sexta-feira. Entre os dias 26 e 29 de julho, os papéis preferenciais da companhia apresentaram retração de mais de 3%.
Embora as notícias tragam incertezas sobre a distribuição de dividendos extraordinários, o analista aponta que a Petrobras (PETR4) deve seguir o plano dos proventos ordinários, com um yield de 10% em 2024.
Assim, apesar das notícias, o analista acredita que quem já é investidor da Petrobras (PETR4) deveria manter o otimismo.
Por outro lado, para quem não tem a ação é melhor ficar de fora.
Por que não vale a pena investir na Petrobras (PETR4) agora?
Ruy explica que, embora a Petrobras ainda possa pagar dividendos interessantes em 2024, este não é um bom momento para investir na ação, pois ela já está bem precificada.
Ou seja, a companhia já está negociando no que o analista considera ser o seu preço justo e portanto, não é esperado que a ação valorize muito no curto prazo.
Além disso, o risco de interferências políticas ainda pesam sobre a companhia e “enquanto isso não estiver mais claro, a gente prefere ficar de fora”, pontua.
Neste momento, os analistas da Empiricus Research acreditam que outras ações estão em um patamar mais interessante para buscar dividendos e também valorização.
Por isso, eles vão liberar no dia 01/08 uma carteira com as 5 melhores ações para buscar dividendos em agosto.
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