Crise derrubou Ibovespa, mas há ótima oportunidade de entrada – Conheça três ações promissoras
Se você acompanha minimamente as notícias do Brasil, deve ter visto a crise das últimas semanas nas manchetes dos jornais. Por alguns momentos, a possibilidade de uma ruptura institucional assombrou o país (e também o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira). O presidente Jair Bolsonaro elevou de maneira ininterrupta o seu tom contra algumas instituições até chegar ao ápice da instabilidade, no dia 7 de setembro.
Com tudo isso, o mercado de capitais, que não gosta de incertezas políticas, sofreu. O Ibovespa apagou seus ganhos do ano nas últimas semanas e opera nesta quarta-feira (14), enquanto escrevo este texto, caindo no acumulado 3,24% em todo 2021.
A questão é que, para alguns analistas, todas essas atribulações criaram uma oportunidade única de se fazer dinheiro. Neste momento, a bolsa brasileira está em seu patamar mais barato desde a crise de 2008.
Confira o gráfico abaixo, que mostra a relação entre os lucros médios das companhias que compõem o Ibovespa e o preço médio das suas ações dos últimos anos.
Em um evento recente, por exemplo, o gestor de investimentos Luís Stuhlberger, do lendário fundo Verde, ressaltou que existe ponto de entrada, afirmando que aproveitou que “o mercado ficou barato para ampliar posição”. Na mesma linha, o pessoal da Adam Capital afirmou que o preço de blue chips como a Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão “ridículos”. Falarei mais disso adiante.
Em live na segunda-feira (13), Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, que já devolveu lucro de mais de 500% aos assinantes da sua carteira “Oportunidades de Uma Vida”, apontou três ações para quem está com caixa neste momento.
É necessário deixar claro, porém, que esses três nomes fazem parte da estratégia “mais conservadora” do analista – são companhias grandes, consolidadas e com muita liquidez. “São ações de empresas sólidas que foram devastadas com a crise e que atingiram níveis de preço muito interessantes”, comenta.
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Companhias boas estão baratas
Existem uma série de companhias descontadas neste momento na bolsa de valores brasileira.
Ao mesmo tempo em que representantes dos poderes trocaram farpas e ameaças, empresas gigantes do nosso país trouxeram, majoritariamente, bons resultados – e ainda têm ótimas perspectivas de crescimento à frente.
Confira a lista separada por Felipe Miranda:
- BTG Pactual (BPAC11)
- Iguatemi (IGTA3) ou sua controladora Jereissati Participacoes (JPSA3)
- Cosan (CSAN3)
O BTG Pactual, desde o dia 14 de julho, quando alcançou sua máxima histórica, recuou quase 15%. Nem mesmo a notícia de que registrou no segundo trimestre um lucro recorde reverteu a tendência de queda.
O banco vem melhorando seus números, conforme mostrou em seu último balanço, e, para o gestor da Empiricus, isso deve se acentuar ainda mais em breve. “O BTG pega a onda de sofisticação do mercado de capitais, com mais investidores e mais produtos financeiros. Pode fazer R$ 8 bilhões em lucro no ano que vem, tem realmente muito espaço de valorização”, comentou.
A Cosan, por sua vez, vai em um caminho parecido, mas aproveitando da modernização de outro setor: o de energia. “É uma ação que pega a onda ESG”, explica Miranda, lembrando que a companhia possui seu braço de etanol (energia renovável), a Raízen, que recentemente estreou na bolsa de valores.
Ainda falando de energia, se a retomada econômica se concretizar, a Cosan deve ainda ver a demanda por seus produtos crescer tanto na Raízen quanto na Compass, seu braço para gás e outros combustíveis. Esta ação tem potencial para fazer um reIPO e, após adquirir a Gaspetro, deve ir atrás de mais ativos da Petrobras.
Além disso, pode ser gatilho de alta a Rumo, braço de operação ferroviária, que deve aproveitar o momento no caso de as iniciativas do Ministério da Infraestrutura, que quer investir na malha de trens do Brasil, saírem do papel.
Ainda há potencial para ganho de valor com a Moove, outro negócio da Cosan que, segundo o analista, pode fechar algum negócio no futuro e com a nova empreitada da empresa no ramo de minério de ferro.
Por último, entre as ações “conservadoras” preferidas, está a Iguatemi ou sua controladora, a Jereissati. “As duas foram muito castigadas. Quando abriu a economia, todo mundo achou que viria porrada, mas a variante delta travou os ânimos”, conta o economista-chefe da Empiricus. “Iguatemi é uma ação extremamente de qualidade. Passado esse momento turbulento, com o consumo voltando, deve ter alta considerável”.
Como já mencionado anteriormente, porém, essas ações não são as que possuem maior potencial de alta. Elas são responsáveis principalmente por prover segurança ao portfólio. Por serem maiores, entretanto, dificilmente dobram de valor. Mas o investidor que busca as maiores valorizações da bolsa deve buscar também ações menores.
“Eu gosto muito da estratégia de barbell strategy, do Nassim Taleb. A maior parte do dinheiro deve estar em ações mais consolidadas, de empresas líderes de mercado. A outra parte em ações mais arrojadas, para dar grandes tacadas”, explica Miranda.
Essas “ações mais arrojadas” são, em sua maioria, small caps e micro caps – companhias que sofreram ainda mais com a crise mas que, agora, têm ainda mais potencial para disparar.
Na opinião de Miranda, mesmo com todas as picuinhas políticas, ainda estamos em uma boa hora para investir nesses papéis. A seu ver as altas de algumas ações no médio e longo prazo podem chegar a cerca de 900%.
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Supervalorização de ações após ‘fundo do poço’ já aconteceu anteriormente
Após a crise de 2008, na qual estamos em patamar parecido agora, uma série de companhias, principalmente as pequenas e micro, dispararam.
Isso se dá por um motivo muito lógico: as empresas menores tendem a sofrer mais com um
cenário negativo. Por não serem tão consolidadas, as crises tendem a pesarem mais para elas. Com isso em vista, os investidores que fazem aportes nessas companhias em momentos conturbados também tendem a se assustarem mais facilmente.
Ao mesmo tempo, quando as coisas normalizam e “desengatam”, small caps e micro caps costumam apresentar resultados melhores, para não dizer exponenciais – os investidores voltam quando a crise acaba e que as possuem boa gestão, produtos e serviços continuam suas trajetórias. “São ganhos de 900%, 650%, 540%, 460% em um intervalo de 12 meses com ações. Eu não estou falando de criptomoedas. Estou falando de ações, ativos reais, empresas que geram caixa e pagam dividendos”, comenta Miranda.
Confira as maiores altas nos 12 meses pós-crise subprime:
A maioria das empresas que apresentaram essas altas em 2008, quando o Ibovespa apresentava um desconto parecido com o de hoje, ainda existe. É necessário deixar claro, entretanto, que elas não fazem parte necessariamente das principais apostas atuais da Empiricus e de Felipe Miranda. Não é porque elas apresentaram esse comportamento em 2008 que elas apresentarão agora. É a clássica “retornos passados não garantem retornos futuros”.
Entretanto, a janela está ai.
Tudo indica que, agora, o pior da crise política já passou. Após a carta emitida pelo presidente Jair Bolsonaro, Felipe Miranda vê as coisas acalmando, afinal, o líder do executivo brasileiro assinou um termo público afirmando que medirá suas atitudes e caso volte aos extremos pode acabar sendo impeachmado.
Nesta terça-feira (14), discussões sobre reformas voltaram a tramitar no Congresso. Se você checar no Google, entre ontem e hoje há novas notícias sobre movimentações políticas que abrangem as reformas tributária e administrativa. Se o cenário de trégua permanecer, é possível que o Ibovespa e as ações brasileiras voltem a avançar consideravelmente.
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Small Caps e Micro Caps apresentam melhores oportunidades
Como já mencionado, boa parte das ações que dispararam após a crise de 2008 são Micro e Small Caps: são ações de empresas com capitalização de mercado menor e maiores restrições de liquidez.
Essas ações, segundo o economista-chefe da Empiricus, porém, não podem ser divulgadas de forma tão acessível – por serem small caps e micro caps, elas têm menos volatilidade e disponibilizá-las ao grande público poderia gerar manipulações de mercado. “A forma existente para evitar esse efeito de flutuação artificial é restringir o acesso”, diz o economista-chefe da Empiricus.
Entra aí também o trabalho da seletividade, ou do stock picking: escolher aquelas companhias que foram devastadas pela crise mas que agora têm maiores possibilidades de dar uma resposta rápida e contundente requer trabalho. “Eu mobilizei a minha equipe de 36 analistas nos últimos dias para identificar isso”, conta Miranda. Por isso, Miranda e a equipe da Empiricus estão dando prioridade àqueles que são assinantes dos papéis da casa.
A boa notícia, porém, é que qualquer pessoa pode acessar a lista de ações separadas pela empresa de forma gratuita ao menos por uma semana.
A ideia da Empiricus, com isso, é simples. Você pode acessar a lista completa, ler alguns dos relatórios e depois sair sem maiores complicações – mas a casa acredita tanto na tese que está vendendo neste momento que te disponibiliza o acesso gratuito por achar que os resultados manterão você como um assinante ou, no longo prazo, te trarão de volta.
Existe a chance de a crise política voltar e ainda há a questão macroeconômica, com os juros aumentando e a inflação no retrovisor.
A questão é que muitas empresas vêm fazendo um bom trabalho. A bolsa brasileira está barata e há uma janela para os investimentos aberta. “Apesar do cenário macroeconômico instável, algumas empresas já se mostram muito rentáveis, pois fizeram o dever de casa durante a crise, enxugando a base de custos”, explica Miranda.
Neste momento, em que grande parte dos investidores está assustada, vale lembrar a frase de Warren Buffett: “A maioria das pessoas se interessam por ações quando todo mundo também está interessado. A hora de se interessar é quando ninguém mais está”.