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‘Cosan (CSAN3) comprou Vale (VALE3) em momento ruim, mas reação dos investidores pode virar o jogo’, crava analista

18 out 2022, 7:00 - atualizado em 17 out 2022, 16:39
Imagem: Freepik/Júlia Shikota

O mercado financeiro reagiu de maneira forte após a Cosan (CSAN3) adquirir participação do capital da Vale (VALE3).

Após o anúncio do meganegócio (compra de 4,9% das ações + opção de compra de 1,6%), as ações CSAN3 chegaram a cair 15% entre os pregões de 6 e 10 de outubro.

Apesar de conferir maior diversificação aos negócios da holding, que já controla empresas como Raízen, Rumo, Moove e Compass, os investidores ficaram receosos de que a Cosan poderia estar dando “um passo maior do que a perna” com a operação.

Para Felipe Miranda, CEO da Empiricus Research, o momento de execução da operação é ruim, por conta da alta da Selic.

Diante do fato novo, Miranda atualizou na última semana sua tese a respeito da Cosan e cravou, ao fim de sua análise, se a empresa continua sendo um bom negócio ou se não vale a pena o investimento (confira a tese completa neste link).

Em primeiro lugar, de acordo com o analista, os recursos que seriam destinados à distribuição de dividendos serão repassados para a execução da compra. Por outro, a companhia precisará aumentar seu endividamento para conseguir arcar com o movimento.

Com a exigência do investidor em alta, empresas que não distribuem caixa estão sendo deixadas de lado pelos acionistas. Além disso, o aumento da dívida ocorre justamente em um momento de juros altos, quando os compromissos financeiros estão mais caros.

Além disso, o selo “ESG” que a Cosan carregava até agora pode ficar comprometido diante de todo o impacto ambiental e social gerado pela Vale, embora a expertise da holding na questão também possa ser útil à transição da mineradora para atender a demandas mais sustentáveis.

COSAN E VALE: VEJA O QUE FAZER APÓS ANÚNCIO DA MEGA COMPRA

Cosan pode ter ficado ainda mais barata

Apesar de entender que a compra de parte da Vale tenha acontecido em um momento pouco propício, Miranda e sua equipe reconhecem que a sinergia entre as empresas pode ser muito proveitosa para geração de valor para o investidor.

De um lado, ter uma fatia da Vale possibilita que a Cosan, até então muito dependente de negócios defensivos e atrelados ao mercado brasileiro, passe a ter uma maior exposição internacional.

A participação ativa da Cosan também pode ajudar a Vale em sua transição energética, tanto em termos de descarbonização da própria operação como suprindo a demanda de metais usados para a confecção de baterias elétricas para veículos.

O aporte ainda permite que a Vale invista em infraestrutura sem precisar comprometer o pagamento de dividendos.

O grande “ponto de virada” para o investidor, contudo, está relacionado ao preço justo das ações. Além de a Vale estar sendo adquirida muito abaixo de sua máxima histórica, a queda da Cosan pode ter aberto uma oportunidade de valorização, já que a ação está ainda mais barata do que antes do anúncio.

Diante desse cenário, como o investidor deve se posicionar? Para responder a essa pergunta, o analista Felipe Miranda e sua equipe montaram um relatório completo sobre a tese em Cosan e Vale, já atualizado com a megaoperação de compra.

No material, que foi liberado gratuitamente como uma cortesia da Empiricus Investimentos neste link, os especialistas destrincham todo o racional da operação, bem como seus riscos e oportunidades, e dão uma recomendação bem clara a quem investe: aproveitar e comprar Cosan ou fugir da empresa antes que não consiga mais remunerar seus acionistas?

Para acessar, sem pagar nada, a tese com a resposta, clique no botão abaixo:

QUERO SABER O QUE FAZER COM VALE E COSAN

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